IM(PERCEPTÍVEL) | ✓

By angelsfloyd

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Phoebe Reed carregava em seu peito um único sentimento: ódio. Ela não suportava ver alguém sendo feliz, porqu... More

Im(perceptível)
Book trailer
Epígrafe
Prólogo
01| Inferno particular
02| Sensações
03| Perigo
04| Evitar é a melhor opção no momento
05| Eu a quero
06| Perdida
07| Um dia quase péssimo
09| Nada mais faz sentido
10| Dúvidas
11| Sentimentos estranhos
12| Questionamentos
13| Algo mudou
O PRIMEIRO INOCENTE
14| Proteção
15| Medo
16| Se sentir amada é bom
17| Para amar e cuidar
O SEGUNDO INOCENTE
18| Insegurança
19| Eu não deveria ter confiado
20| Ela estava apenas me usando
21| Não pode ser
O TERCEIRO INOCENTE
22| Dor
23| Por que eu não consigo aceitar o óbvio?
24| Corra
25| Nunca mais ele me tocará
26| Loucura
27| Imperceptíveis
28| Eu não sou mais sozinha
29| Tudo desmoronou
30| Sem rumo
31| Imaginação
32| Desculpa
33| Eu te amo
34| Uma experiência nova
Epílogo
Notas finais
SPIN-OFF

08| Sonho realizado

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By angelsfloyd

A sensação de finalmente conseguir sentir os lábios dela com certeza deve ser colocada na minha lista de realização de desejos.

Porra, eu passei fodidos anos me martirizando por não ter feito isso na adolescência, mas agora, sentindo o sabor deles, não sei se naquela época seria tão bom como hoje.

É doce e suave, como eu imaginei.

Seus lábios tem gosto de morango, e eu odiava morango, mas agora, é a minha fruta preferida, sem dúvidas. 

Sou obrigado a nos afastar por falta de ar, e tudo que eu não queria era fazer isso. Porque eu sei que agora ela vai colocar mais três barreiras na minha frente, e olhe que já existe uma.

Quando abro meus olhos, e vejo seu rosto, vejo o quanto ela é linda. E agora, parece estar mais que antes.

Ela aparenta estar em guerra com si mesmo, porque não abre seus lindos olhos, e tudo que eu queria ver nesse momento eram eles, porque eu sinto que eles me diriam exatamente o que eu quero.

—  Isso foi um erro… —  diz, baixinho, ainda sem abrir os olhos.

Ela parece tão vulnerável agora, não gosto dessa versão.

—  Não, não foi. Você acha que foi, mas você sabe que não foi. Você quis e ainda quer, assim como eu…

Aproximo meu rosto do dela, olhando para seus lábios. Sua respiração volta a ficar acelerada e o melhor, ela não me afasta. Quando tento juntar nossas bocas novamente, somos interrompidos.

—  É… Desculpa, não queria atrapalhar… —  merda! É o Joshua, e eu não queria magoá-lo dessa forma.

Automaticamente Phoebe me empurra e desce da mesa indo ao encontro dele.

—  Você não está atrapalhando nada… O que você quer? Aconteceu alguma coisa? —  ela o metralha de perguntas, mas ele não parece está  prestando atenção em nada. Seus olhos estão focados em mim.

— Eu achei uma coisa… Algo que pode nos ajudar… —  diz, depois que sai do seu transe.

Ele levanta a mão, mostrando uma amostra de algo.

— O que é isso? — pergunto, me aproximando.

Ele volta seus olhos para mim e posso ver que o magoei, e realmente não foi minha intenção.

Posso até está sendo um pouco egoísta, mas eu a quero tempo demais, acho que dificilmente iria abrir mão dela novamente, ainda mais para um garoto.

— Esse cabelo pode ser do nosso assassino? — ela pergunta, pegando. —  É loiro, e grande… Talvez realmente seja uma mulher. —  diz, agora me olhando.

—  Envia para o laboratório, diz que precisamos dele com urgência. —  falo, e ele parece não gostar de receber uma ordem minha.

Sinto os olhos de Phoebe me observando também.

Ele olha para ela, esperando por uma resposta que vem logo em seguida, em forma de aceno, permitindo.

Provavelmente terei problemas com ele durante esse caso todo.

Um homem quando tem uma ameaça aparente quer descarta-lo logo, só que comigo, não será uma batalha fácil. 

Ele se afasta, nos deixando sozinhos novamente, e antes que eu me aproxime dela, ela se sai também.

Você será minha Phoebe, é apenas questão de tempo.

(...)

O caminho até o departamento foi estranho, na primeira oportunidade, Phoebe fugiu de mim como o diabo foge da cruz, e sinceramente, não sei se isso foi porque me beijou, ou se é porque ela está com medo.

Tudo nessa nova Phoebe é uma incógnita. Não consigo ler ela e isso é foda.

A única coisa que ela não entendeu ainda é que nós trabalhamos juntos, ou seja, ela terá que conviver comigo ao seu lado.

Quando desço do carro e sigo em direção a entrada do prédio, sinto uma sensação estranha, como se alguém estivesse me observando, por isso, automaticamente me viro para olhar o outro lado da rua, mas não há nada. Apenas pessoas normais seguindo suas vidas.

A ameaça do nosso assassino me deixou intrigado, tudo vai me deixar assim, mas é excitante ter essa adrenalina correndo nas veias.

Volto a fazer meu caminho e assim que chego na área vejo Joshua falando ao seu celular, um pouco afastado, penso em ir até ele, mas prefiro não fazer.

Vou em direção a sala da minha detetive, mas me surpreendo ao não vê-la ali.

— Ela foi comprar um café… Parecia não está nada bem. —  escuto a voz de Joshua nas minhas costas.

Me volto para ele pensando se devo entrar no assunto do que ele viu ou não.

—  O que você viu mais cedo…

—  Não me interessa, era só uma fantasia ridícula minha achar que alguém como ela poderia olhar para mim. — diz, mas seu rosto não condiz com suas palavras.

Ele está magoado, e eu odeio ver isso nele, porque eu me vejo quando tinha sua idade.

Achar que não merecia alguém como ela sempre esteve presente na minha vida, sem contar que as palavras de seu pai foi um bom incentivo para mim não conseguir me aproximar.

Você se sentir inferior a alguém é a pior coisa do mundo. E eu odeio ver pessoas fazendo isso.

— Não diga isso. Talvez você realmente não tenha chance por ser muito novo, mas apenas por isso, nunca se ache inferior a alguém —  repito as palavras que meu pai me disse um dia.

Ele abre a boca para dizer algo, mas é parado no caminho pelo cheiro suave dela, que invade nossas narinas.

— Posso saber o que os dois fazem na minha sala? — pergunta, passando por nós e depositando seu café em sua mesa.

— Eu vim trazer o relatório que os peritos fizeram da cena, ainda falta o completo, mas creio eu que tenha informações necessárias ai. 

Assim que ela pega na pasta, vejo seu semblante mudar, e se tornar sério, e eu até tento não pensar em como ela fica linda assim, mas não dá.

Seus olhos passando por cada linha mostra que ela realmente está focada nisso, ou pelo menos tentando.

Ela se levanta indo até o quadro de pistas e coloca a foto da nova vitima lá.

— Eu estou com uma teoria… Vamos supor que, nosso assassino esteja nos rondando, e aquela garota sabia de algo, isso significa que eles se conheciam… Algo me diz que ele ficou com medo dela nos contar, ou talvez o problema seja a tatuagem… Você disse que os traços são delicados e precisam de técnica. Se nós espalharmos pela cidade uma recompensa para quem souber sobre quem faz uma parecida, talvez conseguiríamos chegar em algum lugar.

Me aproximo, achando sua lógica boa, mas arriscada.

— Isso pode espantar ele… Você não acha? Abrir abertamente dessa forma isso seria bom e ao mesmo tempo não.

— Ele não gosta de se expor, vamos fazer isso com ele. Tenho certeza que algum tatuador vai ter alguma pista, mínima que seja, teremos algo. Eu pesquisei sobre essa borboleta… É difícil de fazer, poucos tatuadores conseguem fazer com tanta precisão assim, precisa de tempo e ele faz em pouca horas, ou seja, ele é bom no que faz.

Fico fascinado ouvindo ela falar com tanta certeza sobre, porque agora, realmente faz sentido.

Os tatuadores não vão querer levar o nome de assassinos, então, se souberem de alguém que faz dessa forma, vão falar.

— Eu estava pensando ontem a noite… Se a gente fosse atrás dos familiares das vítimas, poderíamos ter alguma coisa, ou até mesmo descobrir algo que seja o motivo que nosso assassino os mata. — indago, sabendo que essa é uma das coisas que eu observei que não fizeram, não houve quase nenhuma interrogação com as pessoas próximas.

— Eu queria muito fazer isso, mas os advogados deles não permitem, e não me pergunte porque…

Estranho. Por que os advogados dos familiares não permitiriam isso?

— Você não acha que tem algo por trás disso? Eles querem esconder algo…

Ela parece estar pensando, quando se aproxima de uma das fotos, a tirando do quadro.

— Esse é Thomas Kavinsky, foi o terceiro assassinato, é um bilionário, trabalhava no ramo de automotiva, e era muito conhecido na sociedade, eu descobri que ele tinha uma ficha na polícia, mas foi limpada dias depois da minha descoberta, simplesmente tudo sumiu, eu até achei que eu era louca. Então eu procurei sua filha mais velha, era a que parecia mais afetada pela morte, ela ia me contar algo, mas sua mãe não permitiu… Depois disso ela foi internada, não tive mais contato com ela, mas de todos, ela é a única que pode nos dizer alguma coisa.

— Ele foi preso por que?

Ela levanta seus olhos e me olha de uma forma que eu não consigo distinguir o que significa. Ela nunca tinha me olhado assim. Era sombrio. Mas excitante. 

— Estupro.

— Espera, você está me dizendo que esse cara foi preso por estupro, logo depois a ficha dele foi limpa e quando você procurou a filha ela foi internada…

Me aproximo do quadro, anotando nele na parte do motivo que estava em branco, um possível.

—  E se nosso assassino for tipo nobre, que mata estupradores?

Me viro para ela, que parece está em outra dimensão agora. E eu consigo entender o porquê. Se ele matar pessoas por isso, significa que Max Thompson também é um estuprador, porra.

— Ei… É só uma teoria, não temos certeza de nada… Você sabe onde a filha do Kavinsky está? — pergunto, me aproximando.

Ela se vira, se afastando, levando sua mão até seu cabelo.

— Sei, já tentei falar com ela algumas vezes, agora eu estou proibida de me aproximar… Mas talvez você consiga. —  sua voz parece está trêmula, e eu não gosto de disso.

Eu odeio qualquer coisa que possa a machucar, e isso não é de hoje.

Desde a época do colégio, quando eu via alguém tentando rir do cabelo dela, que eu achava lindo, ou da sua forma de se vestir, eu sempre ficava puto. Mas era tímido demais para conseguir fazer algo.

— Posso te fazer uma pergunta? —  ela se vira na minha direção, voltando seus olhos para os meus.

— Claro

— Por que?

Não entendo sua pergunta e talvez pela minha expressão, ela volta a reformular.

—  Por que você não diz que eu sou filha da primeira vítima e me tira do caso?

Eu acho que nunca vi olhos tão expressivos como os dela, nesse momento. Estão angustiados, sofrendo. E tudo que eu mais quero fazer é poder tirar ela disso. Eu quero trazer a garotinha que eu fui e ainda sou apaixonado de volta. 

— Porque eu não quero te prejudicar, e no seu lugar eu também iria querer prender o filho a puta que matou meu pai.

—  Qualquer outra pessoa iria querer comandar esse caso sozinho… Por que você é tão diferente? O que exatamente você quer de mim? Eu já sei quem você é, não vamos mais brincar… —  diz, furiosa, tentando se afastar, mas eu não deixo, eu a trago para mais perto.

— Eu não sou assim, eu não ajo dessa forma.

Tiro um fio de cabelo do seu rosto, e vejo ela acompanhando meu movimento.

—  Eu quero você Phoebe… Desde a primeira vez que te vi, a muito tempo atrás.

Eu pareço ter conseguido derrubar todas as barreiras, porque ela me olha incrédula.

Sua respiração acelerada junto com a minha, mostra que ela não é imune a mim, não mais. E é por isso que eu a beijo, de novo. Realizando novamente meu sonho de a beijar pela segunda vez.


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