❝ ᴛʜᴇ sᴇᴠᴇɴ ɴᴀᴛɪᴏɴs + ᴋᴛʜ ❞

Oleh narcsylove

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|| CONCLUÍDA || || REVISÃO || Ato I ❝ Durantes muitos anos, o mundo foi divido entre Clãs, e os mais poderos... Lebih Banyak

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ᴛʜᴇ sᴇᴠᴇɴ ɴᴀᴛɪᴏɴs: ᴠᴏʟʀʏ ᴡᴀʀ ( ғɪɴᴀʟ ᴀᴛᴏ )

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Oleh narcsylove

———— 𝖛𝖆𝖑𝖊 𝖉𝖆 𝖆́𝖗𝖛𝖔𝖗𝖊 𝖉𝖔𝖚𝖗𝖆𝖉𝖆 ————

O festival de luzes no subterrâneo era lindo, e correndo entre as pessoas estava a garota. Alegre e sorridente, ela corria, esbarrando em todos e lhes contagiando naquele lugar tão obscuro e triste.

— Bom dia, pequena Yuri!- Desejou um senhor de idade, acenando para a menina de cabelos castanhos-claro mesclado com cinza.

— Bom dia, senhor Hwang! Passarei aí mais tarde para comprar essas deliciosas maçãs!- Acenou de volta, correndo pela feira.

A contagiante Yuri era feliz no subterrâneo, mesmo que nunca tenha visto a luz do sol, se sentia bem vivendo naquele lugar abaixo da superfície.

Uma vez ou outra parava para pegar algo numa barraca e comer escondido, fugindo dos comerciantes que fingiam estarem bravos. Sua risada animava á todos, crianças a adoravam como se fosse uma deusa, os adultos a amavam como se fosse sua filha e os idosos apreciavam sua ajuda em tudo.

Yuri era amada e adorada por todos, e não havia um dia sequer que ficava triste.

Finalmente chegando a última casa, distante das outras, a jovem abriu a porta e literalmente se jogou dentro da residência.— Senhora Goo, cheguei!

— Já sabia que tinha chegado antes mesmo de cruzar a porta, minha querida.- A senhora de idade adentrou na sala de recepção, caminhando até sua menina.— O cheiro está ótimo, Yuri.

— Foi a última torta de amora que consegui da senhora Moon, ela vendeu todos em questão de minutos!- Deixou o pacote em cima da mesa redonda no centro do cômodo, ao lado do pequeno vasinho de plantas.— Vim correndo para não esfriar, desculpa.

— Tudo bem, Yuri.- Deu dois tapinhas da bengala na canela direita da jovem.— Vá colocar a mesa, o almoço está pronto.

— Okay.- Assentiu, sorrindo e indo em direção a sala de jantar.

Pegando os dois pratos velhos e desgastes, as canecas marrons quase quebradas e os talheres meio sujos, os posicionou em frente as duas cadeiras — que eram de frente uma para a outra. Satisfeita com seu trabalho, foi até a cozinha, sentindo o delicioso cheiro de legumes cozidos com arroz.

— Que cheiro delicioso, senhora Goo.- A velha se virou, dando um pequeno sorriso para sua pupila.

— Queria te dar uma refeição digna, afinal, é o seu vigésimo aniversário hoje.- Recebeu um beijo nos cabelos grisalhos da mais nova.

— Tudo bem, senhora Goo. Já sou muito grata por ter me acolhido.- Ajudou a sua guardiã a levar as panelas até a mesa, onde ambas se sentaram em seus respectivos lugares.

— Mas mesmo assim, minha querida, você ao menos merece algo melhor.- Balançou a cabeça, negando. Os cabelos longos e mesclados se mexeram de um lado para o outro com o movimento.

— Legumes cozidos com arroz é o suficiente para mim, senhora Goo. Aliás, juntei durante dois meses meu dinheiro para comprar aquela torta de amora para você, é o mínimo que podia fazer pra agradece-lá por tudo.- Com uma garfada, levou o pedaço de cenoura até a boca, mastigando com tanta felicidade.

Mesmo que comesse aquele prato 5 vezes na semana, sentindo o sabor daquela comida tão humilde, não reclamava pois era grata á tudo que sua guardiã havia feito por ela, desde que a adotou 20 anos atrás.

— E como foi ter trabalhado pro senhor Hwang, Yuri?- Questionou, curiosa e com um enorme sorriso no rosto.

— Foi legal, ele me dava bastante dinheiro e sempre agradecia por fazer o remédio para coluna dele. Ser gentil com as pessoas dá certas vantagens, não é, senhora Goo?- Deu um eye-slime, fazendo a velha rir alto.

— Exatamente isso, minha jovem! Esse é o espírito da juventude!

E o papo ia e vinha. Ambas as mulheres felizes com a vida simples e humilde que tinham, mostravam sua gratidão todos os dias. Eram felizes, amavam uma a outra como vó e neta, uma relação tão pura e doce.

Essa era a vida de Yuri e Hyemi, uma família que sobrevive todos os dias com um sorriso no rosto e o coração aberto.

— Aah, aquela torta estava divina!- Jogou o corpo na cama, fazendo barulho.

— Eu quem diga, a velha Moon sabe fazer boas tortas.- O bater da bengala de Hyemi se chocou contra o chão, sinalizando que estava um pouco impaciente.— Onde eu deixei o livro?

— Já olhou na mão da senhora?- Se sentou, contentando uma risadinha ao ver a mais velha olhar para a mão esquerda e ver o livro.

— Estou ficando muito esquecida, preciso fazer exercícios mentais.- Caminhou até a cama da mais nova, se sentando. Abriu o pequeno livro de capa de couro e folheou as páginas, chegando onde queria.— Pronta pra mais uma história?

— Qual é a história desta vez, senhora Goo?- Perguntou, animada.— É das fadas?! Ou dos gnomos?! Melhor! É das sereias?!- Não conteve a animação, era nítido o brilho em suas íris.

— Calma, minha querida.- Sorriu pequeno.— Desta vez, será sobre os vampiros.

— Vampiros?- Franziu o cenho, confusa.— Nunca ouvi falar deles.

— É um Clã bem antigo, Yuri. Bem, vamos começar?- Assentiu, e a senhora de idade tossiu duas vezes.— Há muitos anos, o Clã dos Vampiros...

E a história se iniciava, de maneira tranquila e relaxante. A curiosidade da menina era engraçada de se ver, pois a mesma se mantinha atenta á cada palavra pronunciada pela idosa.

Yuri sempre ficava imersa nas histórias fascinantes e interessantes sobre os residentes da superfície, mesmo que seja através de livros velhos, gostava de aprender o básico sobre eles. Sua empatia era maior com o Clã das Fadas, sempre gostou da maneira como elas cuidavam da natureza e eram milagrosas com suas curas.

— Senhora Goo, posso fazer uma pergunta?- Interrompeu a guardiã, que levou sua atenção para a mesma. A de cabelos mesclados possuía uma expressão diferente, fora do habitual.

Era como se estivesse receosa, coisa que nunca ficava.

— Claro, Yuri.- Respondeu, gentilmente.

— Por que... nos escondemos aqui embaixo?- Aquela questionário foi interessante e ao mesmo tempo, assustador para Hyemi, que não conteve sua surpresa.

— E-e-eu não sei, Yuri...- Desviou o olhar, como se estivesse com medo.

— Não minta para mim, senhora Goo.- Inflou as bochechas, um pouco emburrada.— A conheço muito bem, dona Hyemi!

— Me trate com respeito, fedelha Jo Yuri!- Bateu levemente no topo da cabeça dela, com a bengala.— E mesmo se eu soubesse, nunca lhe contaria!

— Por quê?! Mereço ao menos saber o por que vivemos aqui embaixo!- Hyemi desviou o olhar, entristecida.

Jurei que nunca contaria o segredo de nosso povo.- Sussurrou, sendo inaudível para a outra.

— O quê disse?- Tombou a cabeça para o lado, confusa e curiosa.

— Não foi nada.- Voltou a encara-lá.— Você sabe melhor do que ninguém que não posso revelar os segredos que minha família jurou guardar por toda eternidade.

— Eu sei, senhora Goo.- De repente, seu olhar ficou mais distante. Pegou o pingente em volta de seu pescoço na palma da mão, observando atentamente.— É que... a senhora sempre disse que minha família veio do lado de fora dos portões do Vale, e isso aconteceu a centenas de anos atrás. Só quero saber o que há na superfície que nos assusta tanto.

— Yuri...- Se entristeceu.

— Todos têm um parente na qual amam e protegem, por que não tenho? Queria ser igual às outras garotas, mas sempre soube que minha família nunca vivia mais de trinta anos, e nunca entendi o por que.- Lágrimas começaram a escorrer pelo rosto da menina, que agora, possuía um sorriso triste e diferente.— Falta só dez anos para que eu morra também, não é? Ao menos não estou sozinha, o que é um alívio para mim.

— Minha querida, há certas coisas que são mantidas em segredo para não causar uma tremenda confusão em nossas vidas. Ninguém neste Vale conheceu seus pais, e a primeira vez que a vi estava enrolada num trapo, dormindo pacificamente no beco perto do centro.- Lentamente a abraçou, confortando sua menina.— Às vezes, Yuri, segredos não podem serem revelados para o nosso próprio bem. No seu caso, ninguém realmente sabe sua origem e não acredite em baboseiras que esses velhotes das tavernas dizem. Você irá viver por muitos anos, assim como essa velha aqui!- Brincou, arrancando uma risada da Jo.

A Goo não sabia o que estava se passando com sua pupila, mas não devia deixá-la ficar triste. Não era certo o sol brilhante ter sua luz apagada pelas trevas do anoitecer.

— Senhora Goo, seria muito imprudente revelar meu sonho?

— Não, pois você sempre escondeu isso de mim. Se deseja revelar agora, faça como desejar, é sua escolha.- Começou a passar a mão direita no cabelo mesclado da mais alta.

— Meu sonho é sair do Vale e ver o sol e a lua.- Aquilo pegou de surpresa a velhota, que não reagiu.— Quero conhecer o mundo da superfície com os meus próprios olhos!

— Isso não será possível, Yuri.- Lhe apertou ainda mais nos braços, causando um certo desconforto na protegida.— Quem atravessa os portões do Vale da Árvore Dourada é sentenciado á morte. É uma lei da natureza, quem a desobedecer nunca mais poderá viver.

— Mas não é justo.- Afastaram-se.— Merecemos isso, senhora Goo!- Apertou os punhos e mordeu o lábio inferior, contendo-se.— Eu mereço isso...

— Yuri, você não entende a gravidade da situação?!- Agarrou-lhe pelos ombros, chacoalhando seu corpo magro.— Se sair, irá morrer!

— De qualquer forma morrerei um dia, não é, senhora Goo?- Um sorriso confortante e falso assumia forma no rosto da garota.— Um dia vamos morremos, não é? Não somos imortais, e nunca seremos. Se ao menos posso morrer realizando meu sonho, é isso que quero, senhora Goo. Esse... sempre foi o meu sonho.

— Yuri...- Bruscamente a soltou, assustada.

Havia algo de estranho na pequena Jo. Ela não estava normal, o sorriso ocultava alguma coisa e seus olhos pareciam esconder pensamentos tão sombrios e perigosos.

Na visão de Goo Hyemi, sua aprendiz não estava no estado normal e lúcido de sempre.

— Bem, podemos conversar sobre isso outra hora.- O maldito sorriso se mantinha vivo no rosto angelical de Yuri.— Os sinos logo vão tocar, senhora Goo.

— T-tem razão...!- Pôs se de pé apressadamente, tentando apagar esses últimos minutos de sua mente.— Estou indo. Boa noite, Yuri.

— Boa noite, senhora Goo.

A mais velha saiu do quarto quase correndo, e fechou a porta. Ainda assustada com o último acontecimento, não entendia absolutamente nada do por que a Jo teria agido daquela forma.

O que aconteceu com você, Yuri?

Abrindo lentamente a janela, sem fazer um ruído sequer, atravessou seu corpo para o lado de fora. Deliberadamente descia sua estrutura de forma paciente e silenciosa, apreensiva.

Quando os pés tocaram o chão, ajeitou a mochila nas costas e o capuz na cabeça. Pronta, começou a correr entre as ruas escuras e solitárias, se esqueirando pelos becos e desviando de qualquer feixe de luz dos postes. Uma vez ou outra via um guarda fazendo sua ronda, mas era fácil se esquivar deles.

Sentindo um turbilhão de sentimentos lhe abraçarem, via enfim, o início de sua nova vida, além dos portões que guardam o Vale da Árvore Dourada. Poderia finalmente sentir a chuva tocar em seu corpo, a grama fazer cócegas nos pés, ver a lua brilhando e ser aquecida pelo sol.

Poderia finalmente ser livre de suas correntes.

Assim que chegou perto dos enormes portões, viu que havia cerca de 20 guardas que ficavam de prontidão na única saída para a liberdade.

Droga!- Murmurou, decidindo evita-los passando por trás.

Não ouvia-se nenhum som saindo de si, a respiração controlada e o silêncio dos passos eram como se fossem uma pena caindo lentamente sobre a água, sem fazer qualquer barulho.

Ao passar para trás de uma carroça, ouviu a conversa de dois guardas.

— Você ficou sabendo?- Um perguntou ao colega.

— O quê?

— A anciã teve mais uma visão.

Senhora Goo teve mais um presságio?

Pensou. Hyemi era conhecia como a anciã que têm visões sobre o futuro, e como aprendiz dela, Yuri aprendia tudo sobre o mundo espiritual no qual era de lá que vinha os presságios, passados pelos ancestrais da velha.

— Teve, é? E qual foi dessa vez?- O outro zombou.

— Parece que algo terrível está por vir. A anciã não deu muitos detalhes, apenas disse isso.

— Não devemos nos preocupar, aqueles demônios estão mais ocupados cuidando de suas vidas medíocres e imortais do que conosco.

Demônios? Estão falando sobre os Clãs que vivem acima de nós?

— Tem razão.

— Rapazes!- Uma outra voz apareceu, desta vez, feminina.

— O que foi, Xiao?

— Não vai nos dizer que perdeu novamente sua carteira, né?

— Não, é pior que isso!- A guarda estava ofegante, como se tivesse corrido uma maratona.— O pacote fugiu!

— O quê?!- Soltaram, juntos.

Pacote?

A Jo parecia intrigada com aquela trama, querendo saber de mais detalhes.

— A anciã emitiu um alerta sobre! Vasculham cada lugar do Vale e não a deixem fugir! De jeito nenhum ela pode cruzar os portões do Vale!

— Faremos isso!

Os três saíram apressados, correndo. Enquanto isso, a garota não sabia o que pensar.

Hyemi teve mais um presságio e não lhe avisou?

Eles estavam ofendendo os Clãs, por que?

E que diabos é esse pacote? Por que não podem deixá-la atravessar os portões?

Espera, há não ser que...

Eu sou o pacote...?

Sem pensar duas vezes, a fugitiva se apressou. Eles a queriam, desejavam tira-lhe a liberdade e prende-lá para sempre no subterrâneo. Porém, não permitiria que isso acontecesse, não até realizar seu sonho.

O número de guardas diminuíam, agora, o único objetivo era encontrar Jo Yuri.

Assim que finalmente subiu o lances de escadas, viu os enormes portões pesados e com o triplo de sua altura. Não podia esconder sua surpresa e ansiedade, cada segundo que passava, ficava ainda mais animada.

Será que é dia lá fora?

O que será que a espera?

Tantas perguntas que seriam respondidas agora.

— Lá está ela! Não a deixem fugir!- Virou-se para trás, vendo o dobro de guardas que tinha antes.

Não, não vou ser pega agora!

Voltando atenção para a saída, colocou as mãos nele. Um brilho azulado preencheu o ambiente, vento vinha daquela luz tão quente e confortável. Todos olhavam assustados e então, a senhora de idade apareceu.

— Yuri, não!- Esticou sua mão direita, como se tentasse alcança-lá.

Finalmente... estou livre...- O capuz caiu para trás, e seu cabelo começou a levitar conforme a ventania.— Estou pronta para o que vier...

E então, fechou os olhos, sentindo ser engolida por aquele sentimento e sensação que tocavam gentilmente seu corpo.

Foram minutos? Não, apenas questão de segundos, Yuri agora havia cruzado o outro lado.

E é aqui que sua aventura começa.

Volry a espera.

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