[...] - Claro que sim! O senhor salvou ela. Você é meu herói papai, e sempre vai ser!...
N/A: Eu tava tão bêbada de sono no cap passado que coloquei 37 nele e era 36 kkkk
Julie's PoV
Chegamos ao aeroporto de Vancouver de manhã bem cedo. E Luke me leva até a casa que era de sua mãe e ficamos lá, vou tomar banho e me arrumo para ir pro Manicômio atrás da Mara. Enquanto ando pela casa, vou observando tudo. Quando chego na sala, Luke está sentado olhando pra TV.
- Eles não venderam a casa?- pergunto
- Não. Nós não temos parentes aqui. Eu menti pro meu pai. Deixei a vizinha cuidando da casa pra mim enquanto ia pro abrigo e depois pra Los Angeles e estou só esperando fazer 18 anos para tomar posse dela.
- E você vai deixar o seu pai?- pergunto
- Não. Talvez eu venda ou alugue, ou te traga pra morar aqui!- ele diz e me surpreendo- Você viria?
- Eu tô aqui não tô?
- Mas se não fosse pela sua busca, viria morar aqui comigo?
- Viria. Mas não é muito cedo pra pensar nisso?- pergunto
- Eu demorei 17 anos pra te encontrar. Não acho cedo não, ainda mais para o que já é certo! Mas ainda não quero casar nem nada, só... viver com você.
- Eu também quero!- digo e começo a olhar ao redor da casa, me deparando com a foto de um bebê.- Esse é você?
- Sim, quando eu tinha 2 anos.- ele fala- não mudou nada aqui desde a última vez...- ele fala com lágrimas nos olhos.
- Ei, você nunca me mostrou a música que escreveu pra ela, se estiver confortável, eu gostaria muito de ouvir!- digo.
- Claro que eu mostro!- ele diz e pega o violão, começando a cantar Unsaid Emily...
Ele encerra a música com lágrimas nos olhos e eu também estou chorando.
- Que linda Luke! Demonstra todo o seu amor pela sua mãe!- digo e o abraço.
- É, tudo o que eu não disse pra ela. E por falar em música, eu terminei Perfect Harmony depois que você...- ele diz
- Sério? Eu quero ver.- digo e ele me dá a letra eu leio.- Ficou linda.
- Eu pensei que não cantaria ela com você.
- Mas Eu tô aqui agora, vamos cantar!- digo e ele mais uma vez começa a dedilhar os acordes da música no violão.
- Nós criamos uma perfeita harmonia!- digo
- Sempre e para sempre!- ele diz e me beija.
- Eu adoraria continuar com isso aqui mas, tenho que ir até o manicômio daqui! Sabe me dizer como pego um táxi?
- Do mesmo jeito que em qualquer outra parte do mundo!- ele ri- eu sabia que não devia te deixar vir sozinha pra cá. Você ia se perder nas duas primeiras horas.- ele fala e pega o celular, pedindo um táxi.
- Hahaha, engraçadinho! Sem beijinho pra você hoje.- eu digo e ele faz biquinho.
- Aaaah não, isso é tortura! Desculpa!- ele diz e dou um selinho nele.
- Você vai ficar sozinho o dia todo?- pergunto.
- Não, vou dar uma volta pela cidade e talvez visite a minha mãe.
- Quer que eu vá junto?
- Não, não precisa! Acho que eu preciso desse momento sozinho. Eu nunca fui lá desde o enterro dela.- ele pega o celular- seu táxi chegou.
- Hmmm tá, tô saindo. Beijo.
- Tchau. Não vai se perder e cuidado viu?
- Pode deixar! Tchau.
Saio na rua e pego o táxi que Luke tinha pedido no aplicativo.
- Manicômio Saint Clair, por favor.- digo e o taxista começa a dirigir, parando em frente ao jardim do Manicômio.
Pago a corrida, agradeço e desço do táxi.
- Dalila Sigrist?- a moça da recepção fala.
- Eu mesma!- digo
- Venha, vou explicar o seu serviço- ela fala e começa a explicar tudo o que tenho que fazer.
-... E o mais importante: se por algum motivo, alguém chegar aqui procurando por Mara Morales, avise a um dos seus supervisores!
- Mas por que?
- Apenas faça, se Não quiser perder o emprego!- ela diz e me olha ameaçadoramente.
Vou até a recepção e começo a realizar meu serviço, aproveitando o momento de distração da supervisora para procurar o número do quarto da Mara.
- Achei!- digo um pouco alto demais.
- Achou o que?- A supervisora pergunta.
- Meu anel! Tinha caído no meio dos papéis.- minto.
- Oh sim! Está na hora do almoço!
Dou a pausa para almoçar e vou até o corredor com os quartos. Olho para os lados vendo se não há ninguém e bato na porta do quarto de Mara.
- Entre! E vamos a mais uma sessão de tortura...- ela sussurra.
- Mara? Mara Morales?- ela se vira para mim
- Rose? Você está viva? Está tão diferente. O que faz aqui? Eu comecei a enlouquecer por estar aqui? Como me achou?
- Não, não sou a Rose.- entro e fecho a porta- Sou a filha dela. Eu fiz uma busca e acabei te encontrando
- Julie? Minha nossa, você está igual a sua mãe! E ela...
- Ela faleceu, há um ano! O Caleb foi o mandante. Ele forjou a sua morte também, mas tenho certeza que ele está tramando algo. Preciso estar com tudo pronto para prender ele quando ele reaparecer!
- O Desgraçado do Caleb! Por isso ele me levou embora. A sua mãe descobriu meu paradeiro, mas acho que alguém avisou o Caleb. E o resto você já deve saber...
- Então, me conte, o que você descobriu sobre ele Que o fez te trancar aqui? Porque não foi simplesmente a tentativa de assassinar o meu pai. E por que ele não te matou?
- Bom, realmente. Isso foi apenas uma das coisas que descobri. Tem muito mais por trás de tudo. E ele não me matou porque decidiu me torturar antes, já que eu tinha pessoas de confiança, como a Rose e outra que ele nem sequer sonhava: O Trevor. Mas eu preferi ficar aqui a revelar isso!
- O que você sabia então? E o Trevor sabia de tudo?
- Eu descobri que ele envenenou a esposa para ela não levar o filho deles. Descobri que ele está metido em tráfico de drogas, corrupção. O Trevor sabia dos esquemas de corrupção e tráfico e até brigou com o Caleb, mas nem sonha que ele envenenou a Alexa e acho que ele também sabia sobre...
Somos interrompidas por batidas na porta.
- Rápido, embaixo da cama!- ela fala e entro debaixo dela. Vejo que tem bastante remédios lá. E Mara abre a porta
- Hora do remédio querida!- a enfermeira diz a ela.
Uns minutos se passam e saio de baixo da cama quando Mara coloca o comprimido embaixo dela.
- Você tem que ir! Outro dia te conto tudo. É arriscado você vir todos os dias, podem desconfiar. Tchau Julie, cuidado. Eu amei ver você e a sua mãe estaria orgulhosa de você
- Ok, tchau Mara! Até outro dia. Prometo que vou tirar você daqui.
Saio do quarto sempre observando se não tem ninguém me olhando. Volto ao meu posto e no final do expediente, volto pra casa. Luke ainda não chegou. Tiro a roupa e entro no banho. O que mais o Trevor sabia?
Estou perdida em meus pensamentos quanto sinto braços fortes me envolvendo e uma boca que meu corpo já conhece bem traçando beijos por meu pescoço...
Luke's PoV
Após Julie sair, me arrumo também e pego um táxi, indo em direção ao cemitério onde enterraram minha mãe. No caminho eu compro flores para ela.
Pago o táxi e saio,indo em direção ao túmulo dela. As flores que estavam lá já murcharam. Tiro elas e ponho as que havia comprado.
- Oi mãe! Eu sinto tanto a sua falta.- digo olhando a sua foto na lápide- Será que a senhora estaria orgulhosa de mim? Aconteceu tanta coisa desde que a senhora se foi! Eu sei que a senhora me amava, mas privar meu pai de saber de mim? Desde a sua morte, eu ganhei uma nova família, amigos, um pai, tios, primos, tenho certeza que a senhora ia amar conhecer eles.- digo já chorando.
- Além disso, eu entrei em uma banda com dois caras muito legais, fazemos bastante sucesso juntos. Se a senhora tivesse aqui, tenho certeza que iria ver que valia a pena.- As lágrimas se intensificam.
- Mas o mais importante foi que eu encontrei a garota mais linda, maravilhosa e inteligente do mundo. Eu e esses meus amigos chamamos ela pra banda e ela aceitou. Ela é perfeita pra mim mamãe, vocês iam se dar muito bem! Ela vai ser a mãe dos seus netos!- digo e sinto uma brisa gostosa e uma paz interior- Você está aqui não é? Eu sinto a sua presença Emily. E eu tenho certeza que você tem orgulho de mim, onde quer que esteja.- A brisa acaricia meus cabelos e uma borboleta pousa em meu ombro, sorrio com isso.
- Tchau mamãe, da próxima vez eu trago a Julie aqui Pra te visitar. Eu te amo.- digo e vou embora me sentindo bem mais leve e feliz.
Olho pro céu e as estrelas parecem brilhar com mais intensidade. Já anoiteceu então Julie já deve ter chegado em casa. Pego o táxi e volto pra casa.
Chego e o casaco dela está em cima da poltrona, indicando que ela já chegou.
- Julie! Tá aí?
Nada
- Julie?
Vou no quarto e não a vejo, mas a luz do banheiro está acesa e ouço o som do chuveiro. Então resolvo tirar minhas roupas e me juntar a ela.
Assim que entro no banheiro, ela está de costas para a entrada do box e não me olha chegando. A água cai em seu corpo, mas ela parece atormentada. Chego e a abraço por trás, dando beijos em seu pescoço
- Oi amor!- ela diz
- Oi.- digo e dou um selinho em sua boca- Você parecia atormentada, o que aconteceu hoje?
- Eu achei a Mara, mas fomos interrompidas. Ela ia falar sobre o Trevor, acho que ele tem algo a ver com a morte da mamãe.
- Mas você acha que ele ajudou?
- Não, Não acho. Mas tem coisa aí.
- É, mas não vamos pensar nisso agora né.- digo e voltamos aos beijos.
- E como foi lá no cemitério?
- Foi maravilhoso! Eu senti a presença dela, comigo.
- Que lindo! Isso é sinal de que ela te perdoou né? Antes de morrer...
- Sim. E eu tô tão em paz agora!- digo
- Que ótimo, agora que tal aproveitar essa paz? Vamos esquecer do mundo e focar em nós
- Uma ótima ideia, mas você quer sair pra jantar? Mais tarde, aí conhece a cidade e a comida!- digo
- Gostei, mas o melhor de Vancouver eu já conheço- ela diz e sobe os dedos por meu peito.
- Então a sobremesa, antes do jantar?- pergunto e ela assente, me beijando...
Heyy amorzinhos. Feliz Natal atrasado. Fiquei meio off esses dois dias, mas voltei com capitulo novo pra vcs.
Continua...