-Amber, é perigoso! Pensa na Mj! 

-Eu tô pensando! - Enfiei uma perna e depois, a outra, pulando para subir o uniforme apertado. - Mas eu tô pensando também na Morgan! E se o Tony estiver precisando de ajuda, Bucky?! E se mais alguém estiver precisando sair de dentro do fogo e os bombeiros não conseguirem tirar?! 

Bucky ficou calado, de braços cruzados e olhos semicerrados. Obviamente, ele sabia que eu tinha razão, mas não queria dar o braço a torcer. 

E eu também não tirava a razão dele: Era perigoso e eu nunca tinha tentado entrar em um prédio em chamas antes. 

Mas eu precisava tentar. Não adiantava nada todo mundo querer que eu lidere um grupo se eu não "podia" correr riscos. 

-Amber… 

-Nem adianta! 

-Não vai! - Bucky pediu. -Eu vou ficar muito chateado se você for! É sério! 

-Vem comigo, então! - Pedi. - A Gente pede para a Becca tomar conta da MJ e você me ajuda, Bucky! Mas eu não posso ficar parada sem fazer nada! 

Silêncio. Bucky soltou o ar e negou. Virei de costas, com raiva, e peguei o casaco, prendendo meu cabelo. Então, os nossos celulares começaram a tocar quase ao mesmo tempo. Peguei o meu e li o número de Phill Coulson. Atendi, saindo do quarto e indo até o de MJ, pegando a bolsa dela.

-Oi, Coulson! 

-Precisamos da sua ajuda, Amber. - Coulson foi logo dizendo. - Não sei se você já sabe… 

-O incêndio? Sei, sim! Inclusive, eu já estava indo para aí! 

-Sabemos a localização do Tony. - Ele explicou. - Ao que tudo indica, ele está preso dentro do vigésimo andar. Mas ninguém está conseguindo entrar! A Hope tentou, mas o fogo está intenso demais… 

Encarei Bucky, que tinha acabado de encerrar a ligação dele. Ele me encarou, nitidamente chateado. Mas puxou o chaveiro do bolso e jogou para mim. 

-Sabe pilotar, né? 

Assenti, indo até ele e tentando dar um beijinho, mas Bucky virou o rosto, claramente aborrecido. Respirei fundo e saí do quarto, indo dar um beijinho em MJ. Avisei ao Phill que já estava indo para lá. 

Enquanto eu descia as escadas, tentei ligar para Tony, mas o número dele caía em caixa postal e eu evitei entrar em pânico. Se o pior tivesse acontecido, Phill não ia pedir para eu correr para lá. 

Liguei para Hope também e para o meu alívio, ela atendeu, tossindo fortemente. 

-Ah, Hope! Graças a Deus! - Suspirei. - Você está bem? O que aconteceu? 

-Eu tô… - Ela ainda tossia entre uma frase e outra quando contornei o prédio e peguei a moto. - Eu não sei… Foi de repente… Teve uma explosão… 

-Alguém se machucou? 

-Não sei… Eu tô tentando… Voltar para conter… O incêndio! 

-Eu também! - Coloquei o capacete e encaixei o celular entre ele e a minha orelha. - Eu tô indo atrás do Tony! Acho que ele ficou preso… 

-Ah, ainda não tiraram ele? 

-Pois é, não… Te vejo lá! 

Encerramos a ligação e eu liguei a moto na terceira tentativa. Então, acelerei e me enfiei entre os carros, em uma velocidade mais alta que o normal. 

Bucky tinha me ensinado a andar de moto alguns anos antes, mas acho que essa era apenas a terceira vez que eu usava. Portanto, por mais pressa que eu estivesse, não estava tão segura assim se conseguiria costurar os carros como ele fazia. 

Adore You.Where stories live. Discover now