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By reasontaejin

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"É fácil escolher o que você quer nessa loja Qualquer coisa no cardápio vai satisfazer seus 5 sentidos" Seokj... More

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By reasontaejin


Oie xuxuuuuuuus

Muito bom vir aqui com atualização. Eu tive um surto criativo esses dias e consegui escrever o capítulo. Digamos que foi um dos que eu mais gostei de escrever.

Postei um spoilerzinho do cap de hoje lá no meu perfil de autora do twitter (reasontaejin), que tal dar uma seguidinha lá pra interagirmos sobre a fic? hihihi Eu ia adorar ultrapassar as barreiras do wattpad e conversar melhor no twitter

Enfim, vamos de capítulo. Boa leitura!

O apartamento de Seokjin era grande, para não dizer extremamente enorme. Ao passar pelo portão do condomínio, Taehyung já se assustou ao se deparar com o quão imponente era o edifício, mas adentrar o lugar em que o filho do império Kim vivia... bem, essa parte foi de deixar seu queixo no chão.

Aquela cobertura era tranquilamente o quádruplo de seu apartamento pequeno em cima do restaurante. O ambiente era completamente arejado, as janelas de vidro estavam livres das cortinas, deixando com que o céu iluminado pelas luzes de Seul adentrasse à vista. Os olhos do mais novo captaram um jogo de sofás branco enorme, quadros caros nas paredes e uma porção de outras coisas que sequer poderiam caber em seu apartamento — muito menos em seu orçamento.

Taehyung precisou disfarçar um pouco aquela surpresa, não queria parecer um pobretão impressionado, mas era um pouco difícil não se sentir completamente admirado com tamanho luxo diante de seus olhos, principalmente em um apartamento tão grande para uma pessoa só.

— Bem-vindo à minha casa, Tae. Pode ficar à vontade — Jin disse de costas para si enquanto tirava o casaco e pendurava no suporte perto da porta. — Tá meio bagunçada porque eu não vim aqui ontem né. — Riu de leve se virando para o mais novo que ainda estava impressionado.

— Hyung, sua casa é...

— Exageradamente grande pra alguém que vive sozinho? — Tentou completar enquanto se aproximava de Taehyung, passando os braços por sua cintura.

— Eu ia dizer bonita, luxuosa e que é a sua cara — respondeu deixando um sorriso permear seus lábios. — Eu não te julgo, se eu tivesse condições, também não pouparia na hora de escolher um lar.

Seokjin riu e deixou um beijinho na ponta do nariz do mais novo. Claro que aquele apartamento era obra da fortuna de Haneul e talvez Jin não precisasse de tudo aquilo, mas em sua mente, se ele podia, por que não? Além do mais, o condomínio em si era ótimo, seguro e as coberturas sempre tinham algo muito bom a oferecer, como a vista magnífica da capital coreana, aquecimento para o inverno e a surpresa que Seokjin estava guardando para Taehyung naquela noite: O ofurô na cobertura.

— Que bom que você gostou daqui, porque vai vir mais vezes se depender de mim — disse brincalhão, mas aquela brincadeira tinha fundos de verdade.

Ele queria mesmo que a presença de Taehyung em sua casa fosse mais recorrente agora, curiosamente poderia estar com ele o dia e a noite inteira sem enjoar nem se cansar, muito pelo contrário. Seokjin sempre queria mais de Taehyung, algo como um ímã que o levava direto para ele, sentindo conforto e algo quentinho no seu peito. O nome disso era paixão, mas claro que ele não sabia.

— Depois que conhecer a sua casa eu fico até sem jeito de te levar pro meu cubículo — o mais novo respondeu coçando a nuca.

— Que besteira, Taehyung! — Jin resmungou. — Eu adoro seu apartamento, não tem nada de errado nele, muito pelo contrário. Deixa de ser bobo e vem comigo, eu tô caindo de fome.

Pegando na mão do mais novo, ele o arrastou até a cozinha — que da mesma forma que os outros cômodos, era enorme. Tudo estava limpo, apenas um copo ou outro na bancada, mas nada que dissesse que Jin era desleixado ou algo do tipo. Abriu a geladeira e já foi procurando por qualquer coisa que ele pudesse aproveitar para cozinhar, além de um vinho que estava lá, fechado e gelado.

— Mais vinho, hyung? — Tae brincou tomando sua cintura por trás e apoiando a cabeça no ombro largo do mais velho, enquanto ele colocava os alimentos na pia.

— O que? Você quer beber outra coisa? — Jin indagou imediatamente, mas arrancou uma risada soprada do outro, fazendo o hálito quente roçar pela pele de seu pescoço.

— Não, bobo. Eu adoro beber vinho com você.

Seokjin sorriu, mesmo Taehyung não podendo ver bem. Era extremamente fácil se relacionar com o proprietário do La Familia, leve, gostoso. O clima que ambos construíam em questão de segundos deixava qualquer problema sobreposto. Até mesmo o de Sora, do qual Jin ainda dependia de Yoongi para saber mais. Ele quis deixar isso para outra hora, a hora certa, porque aquele momento era unicamente para estar novamente com Kim Taehyung e nada mais importava além disso.

Ambos começaram a preparar um pequeno e tímido jantar naquela cozinha gigantesca — que Taehyung devia confessar que o deixou muito animado, ele amava cozinhar em ambientes assim, onde tinha mais liberdade de movimento. Mesmo estando em uma casa em que jamais pisou, Seokjin o deixava livre e confortável, rindo ao seu lado enquanto eles brincavam, trocavam carícias e cozinhavam juntos.

Durante uma boa parte de sua vida, o Kim mais novo viu cozinhar como uma perspectiva e trabalho. Claro que tinha bastante amor no que fazia, principalmente por ser algo que aprendeu desde criança com a abuelita, no entanto, estar cozinhando para alguém em especial era completamente diferente e novo. O sabor da comida transcende o trabalho e passa a ser uma demonstração de afeto e carinho, contemplar a satisfação do outro enquanto prova da comida que você preparou com as próprias mãos é, talvez, um dos sentimentos que mais aquece o coração e torna o sorriso mais singelo.

Quando o jantar ficou pronto, os olhos de Taehyung brilhavam ao ver as reações quase exageradas de Seokjin, os murmúrios de satisfação enquanto mastigava e o sorriso de boca fechada que ele lhe lançava. O mais novo observava apoiando sua cabeça na mão, deixando escapar o sorrisinho bobo por entre os lábios enquanto só queria olhar para o seu hyung, nada mais poderia captar a atenção dos seus olhos. Aquela visão deixava seu peito tão acalentado que ele, sinceramente, seria capaz de ver a mesma coisa todos os dias se pudesse.

— Posso falar uma coisa bem sincera? — Jin perguntou enquanto limpava os cantos de sua boca com o guardanapo, ganhando um assentir silencioso e ainda bobo do outro. — Eu adoro a comida do Chan, ele é um chef excelente, mas... — Sorriu sapeca — Eu gosto mais da sua. Pode ser a mesma receita, os mesmos itens, a mesma forma de preparo, mas você faz diferente.

O coração do mais novo quase foi à boca naquele momento. Poder ver a reação e ainda ouvir aquele tipo de elogio era demais, era bom, fazia Taehyung subir nas nuvens. Seu sorriso se alargou e seus olhos ganharam ainda mais brilho enquanto ele mirava um Seokjin, que esperava uma resposta carregando um sorriso naqueles lábios carnudos.

— Sabe que muitas pessoas preferem ser elogiadas pelo que mais amam fazer ao invés de aparência? Esse é meu caso — confessou sorrindo. — Quando alguém fala bem da forma que eu cozinho ou da minha comida, pra mim vale mil vezes mais do que dizer, por exemplo, que eu sou bonito. E você acertou em cheio agora, hyung.

Seokjin alargou o sorriso.

— Eu sei, eu já percebi esse detalhe adorável em você tem tempo. — Deu uma piscadela e depois bebeu o último gole do vinho tinto — E não tô fazendo isso pra amaciar seu ego nem nada, é tudo verdade.

— É mesmo? Não faz com nenhuma intençãozinha de ganhar mais da minha atenção? — perguntou com a voz mais sugestiva e aveludada, arrancando uma risada gostosa do mais velho.

— Com esse propósito eu faria há um tempo atrás, mas agora eu realmente preciso? — perguntou erguendo uma das sobrancelhas.

Taehyung, que estava sentado ao lado de Jin, como sempre, sorriu mais abertamente ainda e apenas foi ajeitando seu corpo até estar sentado no colo do mais velho, passando os braços por seu pescoço, assim como as pernas pela cintura. Ele deixou um beijinho terno no canto de seu olho e depois fez que não com a cabeça, fitando fixamente aquelas duas esferas escuras que eram as pupilas do mais velho.

— Não precisa não. E você sabe disso — sussurrou.

Seokjin apertou a cintura do mais velho antes de levar seus lábios aos dele, selando um beijo calmo que tinha sabor de vinho tinto. Eles eram iluminados pelas luzes incessantes que passavam pelas janelas de vidro, mas a maior luz neles era a daquele sentimento que nenhum dos dois ainda conhecia. O fogo que eles emanavam enquanto as línguas dançavam juntas no ósculo era novo e completamente bem recebido a cada dia que se passava, no entanto faltava ainda admitir o que realmente era, falar o nome em alto e bom som.

Paixão.

Trocando arfares e carícias durante o beijo, Taehyung por vezes parava e sorria, sabendo que aquilo desmontava Seokjin por completo. Estando no colo do mais velho, não o contrário, fazia ele perceber que funcionavam de todas as maneiras, não havia barreiras para aqueles dois que desde de o dia 1 já mostraram se entender perfeitamente.

Seu corpo reagia no mesmo ritmo do beijo, lento e intenso, fazendo o mais velho apertar forte a carne que segurava, tentando conter-se ao mesmo tempo que queria simplesmente se deixar transbordar pelas coisas que estava sentindo.

Mordendo o lábio de Taehyung com malícia e carinho ao mesmo tempo, Jin interrompeu o beijo e o fitou com os olhos radiantes e um sorriso sapeca.

— Eu te prometi uma coisa boa essa noite e eu acho que já podemos ir ver o que é — sussurrou acariciando os fios do outro, colocando-os carinhosamente atrás da orelha.

— Já tinha até me esquecido disso — confessou rindo.

Ele se levantou do colo do mais velho e em seguida o mesmo estava de pé também, entrelaçando seus dedos aos de Taehyung e o guiando pelo apartamento enorme, indo em direção à escada de acesso ao segundo andar. O mais novo mal podia se conter em expectativa, além de captar cada detalhe do ambiente conforme ia conhecendo mais e mais.

Taehyung percebeu que Jin gostava muito de arte, principalmente no que se dizia arte de teor mais clássico. Suas paredes eram enfeitadas com quadros de escolas artísticas como renascimento e rococó — esses que o mais novo gostava mais, pelos tons pastéis usados e pela calmaria que alguns traziam, como "O Balanço" de Jean Fragonard. Ele era um amante tímido da arte e geralmente não conversava sobre nem com Chan, nem com Jimin, já que os melhores amigos não eram lá muito adeptos ao assunto, mas saber que Seokjin tinha isso em comum consigo o fez sorrir secretamente enquanto era guiado pelo apartamento.

Mal percebeu quando os dois adentraram em um cômodo diferente. Os olhos de Taehyung logo varreram o local, constatando que aquilo se tratava de algo que estava completamente fora de sua realidade: um ambiente de paredes revestidas de mármore, mas com uma enorme janela de vidro fechada, que fazia com que a vista da cidade e dos prédios iluminados ficasse ainda mais magnífica. As luzes do recinto estavam apagadas, mas a cidade de Seul era o bastante para iluminar ali. Ao chão, o ofurô vazio já dava a dica do que eles fariam ali, mas o mais surpreendente foi o momento em que Jin simplesmente ligou a força da água e caminhou até um pequeno armário no canto da sala, pegando algumas velas, que pareciam aromáticas, junto de um acendedor.

Sem dizer nada, ele apenas colocou as velas no batente da janela fechada e as acendeu. O barulho forte da água enchendo o ofurô fez Taehyung sorrir, mas ainda mais quando Seokjin virou-se para si e o olhou. Seus olhos eram iluminados e refletiam o fogo das velas, o que era uma visão incrível para o mais novo. Ele estendeu a mão, chamando Taehyung silenciosamente, que sem nem pensar duas vezes, tirou seus sapatos ali mesmo e foi em direção ao mais velho, que fez o mesmo.

Não precisavam dizer uma palavra sequer para voltarem a se beijar apaixonadamente como antes, no entanto com mais urgência enquanto as mãos ágeis iam se desfazendo das roupas em seus corpos. Entre suspiros e gemidos, aos poucos cada peça ia ao chão, até que estivessem livres e completamente nus, colando os corpos e trocando o calor daquele sentimento mútuo que criaram juntos.

Quando partiram o beijo por falta de fôlego, ambos sorriram juntos, com as testas tão coladas quanto seus corpos. As coisas poderiam não ser tão simples como foram da primeira vez, mas a única coisa igual que havia ali era a vontade que eles tinham de estar juntos.

Sem precisar dizer nada, ambos caminharam até o ofurô, subindo os dois degraus que dava para a plataforma em que ele ficava posicionado, e vagarosamente foram adentrando a água borbulhante e confortável. Seokjin recostou-se na borda e um Taehyung, que já sabia bem o que queria para aquela noite, ficou em sua frente, aconchegando-se outra vez no colo do mais velho, voltando a lhe beijar, mas com lentidão.

Agarrando os fios escuros do mais novo, Seokjin sentia cada pedacinho de seu corpo implorando por mais, como se já ter Taehyung ali não fosse o bastante. Queria se conectar a ele de todas as formas possíveis, senti-lo.

Suas mãos desceram pelas costas molhadas do mais novo, alcançando sua cintura e depois o quadril. Suas palmas agarraram as nádegas com força, fazendo Taehyung arfar durante o beijo, mas a surpresa de verdade veio quando ele sentiu os dedos finos acariciarem sua entrada sem aviso prévio.

— Assim que você quer hoje? — sussurrou para o outro sentindo o toque.

— Se você quiser...

Sorriu ladino e malicioso, daquele jeito que Jin mais gostava de ver, não precisava de confirmação melhor que essa. Voltaram a beijar-se porquanto Seokjin ia aos poucos penetrando Taehyung com um dos dedos, fazendo o mais novo abrir a boca levemente no meio do ósculo. Devagar o dedo do mais velho ia explorando as paredes interiores do mais novo, deixando ele desnorteado, ainda mais quando o segundo dedo entrou, dessa vez o alargando mais ainda.

Jin interrompeu o beijo só para observar as expressões deleitosas que Tae fazia enquanto era penetrado e preparado. Sua boca expressava os gemidos e arfares mais bonito que o mais velho já ouviu, seu rosto iluminado pela luz das velas e da cidade ficava ainda mais caótico e cheio de beleza quando ele jogava a cabeça para trás e mexia seu corpo no mesmo ritmo dos dedos o mais velho, se deixando entregar por completo.

Quando sentiu que já era o bastante e que já não podia se aguentar mais de vontade, Seokjin retirou os dedos, pegando na cintura de Taehyung e o aproximando ainda mais de seu colo, posicionando o mais novo para poder penetrá-lo melhor agora. Devagar sua glande foi de encontro com a entrada preparada de Taehyung e com cuidado entrou, fazendo ambos apertarem os olhos. Taehyung levou suas mãos até a borda do ofurô, e segurando-se firme ali, desceu o quadril até sentir Jin completamente dentro de si. Ambos esperaram alguns segundos até que Taehyung se acostumasse, mas partiu do próprio iniciar movimentos lentos, subindo e descendo, fazendo Seokjin entrar e sair de si. As mãos do mais velho apertavam a cintura do mais novo com força, auxiliando no movimento e sentindo o corpo de Taehyung enquanto ele acelerava em meio aos gemidos sôfregos que Jin não sabia que precisava tanto ouvir até aquele momento.

Em dado momento, os movimentos se aceleraram e Jin não se conteve em estocar Taehyung, fazendo as suas dermes se chocarem contra a água quente e forte do ofurô. A água balançava forte por seus movimentos, suas vozes ecoavam em seus gemidos naquele recinto. E curiosamente, aquilo era bonito. Eles eram arte juntos.

Eles dois eram quase uma bomba relógio de desejo e tesão o tempo todo, mas o ambiente naquela hora ficou tomado por algo que ia muito além de carnal. Parecia ter uma aura completamente distinta sobre eles, algo que os envolvia e enchia seus peitos de algo bom enquanto se conectavam ali. Seokjin e Taehyung estavam apaixonados.

E esse sentimento não chegou de forma simples de um dia para o outro, ele veio gradualmente, dia após dia, desde que haviam se conhecido. O que era para ser um desafio, acabou virando cumplicidade. Os sonhos do mais novo, de repente, eram os de Jin também, que batalhava arduamente ao seu lado para ver o La Familia crescer, ajudava com o que precisasse, pensava, investia, trabalhava o quanto tivesse que trabalhar. Com o passar dos dias juntos, eles se conheceram, não só superficialmente, mas chegando ao ponto de compartilhar os medos e anseios, os motivos de sorrisos e também as coisas mais triviais. O tempo em que Taehyung passou se martirizando também serviu para que aquele sentimento fosse se aconchegando devagarzinho em si, sem ele se dar conta, mesmo agora.

Em uma explosão de prazer e de sentimentos, Seokjin chegou em seu ápice, abraçando o mais novo ofegante e molhado, pelo suor e pela água do ofurô. Naquela hora ele entendeu que não queria soltar Taehyung, não só daquela maneira, mas não queria tê-lo longe de si. Não estava acostumado a sentir aquelas coisas boas em seu corpo, em sua mente, mas estava recebendo bem aquela carga enérgica que o fazia sorrir sem parar.

E mesmo que nenhum dos dois pudesse colocar em palavras corretas o que vinham sentindo um pelo outro, seus olhares simplesmente diziam e os asseguravam de que era mútuo, seja lá o que fosse.

Aquela foi a segunda noite em que passaram acordados a maior parte do tempo, repetindo várias vezes aquele ato, deixando gemidos e sorrisos escaparem. No ofurô, na cama, na saca e até mesmo no sofá, mas sempre juntos, de mãos entrelaçadas e olhares fixos um no outro.

Seokjin não se lembrou de seu celular, não queria se importar com mais nada que não fosse Taehyung consigo ali, no entanto, a mensagem de Yoongi chegou em dado momento.

E ele viu no outro dia de manhã, planejando encontrar-se com o melhor amigo alguns dias depois para discutir sobre aquilo que o havia feito engolir em seco.

[...]

Aquele sábado já marcava os primeiros dias de dezembro, e com ele, a primeira neve em Seul aparecia, fazendo Jin praguejar por seus dedos estarem tão gelados enquanto ele dirigia.

Passara a semana inteira alternando entre dormir em sua casa e na de Taehyung, mas naquele dia em específico, havia dado qualquer desculpa sobre ajudar Yoongi para poder finalmente ir ver o melhor amigo e falar sobre aquele assunto que o estava dando dores de cabeça.

Depois da segunda noite com Taehyung, Seokjin havia acordado mais cedo e preparado um café da manhã saboroso para o mais novo, que ainda dormia. No entanto, lembrou-se do celular em cima da mesinha da sala de estar, e com a memória de que o amigo lhe contataria, foi até o aparelho e viu a notificação da mensagem ali.

Engolir seu nervosismo pelos próximos dias e não transparecer preocupação a Taehyung foi realmente uma tarefa de mestre, mas até o momento ele havia passado neste teste com maestria. Precisava confirmar se isso que Yoongi tinha dito era realmente verdade, para só depois pensar em preocupar Taehyung.

Dentro do seu carro, soltou um longo suspiro depois de estacionar no prédio do melhor amigo. A visita de Sora vinha lhe deixando extremamente estressado, agora ainda mais, no entanto ele sabia que poderia resolver essa situação, então saiu do carro, arrastando as botas na neve branca e entrando no edifício tímido em que o Min morava com Hoseok.

Cumprimentou o porteiro e tomou o elevador, Yoongi morava no segundo andar, então não demorou muito até estar adentrando o apartamento, sendo recepcionado pelo sério amigo que também vinha ruminando essa história há dias enquanto eles trocavam mensagens.

— Senta, hyung. O Hobi saiu pra ir visitar a irmã dele, então nós podemos falar com mais calma — disse apontando para o sofá cor de cobre.

Jin assentiu e o fez, já tirando as luvas das mãos e guardando no bolso do casaco. Seu semblante era de preocupação e ao mesmo tempo, diante daquela possibilidade, de raiva também. Mas claro que não era direcionado a Yoongi, mas sim às coisas que o Min havia descoberto — por sinal, ele era um jornalista excelente.

O mais novo se sentou com um longo suspiro, se acomodou, para então começar a falar.

— Como eu te disse, eu descobri muitas coisas sobre Kim Sora. Apesar de se intitular jornalista independente, as informações dela são compradas por alguém, claro...

— Claro, porque ninguém trabalha de graça. — Deu de ombros — Mas, Yoongie... Me fala de novo, com clareza, as informações que você bateu de Sora. Sério, se isso for verdade mesmo... eu vou ter que envolver meu pai nessa merda. — Ele massageou as têmporas.

Yoongi suspirou longamente outra vez e então se preparou para falar.

— Segundo as pesquisas que eu fiz, desde currículo lattes da época de faculdade de Sora, até referências em artigos, emprego e etc, consegui fuçar melhor a vida dessa mulher até descobrir o que ela faz atualmente — iniciou sério. — Sora realmente não tem um emprego fixo em uma empresa de comunicação, jornal ou algo do tipo, mas... o seu estado civil mudou há um ano e meio atrás. — Ele entrelaçou os dedos — E você disse que não tem notícias do Woojin há mais de cinco anos, que ele deixou vocês em paz...

Seokjin cerrou os pulsos.

— Você acha mesmo que ela tenha se casado com o Woojin, com o meu irmão? Eu realmente não tenho notícias dele, eu não me interesso pela vida do Woojin, você sabe. Mas meu pai deve saber, com certeza ele vai atrás do filho perfeito dele pra saber!

— Taehyung, o Choi's é a rede competidora direta do Sindeul-ui Menyu, a ex mulher do seu pai odeia vocês, a tal da Hana, odeia o restaurante de vocês. Do nada há um tempo atrás Kim Sora, que antes se chamava Song Sora, começa a atormentar a assessoria do Sindeul-ui Menyu e agora ela vai diretamente no La Familia procurando sabe-se lá o que e ainda com intenções nada boas? Sinceramente, eu tenho quase certeza que Sora trabalha informalmente para seu irmão e a mãe dele.

Seokjin bufou e passou a mão gelada no rosto. Confiava nos instintos de Yoongi, em outras oportunidades, o Min já havia atuado como repórter investigativo, então ele sabia o que estava fazendo.

— Tá, e por que ela iria querer saber do La Familia? Não tem absolutamente nada de errado com o investimento, ele está regularizado, o contrato é válido e as coisas têm acontecido de forma orgânica.

— Hyung, desculpa a forma rude com que eu vou falar contigo agora, mas você é meio burrinho às vezes. — Yoongi cerrou os olhos — Se por eliminação não tem nada de errado, é claro que, uma jornalista que claramente não tem compromisso com a profissão e se propõe a trabalhar bisbilhotando a vida alheia, vai inventar algo pra queimar vocês!

Nada era confirmado, tudo eram suposições de Yoongi, que vinha usando de seu faro jornalístico para tentar chegar a algum lugar. Na cabeça de Seokjin aquilo fazia e não fazia sentido, no entanto, para poder dizer com certeza, sobre qualquer coisa relacionado aquilo, ele precisava, antes de mais nada, checar a vida de Woojin, o que não queria.

Ele e o irmão nunca foram próximos, nunca se gostaram. Um por ter raiva diante do fato de que o pai criou desde sempre, deu tudo, inclusive a atenção que nunca teve. O outro, por ser comparado o tempo todo, como se não pudesse ser uma pessoa singular por sua própria carreira e escolhas. Precisar ir se meter na vida de Woojin por conta de suspeitas fazia Jin ficar ainda mais frustrado.

— Certo, eu vou ter que perguntar ao meu pai sobre isso, se ele sabe... com certeza sabe — disse num sopro cansado. — Se Sora for mesmo a esposa do meu irmão e tiver ligação direta com Choi Hana, pode saber que lá vem merda. E isso porque a gente nem fez a reforma do restaurante ainda!

— Hyung, sobre isso, eu posso te dar um conselho? — ele indagou cuidadoso, vendo o estado do melhor amigo, que assentiu. — Se eu fosse vocês, faria essa reforma e a reinaguração o mais rápido possível, antes de ter chance de ter o nome exposto com fake news. O La Familia vem criando uma reputação incrível, mas precisa brilhar antes de se envolver no primeiro boato ou fofoca.

Jin massageou as têmporas de novo.

— E onde o Taehyung vai ficar, Yoongi? A gente não teve tempo de ver um apartamento novo pra ele ainda...

O mais novo se aproximou do mais velho com um sorriso pequeno nos lábios finos. Yoongi era alguém de pensamento rápido e soluções completamente eficazes. Claro que naquela hora ele juntou o útil ao agradável, sabendo da atual condição do "casal taejin".

— Ele vai alugar um container, colocar as coisas dele lá por um tempo e... você vai deixar ele ficar uns dias na sua casa — respondeu maliciosamente, fazendo Jin arregalar os olhos.

— O que? — exclamou de imediato. — Espera aí, lá em casa? Quer dizer, eu não tenho problema algum com isso, você sabe, mas nós estamos juntos há uma semana, isso é exagerado pra caralho, Yoongi! Fora da casinha!

O mais novo soltou uma gargalhada vendo como as orelhas do mais velho haviam ficado vermelhas.

— Não tô falando pra vocês morarem juntos, hyung. É só uma temporada enquanto ele não acha outro apartamento perto do restaurante. Eu mesmo posso procurar alguma coisa pra ele, sem problemas. É só um favor que você faz pra ele enquanto não acham. O Hobi disse que viu o prédio e a reforma vai ser rápida, coisa de começar na sexta e terminar, sei lá, no mais tardar numa quarta-feira. Nesse meio tempo eu consigo achar algo pro Taehyung.

Seokjin sentiu mesmo suas orelhas esquentando, assim como as bochechas. Não queria admitir, mas adoraria o fato de poder acordar todo dia com Taehyung, sair pra trabalhar e voltar para casa com ele. Todos os dias os jantares seriam divertidos e as noites longas, por mais que não fosse ser por muito tempo... Era mesmo uma opção?

— Eu não sei... eu preciso falar com ele antes. Não sei se ele vai concordar. Talvez Taehyung pense exatamente como eu — soprou. — É muita coisa pra processar, Yoongie...

O mais novo sorriu pequeno mais uma vez, apesar das ressalvas, pôde ver o brilho nos olhos do mais velho ao pensar na possibilidade. Yoongi não era inteligente apenas no quesito jornalismo e investigação, mas conseguia também ler as pessoas com clareza, principalmente o melhor amigo.

E naquele momento, já estava claro até para o mais leigo dos leigos, que Seokjin e Taehyung estavam mais do que apaixonados.

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Seokjin cantando internamente  A PAIXÃO ME PEGOU, TENTEI ESCAPAR, NÃO CONSEGUI

Mas é isso ai, esse capítulo pra mim foi importante demais. Por mais que eu pudesse fazer o smut super detalhado e longo, eu preferi não fazer. Muito porque eu ainda tô tendo problemas com a escrita depois do incidente lá e também porque quis focar mais nos sentimentos - e olha, eu acho que consegui.

O que vocês mais gostaram do capítulo?

O que vocês vem mais gostando da fic no geral?

Conversem comigo, vai? 

Até a próxima <3

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