Capítulo 4

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Quando chego em minha mesa mando um torpedo avisando Débora que minha manha esta bastante agitada e que por esse motivo não conseguirei almoçar em sua companhia.

Como esta sendo ficar ao lado do gostosao? —Uma balburdia, grito internamente.

Prefiro não comentar, tenho um relatório para entregar para o senhor Bruto. —Termino de teclar deixando meu bumbum cair na poltrona.

Volto a digitar as informações do meu rascunho ouvindo sua porta ser aberta. Espreito arrastando meus olhos o Maximo que consigo vendo o homem caminhar divinamente passando um óculos escuros em sua face.

—Vou almoçar senhorita Zoe. Espero que esteja terminando o que lhe pedi. —Ele só pode esta de brincadeira, como ousa ser tão debochado. Ele pode sair para almoçar e eu não?

Vejo-o desaparecer da minha visão, fechando minhas mãos em punhos.

—Espero que tenha uma ma digestão. —Ralho sentindo meu estomago retorcer.

Afasto meus pensamentos homicidas procurando terminar isso o quanto antes, quando sinto o cheiro de bacon misturado com cheddar pelo ambiente deixo minha boca salivar vendo Débora trazer consigo uma sacola marrom.

—Achou que eu ia me esquecer de você? —Sorrir pondo o pacote em minha mesa.

—Ah o que seria de mim sem você, não sabe o quanto estou faminta. —Digo abrindo o saco tirando pra fora o sanduiche. Dou uma mordida grande saboreando o melhor sanduiche de bacon.

—Isso esta fabuloso. —Falo fechando meus olhos.

—O que aconteceu? Você nunca ficou sem almoçar? —Perquiri.

—O Bruto do meu chefe, não me permitiu sair antes que eu terminasse isso aqui. —Digo apontando para meu computador.

— E então como ele é? —Débora dispara empolgada cruzando os braços.

— Quer mesmo que eu diga. —Disparo levantando um dedo. — Ele não é somente irritante como mandão, prepotente...

—Zoe...

— Não. Eu ainda não terminei. Não sabe o quanto ele é implicante, um verdadeiro carrasco que se acha superior a todo mundo. —Berro exaltada.

—Ah Merda... —Débora tenta me avisar, porem é tarde demais para concertar as coisas.

Quando fecho minha boca, meu queixo cai ao ver a carranca do meu chefe. Onde ele esteve que não o ouvi chegar? E ele não tinha ido almoçar? Como eu pude deixar minha raiva me afetar a ponto de não perceber o que se passava ao meu redor?

—Eu preciso voltar. —Débora assobia sem graça. Sentindo a tensão se formar.

—Fico contente que já tenha uma opinião formada sobre mim Senhorita Zoe. —O homem se aproxima me encurralando contra a parede com um sorriso frio em seus lábios.

— Eu não quis ofende-lo... eu estava apenas irritada. —Exprimo vermelha.

—Guarde sua irritação para si Senhorita Zoe. Quero que enfie uma coisa nessa cabecinha, se quer mesmo continuar nesse emprego, terá que aprender a me agradar. —Ouço tudo bastante estupefata tendo que me agarrar à cadeira.

—Sim... senhor. —Concordo abaixando meu olhar.

—Olhe para mim. —Ordena segurando meu queixo.

—Outra coisa, guarde sua língua afiada. —Sinto seu halito quente como uma lufada em minha pele. Seu toque arisco, mexe comigo. Seu olhar tempestuoso, todo seu ódio latente me faz arrepiar.

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