Meus irmãos e eu somos os primeiros vampiros da história, os Originais. Trezentos anos atrás nós ajudamos a construir Nova Orleans, agora nós retornamos e descobrimos que a cidade tem um novo rei que governa com a ajuda de uma poderosa mulher, eles tomaram posse do meu irmão Elijah, algumas bruxas querem essa mulher para elas, elas querem minha ajuda usando meu filho como vantagem, embora eu suspeite que tenham motivos ocultos. Então eu elaborei um plano, vou libertar meu irmão e recuperar a cidade para nossa família, então serei o rei.- Niklaus Mikaelson.
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A U T O R A
Em um cômodo feito de escritório na casa branca, se encontrava Klaus e a bartender Camille conversando sozinhos.
-Durante o curso da minha vida eu me deparei com muitos que ousavam falar do bem e do mal, esses termos não dizem nada, as pessoas fazem o que lhes interessa mais independentemente de quem se machuca. É maldade conseguir o que se quer e se satisfazer? Mesmo se isso causar sofrimento para outros? O que alguns chamariam assim, eu acredito que seja uma resposta apropriada a um mundo duro e injusto.- diz loiro olhando para um pintura feita pelo mesmo em um cômodo particular da casa.
-Desculpe, mas eu não sei se entendi porque você me convidou para vir aqui.- diz a jovem Camille em pé olhando fixamente para o loiro, enquanto o mesmo está de costas.
-Eu gosto da sua companhia, eu acho que você tem capacidade para entender parte da minha... complexidade.- diz o loiro olhando diretamente para a jovem, logo caminhando até a mesma.- Olha só eu voltei a Nova Orleans para investigar uma ameaça contra mim, o que eu achei foi uma jovem grávida precisando de proteção, meu irmão que sempre fez o bem tentou me manipular para ajudá-la, pensou que eu podia me redimir.- diz passando pela mesma indo até uma escrivaninha.- O problema é que eu soube de outra jovem mulher, garota na verdade, com um vasto potencial, ela foi capturada por um tirano. Eu quero ajudar as duas mulheres, proteger uma e libertar a outra, e aí me diga Cami, isso te parece maldade?- pergunta olhando diretamente para a loira.
-Não acredito no mal como um diagnóstico, eu acho que você tem relações pessoais instáveis, paranoia relacionada ao estresse, raiva crônica e medo de abandono. Eu acho que seria bom conversar com alguém profissional.- diz a loira com leve sorriso.
-Acho que prefiro falar com você, então eu vou te oferecer um emprego como minha estenógrafa.- diz o loiro se sentando na poltrona.
-Ok, o que vamos escrever?- pergunta Cami.
-Minha bibliografia é claro, alguém deve conhecer minha história, isso vai nos dar tempo para discutir outros assuntos, como o seu bonito pretendente Marcel.- diz o loiro olhando para para Cami.
-Desculpe, a minha privacidade..-interrompida
-A sua privacidade como pode ver é essencial para os meus planos, olha só o Marcel quer você e por causa disso confia em você, o que é útil para mim.- o loiro se levanta e vai em direção novamente a pintura.- A questão é que o Quartel Francês está na beira da guerra, de um lado estou eu e minha aliada, e do outro lado Marcel junto com uma poderosa bruxa e um exército de vampiros.- dito isso a loira se desespera.
-O quê?- Cami grita e o loiro em uma velocidade sobrenatural encosta a mesma na parede com suas duas mãos no rosto da mesma, olhando no fundo de seus olhos.
-Está assustada? Não fique.- diz o mesmo calmamente.
-Eu não estou mais assustada.- diz a loira com uma expressão confusa.- É incrível como você..
-Se chama controle, faz parte dos truques dos vampiros, eu vou te falar sobre isso, mas primeiro vamos falar um pouquinho mais sobre o Marcel.- diz o loiro se sentando novamente na poltrona olhando para a loira.
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I S A B E L L E
Pim..Pim..Pim..Pim
O alarme do relógio apita sem parar e o meu corpo grita por mais cinco minutos, meus olhos ainda estão pesados e a claridade invade meu quarto sem qualquer aviso. Abro meus olhos lentamente deixando que meus olhos se acostumem com a luz e que a visão embaçada volte ao normal, desligo o relógio irritante, me sento na cama pegando meu celular vendo algumas mensagens das minhas amigas, não ligo afinal sei muito bem do que se trata, então coloco uma música do Justin Timberlake- Can't Stop the feeling para alegrar meu dia e me sentir melhor de toda essa guerra entre Marcel e Klaus, então me levanto e vou até o banheiro dançando e cantando a música, retiro minha camisola, entro dentro do box e ligo a água que cai sobre meu corpo de uma forma relaxante que me permite parar de pensar nos problemas e me sentir renovada. Saio do banheiro enrolada em meu roupão e meu cabelo enrolado em uma toalha, sinto a presença de alguém no meu quarto e acabo me deparando com Hayley sentada em minha cama que me olha com um sorriso de orelha a orelha, pausei a música e sorrio para mesma.
-Bom dia, lobinha.-digo olhando para a morena.
-Bom dia, bruxinha.- diz com um tom desanimado, mas não desfez do sorriso.
-Parece que alguém não acordou tão animada hoje.- digo indo até o guarda roupa para vestir alguma coisa.
-Ficar animada nessa casa é algo bem difícil, queria saber como você consegue.- diz se deitando na cama.
-Na real, nem eu sei. Acho que conviver com um psicopata como o Klaus tem suas vantagens, você aprender ser otimista em momentos ruins e ficar alegre mesmo que o mundo esteja desmoronando.- digo pegando uma muda de roupa.
-Como você conseguiu, sabe, conviver com ele? Parece que nem os próprios irmãos aguentam ele.- pergunta a morena.
-Hayley, conviver com o Klaus é uma diversão para mim ou foi uma diversão, acredite tem pessoas muitos piores do que ele no mundo que fazem coisas que até o diabo teria medo, eu convivi com uma pessoa assim e posso te falar com todas as letras que não é algo divertido como é com o Klaus. Ele tem uma parte ainda humana dentro dele, coisa que a pessoa na qual eu convivi não tinha e continua não tendo.
-Está falando do seu pai?- pergunta a mesma.
-Sim, no dicionário deles não existe a palavra amor ou piedade, para ele todos os seres que não sejam normais devem morrer de uma forma terrível e assustadora.-digo vestindo uma calça jeans azul, uma blusa de alça preta e uma jaqueta por cima.
-Seu pai é um louco.-diz me olhando.
-Ele ainda tenta me perseguir de vez em quando, mas nunca consegue me achar.- digo penteando meu cabelo.- Mudando de assunto, tem alguém além de nós nesta casa?
-Acho que a Rebekah está lá embaixo, e o Klaus estava no escritório com uma mulher, acho que o nome dela é Cami.- diz se levantando da cama.
-A bartender, bom algo me diz que ele vai está muito ocupado com a nova amiguinha dele hoje, então lobinha acho que vou passar o dia com você.-digo dando um breve sorriso.
-Ah pensei que hoje você estaria ocupada com os planos malucos dele.- diz a mesma surpresa.
-Acho que você também precisa de atenção, afinal Elijah não gostaria de te ver desprotegida e eu me sentiria muito culpada se algo acontecesse com você.- digo com um sorriso meigo.
-Acho que é por isso que gosto de você.-diz sorrindo.
-Bom, chega de sentimentalismo, que tal comermos algo no café da manhã?- pergunto.
-Acho ótimo, estou faminta.- diz e logo saímos do quarto.
Começamos a descer as escadas indo em direção a cozinha e me deparo com Klaus indo em direção a porta principal da casa, o mesmo nos olha por alguns segundos e pára ao meu lado com um leve sorriso.
-Tenha um ótimo dia, amor.-diz o loiro sussurrando em meu ouvido e deposita um beijo em minha bochecha, me deixando paralisada, logo o mesmo vai embora rapidamente.
Me lembro da noite passada em meu quarto, a dança, as lembranças antigas que tornam nossa amizade ainda mais única e complexa ao mesmo tempo, a frase final veio em minha mente nesse momento “Como eu não me interessaria por uma mulher como você?”. Confesso que Klaus sabe muito bem como mexer com meus sentimentos, mesmo eu não demonstrando interesse o meu coração dispara quando o mesmo toma uma atitude assim, olho para Hayley que está com um olhar malicioso e um sorriso discreto me deixando desconfortável.
-Nem pense em falar alguma coisa.-digo séria.
-Nem pensei nada, só vi um beijo na bochecha.- diz risonha e revirei os olhos.
Vamos à cozinha, pegamos o cereal e o leite, coloco em duas tigelas e vamos para a bancada. Começamos a comer e a morena me olhava com um olhar curioso sobre o que tinha acontecido.
-Se me perguntar o que quiser ajuda a você parar de me olhar com esse olhar, então pergunte..-digo suspirando.
-Tem certeza que nunca rolou algo entre vocês?- pergunta a morena.
-Tem coisas que devem ser esquecidas, Hayley.-digo comendo mais uma colher de cereal.
-Então já aconteceu?
-É claro que já tiveram um caso, mas faz tanto tempo que eles tentam esquecer, talvez seja o porquê de você ter ido para Atlanta.- diz uma certa loira que entra na cozinha com uma cara debochada.
-Rebekah, meu amor a busca pelo nobre Elijah está tão tediosa que para se entreter precisa entrar no meio da conversa dos outros?- pergunto.
-Só respondi o que você não iria responder, afinal você e Klaus escondem esse segredo a sete chaves por anos.- diz a loira revirando os olhos.- O que no meu vê vocês ainda se enganam sobre o que sentem um pelo outro, tentam evitar de sentir esse sentimento a todo custo.
-Ele não fez questão de esconder hoje, afinal deu um beijo na bochecha da Isa agora a pouco.- diz a morena e logo repreendo com um olhar severo.
-Meu irmão não é o mais difícil da relação, com certeza Isabelle não demonstra nenhum interesse, mesmo que sinta algo, mas fique sabendo que o olhar e o coração não enganam ninguém, pode não dizer com palavras, todavia seus olhos revelam tudo.-diz a loira me olhando fixamente até a campainha soar.
-Deve ser a Agnes, ela disse que queria me ver.-diz a morena indo até a porta principal.
-Rebekah, o que rolou entre eu e seu irmão nunca mais vai acontecer, ficou no passado e vai ficar no passado.- digo autoritária.
-Tudo bem, eu finjo que acredito nessa afirmação, depois conte a Hayley o que aconteceu.- diz e logo saí daquele cômodo.
Respiro profundamente e saio da cozinha indo até onde está Hayley, e logo vejo Agnes sentada de frente a morena na sala de estar, me aproximo arrancando os olhares da bruxa velha que conversa com a morena sobre algo que não entendi.
-Eu já disse Agnes que eu estou bem.- diz a morena.
-Você já devia ter feito o exame.- diz a velha.
-O que você quer que eu faça? Que eu entre no Quartel para um ultrassom, uma lobisomem grávida escoltada por uma bruxa, é tranquilo.- diz a morena com um tom de ironia.
-Muitas mulheres matariam para ter um filho, é estranho você não cuidar melhor do seu.- diz a loira que estava sentada procurando algo na internet.
-Eu conheço uma médica perto do Canal, um lugar afastado e tomei a liberdade de marcar uma consulta para você hoje a noite em hora extra, só nós, os vampiros nunca vão saber.- diz a velha.
-Tá legal, entendi, pode ser a médica do Canal, mas a Isabelle pode vir comigo?- pergunta a morena me olhando.
-É claro, se você acha melhor.- diz a velha me olhando com um olhar estranho como sempre.
-Bom Isa, você vai comigo.- diz a morena.
-Por mim tudo bem.-digo
As duas saem da sala me deixando com Rebekah, me deito no sofá puxando meus fones de ouvido e o meu celular para ouvir algum tipo de música , mas sou interrompida por um barulho de porta se fechando e logo vejo o loiro entrando com uma expressão séria.
-Por favor irmã me diga que você não está mais pesquisando na internet, como que se começa alias? procurando por um sótão anônimo?- pergunta com um certo sarcasmo, se servindo de bebida na adega.
-Alguém tem que encontrar Elijah mesmo que tenhamos que procurar em cada sótão de Nova Orleans.- diz a loira.
-Seria como procurar uma agulha num enorme palheiro.-diz loiro bebericando a bebida e logo me olha de relance.
-Lembro de detalhes do sótão que Marcel me levou, havia persianas nas janelas atrás do caixão de Elijah.-diz a loira concentrada no computador.
-Isso deve reduzir bastante a busca, já eu prefiro a estratégia atual do que esse trabalho monótono, a demora do Marcel devolver o nosso irmão me faz suspeitar que ele não está mais no controle da situação, se a lealdade da Davina ao Marcel está abalada talvez a jovem bruxa esteja aberta a discutir uma nova aliança.-diz o loiro olhando para a irmã.
-Como sempre ganhar poder é mais importante do que resgatar nosso irmão.- diz a loira.
-Eu prefiro pensar em matar dois coelhos numa cajadada só, roubar a arma secreta do Marcel e trazer o nosso irmão.-diz o loiro com um leve sorriso diabólico.
Klaus se levantou vindo em minha direção, ele para por alguns segundos e logo vai embora sem dizer nada. Me levanto e vou para meu quarto e vejo mensagens no meu celular apitando, abro e vejo as mensagens…
Mensagem on
-Isabelle Clarkson é melhor você me responder.
-Dani está preocupada com sua falta de compromisso com a loja, temos inúmeras clientes impacientes esperando por atendimentos seus e não feitos por nós, ninguém sabe fazer coisas que nem você faz, entende?
-Por isso eu e Dani decidimos que vamos a Nova Orleans amanhã, espero que não esteja envolvida em nenhuma confusão junto com aquele idiota do Klaus.
-Alec me mandou mensagens dizendo que daqui alguns dias vai para Nova Orleans, disse que tem problemas para resolver e quer falar com você sobre um assunto sério.
-Não se preocupe com comodidade, não pretendemos ficar na casa do Klaus não mais do que o necessário, Alec tem um apartamento aí e disse que podemos usar.
-Chegamos pela manhã.
Entendi, bom vocês serão bem vindas a Nova Orleans.-
Mensagem off
Ok, talvez eu esteja um pouco em pânico afinal se Klaus descobri que elas estão aqui vai tentar me matar, na men te doentia dele elas podem estragar seus planos de recuperar a cidade, conheço ele e sei que não vai gostar da situação. Bom, pelo menos a Rebekah vai gostar, Leila e ela são amigas ainda bem, já não sei como vai ser a relação de Klaus com Dani afinal eles nunca se gostaram.
Aí tem tanta coisa para pensar…
E hoje tem uma festa no Quartel Francês, eu até gostaria de ir, mas tenho que acompanhar Hayley na médica do Canal, o que na minha humilde opinião é algo meio estranho. A Agnes nunca gostou da idéia desta criança vir ao mundo e do nada se preocupa com o bem estar dela? Para mim tem coisa, então é melhor eu ir com a Hayley por segurança. O nobre Elijah me odiaria se eu deixasse algo de ruim acontecer com ela, já que nessa casa ninguém está preocupado com isso, então eu lembro do amuleto de proteção que minha mãe fez para mim, nada poderia me machucar fatalmente com ele, pego o mesmo e coloco em meu pescoço sentindo a energia dele sobre mim.
Ando até a janela do quarto e vejo a escuridão da noite se levantar e as nuvens cinzas a se formar, as estrelas brilhantes como vagalumes a aparecer e o sentimento de paz a se instalar, a lua tão bela a brilhar deixando sua marca única no céu. Abro a janela delicadamente sentindo o frescor do ambiente e o cheiro da natureza que predominava naquele local, o silêncio era reconfortante trazendo harmonia ao quarto, meus olhos se fecham tentando sentir todas as sensações daquele precioso momento que não tivera há muito tempo, o som do vento era música para os meus ouvidos.
Sinto a presença de alguém, olho para trás e me deparo com Klaus de pé com um olhar suave e tranquilo, era difícil ver o mesmo daquele jeito tão suave, normalmente ele é intenso em todos os sentidos fazendo qualquer um ficar desconfortável ou até mesmo intimidado. O loiro caminhou até mim suavemente, desvio o olhar novamente para a lua e logo sinto o corpo do mesmo junto ao meu com pequenos toques, suas mãos deslizam sobre meus ombros e sua boca se aproxima do meu ouvido exalando um ar quente me fazendo arrepiar dos pés a cabeça.
-Pensei que estivesse na festa com a sua nova amiga Camille.-digo ainda sem ter contato visual com os mesmo.
-Na verdade eu já estava indo para festa, mas lembrei que tem uma certa pessoa que não vi muito o dia inteiro e que merece um pouco da minha atenção.- diz calmamente.
-Suponho que tenha tido um dia cheio de estratégias para alcançar seus objetivos.- digo me virando e olhando nos olhos do mesmo.
-Uma dessas estratégias foi controlar a mente da Cami, o que me torna uma pessoa mais desprezível do que já sou, você vive me perguntando o porque eu te mantenho por perto, mas desta vez quero que seja honesta comigo, por que você continua ao meu lado mesmo vendo eu fazer coisas terríveis?- pergunta o loiro.
-Eu….eu não sei te responder ….eu só sinto que você precisa de mim e por isso não consigo te deixar mesmo que eu queira.- respondo com o olhar baixo.
-Mesmo que eu fizesse uma coisa terrível com você, estaria ao meu lado?-pergunta novamente.
-Sinceramente não sei, mas de algo eu sei, eu nunca vou conseguir te odiar mesmo que você tente me fazer sentir isso, entretanto não significa que sempre estarei ao seu lado.-digo olhando no fundo dos olhos azuis do loiro.
-Talvez seja por isso que você seja minha aliada, amanhã quero você ao meu lado, do que adianta ter planos se não compartilhar com seus aliados.-diz em meu ouvido com leve sorriso de canto de boca.
-Você quem manda, amor.- digo dando uma risada abafada.
-Te vejo mais tarde, amor.- diz depositando um beijo em minha testa, logo indo em direção a porta.
-Klaus!- O mesmo olha para mim.- Pega leve com a Camille, apesar de eu não conhecer ela direito não quero o mal dela.
Digo isso e o mesmo acena em confirmação logo indo embora, apesar de eu e ela não sermos amigas, sei que Klaus gosta dela de algum jeito e tenho que respeitar isso, somos amigos e aliados nada mais que isso, não posso impedir que ele crie sentimentos por ela. Acho que nesse momento percebo que devo deixar de lado esses pequenos sentimentos por ele e focar em outras coisas, talvez nos problemas que estão por vir amanhã.
Vejo a hora no telefone e já está na hora de ir para a tal consulta com a médica do Canal, duas batidas e ouço a voz de Hayley me perguntando se já estou pronta, abro a porta e sorriu para a morena que pega minha mão me arrastando pelas escadas, saímos de casa e vejo Agnes com um carro que nos espera para irmos. Adentramos no carro indo em direção ao local, o caminho foi silencioso sem muita conversa, a velha me olhava de relance com uma cara de quem não estava esperando minha presença, desviei o olhar, e logo observo as árvores que passam como vultos, a escuridão é meio densa fazendo eu cada vez ficar mais desconfortável, afinal estamos longe dos Mikaelsons e tudo pode dar errado. Logo Agnes começa a desacelerar o carro parando de frente a uma casa estranha em um lugar mais estranho ainda.
-Isso aqui é o consultório?-pergunta a morena indignada, mas com toda a razão.
-A doutora Pesches só está tão longe porque os homens do Marcel aterrorizam os pacientes, ela não morde.-diz Agnes e a morena abre a porta do carro para sair e sai também.
Olho para trás e vejo Agnes no celular, a mesma sorri, a morena entra na casa e logo vou atrás. Entramos e logo uma mulher loira nos recebe, a tal médica, ela nos leva até um cômodo onde tem vários equipamentos médicos, com certeza ela é solitária até demais para meu gosto. Fico de mãos dadas com Hayley para que a mesma se sinta segura, a mesma me olha em vários momentos, sei que ela também está com medo de que algo aconteça, mas acho que algo já está acontecendo.
-Pode se deitar na maca.- pede à loira que Hayley se deite.
A mesma pega o aparelho para fazer o ultrassom, despeja o gel na barriga da morena que me olha de relance e pega na minha mão apertando um pouco.
-Vocês devem ser bem próximas.- diz a médica.
-Acho que não é da sua conta.-digo autoritária e a mesma se cala vendo como está o bebê.
-Os batimentos do bebê estão perfeitos.- diz a loira para Hayley com um leve sorriso.
-Eu sabia, ela é tão forte quanto a mãe.-diz a morena se levantando.
-Que marca diferente você tem.- diz a médica observando as costas de Hayley, me fazendo ficar alerta.
-Acho que já terminamos, né?- pergunto inquieta.
O celular de Hayley toca e vejo que é Rebekah perguntando onde estamos.
-A sua pressão está um pouco alta, eu tenho uma coisa para isso.-diz a médica indo até algum lugar pegar algo.
Logo Hayley responde Rebekah e fico um pouco mais tranquila, afinal ela sabe onde estamos. Escutamos um uivo de um lobo e a morena vai até a janela para ver quem é, vejo um farol de um carro parar na frente da casa, a médica volta com alguns comprimidos.
-Olha eu não me dou muito bem com comprimidos.-diz a morena.
-Bom, na verdade nem eu.- diz a médica um pouco diferente para o meu gosto.
Vejo alguns homens entrarem na casa, assim como Hayley também percebe, fico alerta e me aproximo da porta do cômodo, em segundos que olho para trás a médica tenta injetar uma injeção em Hayley bate de cabeça com a loira e injeta na médica a injeção que logo desmaia. Os homens começam a se aproximar e logo tranquei a porta para ganhar tempo, Hayley vê a janela e abre a mesma para que possamos sair depressa dali.
-Vamos logo!!-digo ajudando Hayley a pular pela janela.
Saímos dali e logo começamos a correr sem parar para longe da casa, tento despistar as pegadas com magia para que não fique tão fácil, em meios as árvores nos escondemos e esperamos eles virem, ouço os passos dos homens que passam por nós sem ao menos nos ver, nisso concentro minha magia e aceno para a morena para irmos, fomos por trás deles e logo que os mesmos percebem junto minha magia e quebro os pescoços de um por um e a morena me ajuda com isso. Logo vem um homem que nos cerca, e quando eu ia fazer um movimento o homem é morto por ninguém mais que Rebekah.
-Eu estou impressionada.-diz a loira.
-Como você nos achou?-perguntei respirando fundo.
-Com a mensagem de Hayley e a audição de vampiro.-diz a loira olhando para os homens mortos no chão.- Quem são eles?
-Bruxas, magos eu sei lá.- diz a morena e logo escutamos mais passos.
-Tem mais deles- diz loira olhando para os lados.-Corram!!
Logo começamos a correr novamente e olhamos para trás quando ouvimos um grito de Rebekah, logo somos atingidas por flechas, sinto a dor e logo desmaiei enxergando somente a escuridão.
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R E B E K A H
Acordo sentindo uma dor latejante na barriga e no meu coração, e me deparo com duas flechas fincadas em minha barriga, retiro as mesmas e vejo corpos estraçalhados pelo chão, me levanto com um pouco de dificuldade. Penso logo em Isabelle e Hayley, e começo a chamar por elas sem nenhum sucesso.
Ligo para Niklaus para que o mesmo me ajude.
-Como assim elas sumiram?- pergunta o loiro
-O que acha que quer dizer, tem sangue e corpos espalhados por todo lado, alguém os deixou em pedaços e nem sinal de Isabelle e da garota grávida.- digo suspirando.
-Tô a caminho, continue procurando.- diz e desliga o telefone.
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Vou até uma casa e entro na mesma me deparando com o corpo de uma mulher loira morta no chão.
Sinto a presença de um certo alguém que chamo de irmão.
-Puxa abandonou sua busca por poder para ajudar a família, tirou uma folga?- perguntei debochadamente
-Quem levou elas, Rebekah?- pergunta sério.
-Eu não sei.
-Como assim você não sabe?- pergunta sério se aproximando.- Quem matou os agressores?
-Eu não sei, eu tomei uma flechada no coração, se Hayley não os matou então..- escuto uivos de lobos.- Que lindo, talvez os primos saibam onde elas estão.
Saiu do cômodo passando pelo loiro indo até a porta principal e vejo Hayley andando segurando Isabelle pelo braço.
-Hayley… Isabelle ai meu Deus- digo indo até elas.
-Hayley, o que que houve? Me conte o que que aconteceu com vocês duas?- pergunta o loiro logo puxando Isabelle para seu lado.
-Eu não me lembro.- diz a morena meio perdida e o loiro olha para a mesma atentamente.
-Está completamente curada, você não tem um arranhão.- diz o loiro.
-Umas das vantagens de ser lobisomem, lembra?- diz a morena.
-Não, não é assim tão rápido.- diz o loiro e acabo revirando os olhos
-Deixe-a em paz. É o bebê, o sangue de vampiro, o sangue do Klaus dentro de você pode curar tudo, seu filho te curou.- digo carregando Hayley para que se sente.
Olho para minha amiga Isabelle que se apoia a Klaus com um olhar cansado e perdido.
-E você amor? Você está bem?- pergunta o loiro para a ruiva que está em seus braços.
-Acho que não, mas vou ficar. Não se preocupe, o importante é que Hayley está a salvo.- diz Isa com uma voz meiga.
Vejo o olhar de meu irmão sobre a mesma e notei que sua blusa estava coberta de sangue.
-Quando chegarmos em casa te faço um curativo.- digo olhando para ruiva que dá um leve sorriso.- Como escaparam? Estavam sozinhas e desarmadas, eles eram muitos…
-Eu acho que foi o lobo, acho que ele está tentando me proteger e acabou ajudando Isabelle também.- diz a morena olhando para o loiro.
-As bruxas deviam te proteger, quando eu puser as mãos na Sophie Deveraux..- diz Klaus, mas é interrompido pela ruiva.
- Não foi a Sophie, foi a Agnes.- diz a ruiva com uma voz fraca.
-Ok, Agnes e Sophie é tudo igual para mim, vou acabar com todas elas.- diz o loiro sério.
Lembro da minha conversa com Elijah no sótão da igreja antes de tudo isso acontecer.
-Não se Elijah chegar antes.- digo recebendo o olhar da morena.
-Elijah? Encontrou ele?- a mesma me pergunta.
-Ele mantém contato e tem um plano, quer que cuidemos de você.- digo isso e a morena abre um sorriso.
-Olha...será que podemos ir embora? Eu gostaria de dormir por alguns dias.- diz Isabelle se afastando de Klaus e logo se desequilibrando.
Klaus pega ela no colo rapidamente, vendo que a mesma havia desmaiado.
-Te peguei, linda! Te peguei!- diz o loiro indo em direção ao carro, junto a mim e Hayley.
O mesmo coloca Isabelle deitada nas pernas de Hayley e vou no banco ao lado de Klaus, no caminho as duas dormiam profundamente e noto que o loiro olhava para ruiva preocupado.
-Quando chegarmos eu faço um curativo em Isabelle, com certeza ela não vai aceitar sangue de vampiro como forma de cura.-digo lembrando das vezes que ela já se machucou e nunca me deixou ajudar.
-Faça, eu ainda tenho assuntos pendentes a resolver.-diz o loiro sem nem ao menos me olhar.
-Já vai voltar para sua busca por poder? Não sei como Isabelle consegue te aguentar.- digo olhando para o mesmo.
-Muito menos eu, mas sou grato pela paciência dela.- diz em um tom baixo.
-Sei que gosta dela, mas me faça um favor, cuide bem dela.- digo olhando no fundo do olhos do loiro.- Você sabe tanto quanto eu que nossa família é uma maldição, tudo o que tocamos vira cinzas. Não quero que isso aconteça com ela, e muito menos com Hayley.
-Essa é a nossa maldição, sempre e para sempre.- diz o loiro pegando em minha mão.
-Sempre e para sempre.
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Olá pessoas maravilhosas que me acompanham, tudo bem com vocês? Espero que sim. Desculpe a demora, mas saibam que fiz esse capítulo com muito carinho, eu sei que sou um pouco irresponsável, pois prometo que vai sair um capítulo e nunca saí, sei que é frustrante. Entretanto tive vários bloqueios de imaginação durante essas semanas, principalmente na semana do Natal e Ano Novo. Bom, espero que gostem do capítulo e até a próxima.
Beijos com açúcar.💖