A brisa suave do vento acaricia a pele de Louis enquanto ele anda vagarosamente até seu carro, rodando a chave no dedo enquanto percorre o caminho. A sensação é boa, então ele fecha os olhos pra apreciar a mesma, sorrindo.
— Mamãe! — Ele ouve a voz de sua filha chamar por ele, olhando para a frente e vendo Josie correr em sua direção. Seu marido está parado na lataria do carro, encostado no mesmo e sorrindo para o dois ao que Josephine corre até Louis e se joga em seu colo.
— Ei, mocinha, cuidado com a barriga da mamãe. — Harry alerta, se aproximando de sua família. — Oi, meu amor, como vocês estão hoje? — O alfa pergunta, tirando Josephine do colo de Louis e deixando um rápido beijo nos lábios de seu esposo.
— Estamos bem, amor. — Louis responde, arrumando com a ponta do dedo o cabelo loiro e encaracolado da filha, tirando os fios que caia nos olhos da mesma. — O que estão fazendo aqui? — Questiona.
Ambos ainda trabalhavam no resort, mas não moravam mais lá. Harry havia comprado uma grande casa no centro da cidade depois que eles se casaram, quando Josie completou seu primeiro ano, já que eles planejavam aumentar a família. O alfa assumiu a administração do resort enquanto Anne focava seu tempo em administrar o hotel que ficava no centro, juntamente com Des. Gemma era a vice presidente, administrando a propriedade juntamente com Harry. Louis havia se formado a pouco tempo em gastronomia, percorrendo seu sonho depois de Harry muito insistir e incentivar e ele agora era o chef do restaurante, montando os cardápios e se encarregando da deliciosa comida, que era sempre elogiada por todos. Ele era bom no que fazia.
Josie havia recentemente completado seus 5 anos de idade. Pouco antes da grande festa que eles fizeram para a primogênita, Louis descobriu que estava grávido, eram gêmeos, dois meninos, ao qual eles nomearam Benjamin e Bernard.
— A tia Gem trouxe a gente, mamãe. — A pequena ômega respondeu por Harry, mal dando tempo de seu pai abrir a boca.
— A Gemma nos trouxe até aqui e nós aproveitamos pra buscar nossos três amores, não é, filha? — O alfa se dirigiu a pequena, ganhando um aceno contente de cabeça.
— Verdade, mamãe. Viemos buscar você, o Beni e o Bernie. — Josie balançou as pernas no colo de Harry no momento em que ela viu Des se aproximando do estacionamento. — Vovó. — Harry a colocou no chão e ela correu até o alfa, pulando em seu colo da forma como havia feito com Louis a minutos atrás.
Harry aproveitou o momento para dar um beijo apropriado no marido, o puxando pela cintura para si, capturando os lábios de Louis e sorrindo enquanto o beijava. Sua mão indo até a barriga do menor e acariciando a mesma, sentindo um chute do lado direito da mesma.
— Está chutando para o papai, meu amor? — Ele parou o beijo para conversar com a barriga de Louis. — Papai mal vê a hora de conhecer vocês.
— Eu estou muito cansado hoje. — O ômega diz, acenando um "tchau" para Des, que deixa um beijo na bochecha de Josie, a colocando no chão e entrando em seu carro enquanto a garotinha corre se volta até seus pais. — Podemos ir para casa? Meus pés então inchados.
— Podemos, meu amor. — Harry diz de forma amorosa. Ele sempre era assim com Louis, desse o dia em que esse ômega entrou em sua vida. — É depois que a Josie tirar uma soneca nós podemos tomar um banho na banheira, com aqueles sais se banho que você gosta e então eu massageio suas costas e seus pés. — O alfa propõe.
— Soa como um bom plano pra mim. — Ele sorri, entregando a chave de seu carro a Harry. — Você dirige.
Quando eles chegam em casa, Harry prepara um lanche enquanto Louis fala com seus pais ao telefone. Mark e Johannah haviam se aproximado novamente do filho, estavam empolgados com a nova gravidez do ômega e se mantinham presente na vida de Josie. Era bom para Louis, encaixava as peças que faltavam, já que ele, apesar de muito feliz com a vida que levava e tinha, sentia muita mágoa dos pais, então foi realmente um alívio quando eles pediram o perdão do filho, e Louis perdoou. Não era como se eles vivessem dentro da casa um do outro, mas virar esse capítulo de sua vida foi essencial para que ele pudesse desfrutar da plena felicidade ao lado de sua filha e seu alfa.
— O lanche está pronto. — Harry anuncia da cozinha, chamando atenção dos dois.
— Tenho que ir, Harry está nos chamando, não é, filha? De tchau a vovó e ao vovô.
— Tchau vovô, tchau vovó. O papai está me chamando para comer e depois eu vou tirar uma sonequinha. — Josephine boceja, como que para provar que estava realmente sonolenta e pula do colo da mãe, correndo até a cozinha ao encontro de seu pai.
— Ela está linda, Lou. — Jay elogia, sorrindo carinhosa para a neta.
— Ela está. — Louis concorda, se despedindo da mãe em seguida e fechando o notebook, deixando o mesmo no aparador da sala e indo até a cozinha, onde ele encontrou Harry sentado na cadeira com Josie em seu colo, auxiliando a filha a comer todo seu lanche e beber o leite com achocolatado que ele tinha colocado no copo, pois ela se recusava a beber na mamadeira, alegando já ser uma mocinha.
Para Louis e Harry ela sempre seria um bebê.
Olhar a cena a sua frente o fazia querer chorar. Ontem mesmo a sua Josephine era tão pequena, cabia quase na palma da mão de Harry. Era lindo acompanhar o crescimento dela, como ela a cada dia aprendia uma coisa nova. Sua primeira palavra foi papai, e Harry também foi a primeira pessoa a quem ela se direcionou quando andou pela primeira vez.
Louis suspira contente, passando a mão sobre a barriga, sentindo o umbigo protuberante. Ele estava de 7 meses e já estava enorme, com certeza maior do que ele estava aos 9 meses de Josie.
Ele mal pode esperar para viver tudo aquilo novamente. Harry se sente da mesma forma. Ele anseia pelo dia em que terá seus bebês nos braços. O alfa ama ver Josie crescer e descobrir o mundo, mas ele sente falta de ter um bebê em casa, sente falta de deitar no sofá e colocar a filha em seu peitoral para que ela durma segura e aquecida.
— Mamãe. — Josie desperta Louis de seus pensamentos, notando o mesmo parado na entrada da cozinha. — Vem comer com a gente.
Louis caminha até a mesa, arrastando uma cadeira até o lado dos dois grandes amores de sua vida, sentando-se ali e pegando o pão que Harry lhe entrega, enchendo um copo com suco de maracujá.
Eles ficam na cozinha por um tempo, até terminarem a refeição, então Harry leva Josie para o andar de cima enquanto Louis limpa a cozinha, lavando o pouco de louça que o alfa havia sujado.
— Preparei um banho pra gente. — Louis ouve a voz de Harry ao mesmo tempo em que sente os braços do alfa circular sua cintura, o abraçando por trás e deixando um beijo na marca em seu pescoço, causando um arrepio no corpo do ômega.
— Hm. — O ômega murmura manhosamente, se virando nos braços de Harry, ficando de frente para o mesmo e circulando o pescoço do alfa com seus braços, tombando o próprio pescoço para o lado para que o alfa fique livre para beijar toda a pele exposta.
E é isso que Harry faz. Ele beija sob a marca. Beija o queixo e as bochechas de Louis. Distribui beijos pelo corpo do ômega enquanto o guia até o quarto deles, onde uma banheira quente os espera. Ele desfaz cada botão da camisa de Louis, tirando a peça lentamente pelo corpo do ômega, deixando beijos por todo o caminho, parando na barriga do mesmo e beijando demoradamente ali. Desfaz o botão da calça que o menor usava e a abaixa lentamente, deixando Louis se apoiar em seu ombro para manter o equilíbrio enquanto ergue cada uma de suas pernas para que Harry possa tirar sua calça e cueca juntos.
Anos juntos e Louis mal pode acreditar que Harry ainda o olha daquela mesma forma que o olhava quando eles começaram a se relacionar.
Ainda mais apaixonado agora, que Louis parecia tão delicado aos seus olhos, sustentando a barrigona por onde ia. E o alfa de Harry se enche de orgulhoso em saber que foi ele quem engravidou aquele ômega.
Harry tira suas próprias roupas sob o olhar atento de Louis e, quando ele está nu, ele pega a mão do ômega, o guiando para dentro da banheira e se posicionando atrás do mesmo.
— Eu vou lavar seus cabelos. — O alfa anuncia, pegando o shampoo de morango que Louis normalmente gostava de usar, despejando um tanto na palma de sua mão e levando até os cabelos do ômega, massageando lentamente em movimentos circulares o couro cabeludo de seu amado com a ponta de seus dedos.
O ato de cuidado e afeto é bem recebido por Louis, que quase ronrona com as carícias. Em seguida Harry pega o sabonete líquido, despejando sob as costas do ômega e ensaboando o mesmo, massageando as costas doloridas pelo peso da barriga.
Louis se vira na banheira, repetindo em Harry tudo o que o mesmo havia feito consigo. A troca de cuidados entre eles era sempre mútua. Vem sendo dessa forma desde que se casaram.
Quando terminam no banho, ambos se vestem em seus pijamas e vão até a cama, onde Harry massageia os pés de Louis, que estão inchados devido ao cansaço da gravidez. Então eles se aconchegam nos braços um do outro e adormecem, com as mãos de Harry apoiadas protetoramente na barriga de Louis, que é a forma que eles dormem todas as noites.
———
O ômega achava que não ia conseguir passar do oitavo mês antes que seus bebês viessem ao mundo. A barriga verdadeiramente pesava agora e ele foi obrigado a se afastar de seu emprego, já que os gêmeos poderiam vir a qualquer momento.
O quarto de seus meninos havia ficado pronto a pouco tempo, todo em tons de azul e verde, com dois berços, um ao lado do outro, um grande guarda roupas branco e uma poltrona de amamentação.
Eles tiveram que redecorar o quarto de Josephine, já que ela exigiu um quarto de princesas quando se sentiu enciumada ao ver o quarto dos irmãos ser montado.
Harry não viu problemas, ele fazia tudo por sua princesa.
O alfa gostava de entrar ali todos os dias e renovar a ansiedade que estava ao esperar seus bebês.
Ele estava em home office agora, deixando Gemma no comando de tudo. Não era seguro deixar Louis e Josie sozinhos em casa, ele preferia estar por perto.
— Ei, Josie. — O alfa adentra o quarto da filha depois de acordar, sair lentamente da cama e fazer sua higiene matinal. — Acorda, minha bebê. — O alfa leva a mão até a barriga de sua filha, chacoalhando a filha para tentar acorda-la.
— Oi, papai. — A pequena ômega abre lentamente os olhos azuis iguais aos de Louis. — Bom dia. — A pequenina se espreguiça não cama, sorrindo para o pai.
— Bom dia, meu amor. — O alfa se ajoelha na beirada da cama, beijando a testa de sua filha, escovando o cabelo dela com os dedos. Deus! Sua filha era tão linda e Harry era tão grato a Louis por ter trazido alegria a sua vida com esse pequeno raio de luz que vem iluminando a sua vida a exatos 5 anos.
Não. Josephine, na verdade, vem iluminando a sua vida desde antes de nascer. Mesmo com ela ainda na barriga de sua mãe Harry já se sentia um pai. Ele nunca agradeceria Louis o suficiente por ter o feito pai. 3 vezes.
— Que tal se a gente fizer café na cama pra mamãe? — Ele propõe, sabendo que a filha ama levar café na cama para Louis.
Josie sorri, acenando freneticamente com a cabeça em concordância.
Eles vão até a cozinha e começam a preparar o café. Waffles com calda de chocolate, frutas picadas e suco de laranja. Harry também liga na floricultura e encomenda um buquê de flores para seu ômega. Apenas porque ele é um alfa muito grato e apaixonado.
As flores chegam quando eles terminam o café. Harry entrega o buquê nas mãos da filha e sobe com a bandeja, entrando no quarto e vendo seu ômega ainda adormecido.
— Mamãe. — Josephine chama por Louis, subindo na cama com o auxílio do pai, que coloca a bandeja na cama e se acomoda na mesma. — Mamãe, Bennie, Bernie, acordem, trouxemos café na cama pra vocês.
— Bom dia, amores da minha vida. — Louis desperta. — Qual o motivo da comemoração? — O ômega senta-se na cama, espiando tudo que eles haviam trazido para si.
— Só que a gente te ama muito e você merece. — Harry diz.
Louis vai até o banheiro, escova os dentes e volta pra cama. Ele é fodidamente grato pela família que tem.
E eles passam os dias assim, aconchegados um ao outro e assistem alguns filmes, com a filha deitada no meio dos papais.
———
A chegada do nono mês de gestação trouxe junto as dores intensas. Fazia dias que Louis estava experimentando as contrações de treinamento. Talvez por se tratar de 2 era mais severo dessa vez do que havia sido em sua primeira gravidez.
Harry mal o deixava ir ao banheiro sozinho, era um saco, mas o ômega entendia o cuidado. Era necessário.
Josie mal via a hora de conhecer os irmãos. Assim como Harry, ela exibia a barriga de sua mãe por todos os lugares que ela ia. Na escolinha ela amava falar para os amiguinhos que teria dois irmãos. Tão metidas quanto seu papai.
Louis se curva com uma dor intensa que o atinge, respirando fundo.
— Oh, Deus! Isso está doendo mais do que eu me lembrava. — Ele sussurra, aproveitando o momento em que a dor lhe deu uma folga e indo até o quarto, onde Harry estava deitado com o notebook no colo fazendo álbum trabalho com Gemma. — Harry. — Ele chama.
— Oi, amor. — O alfa reponde, sequer tirando os olhos do que ele fazia no computador.
— Os bebê. Eles estão chegando. — Aquilo paga o alfa de supresa, ele tira a atenção da tela de computador e passa a encarar Louis, sem saber ao certo como reagir. —Estão nascendo, Harry, liga para a sua mãe buscas a Josie. — Esse é o exato momento em que Louis sente a água escorrendo por sua perna, molhando a sua calça moletom.
— Oh, meu Deus! A sua bolsa estourou. — Harry joga o computador de lado, indo até Louis e apoiando a palma de sua mão nas costas dele. — Calma, amor, não se desespera. — Ele sussurra, guiando Louis até a cama.
— Harry. — Louis desvia de sua mão, segurado ambos os lados do rosto do alfa com suas mãos. — Eu tô calmo, o único nervoso aqui é você, seu banana Liga pra sua mãe e pede pra ela buscar a Josie pra gente ir pro hospital.
As coisas correram muito rápido, quando Louis menos pensou Anne e Des estavam ali, levando Josie com eles e desejando um bom parto para Louis. Todos estavam extremante empolgados, mas Harry estava nervoso.
A sala de parto era tão branca quanto Louis se lembrava e as dores eram mais intensas. Ele olhava para o teto e sentia a mão de Harry na sua, lhe dando apoio.
Foi um longo trabalho de parto, mas ele finalmente tinha seus dois garotinhos em seu colo, um de cada lado e Harry estava ali, chorando de emoção.
Aquele alfa bobão. Louis o amava tanto.
Dias depois e Louis estava em casa, depois de receber toda sua família e a de Harry, os dois estavam em seu quarto. Josie tinha caído no sono depois de ficar um tempo com seus irmãos, e Harry a levou para sua cama.
— Eles são dois pequenos pacotes de sonho. — Harry sussurrou, segurando Bernard enquanto Louis amamentava Benjamin. — Obrigado por me dar eles. E por me dar a Josie também. Eu nunca irei te agradecer o suficiente.
— Eu te amo tanto, Harry, tanto.
Eles se pertenciam, e eram gratos por ter se encontrado nessa vida. Se encontrariam em outras também, porque era amor demais pra ser vivido apenas uma vez. E o futuro reservava o melhor pra essa pequena, grande e linda família.
———
Oiii, gente. Último cap pra gente. Não sei se vcs gostaram ou não.
Mas eu preciso ser sincera. Eu me esqueci completamente o que eu tinha planejado pro último cap, quem me conhece sabe que eu faço mto isso, então foi isso aí que saiu.
Quem sabe no futuro não rola um extra mostrando como está a família? Me cobrem sobre pq eu adoraria fazer.
Eu queria agradecer a cada um leu, votou e comentou. Eu amo vcs
Queria agradecer em especial a Pri, a Lari, a Gigi e a Gaby, que sempre me ouvem falar sobre as fics, leem os cap e me dão um Feedback maravilhoso. Eu amo vcs e essa fic é pra vcs, obg por tudo.
Até a próximaaaaaa
😘😘😘😘