-𝙑𝙤𝙘𝙚̂ 𝙚́ 𝙢𝙞𝙣𝙝𝙖, 𝙥𝙚𝙦𝙪𝙚𝙣𝙖.
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Eram predestinados. Inexoravelmente. Eternos.
Há doze anos atrás os pequenos com tão pouca idade que nem perceberam que já ali florescia o mais puro e verdadeiro amor, se conheceram. Sete e seis anos s...
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À propos de ce chapitre:
Alguns dizem que somos o que vestimos, outros aquilo Deus quis que sejamos, porém, há relevância pensar que somos o presente do reflexo do nosso passado. Ele é a nossa base. Das nossas euforias. Calúnias. Saudades. Oh a saudade, é passado, mas é tão presente. Saudade é o inferno dos que perderam, é a dor dos que ficaram para trás, é o gosto de morte na boca dos que continuam...
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Respirei fundo antes de entrar no grande edifício a minha frente.
Mais que merda...
Beauchamp's & Co.
Muito mais que uma multinacional. É a porra de um império que faz um puta marketing de grandes outros impérios.
E eu faço parte dessa merda.
Cumprimentei alguns funcionários, como o bom filhinho do chefe, e caminhei até o elevador, apertando o botão do último andar, onde fica a minha sala.
Minha sala...
Aqui eu não tenho um cargo definido, talvez poderia nomear o que eu faço como 'Treinamento para ser o futuro chefe'. Preencho alguns relatórios, reviso planilhas, essas drogas. Eu até que gosto, muito na verdade, mas acho que poderia estar fazendo muito mais. Como eu fazia na unidade de Nova York, onde eu trabalhei enquanto morava naquele lugar.
Lá eu já era praticamente o chefe.
As portas de metal se abriram revelando um corredor com um carpete cinza. Andei afim de chegar no meu local de trabalho passando pelas outras salas, olhei em direção a do meu pai, e sua cadeira estava vazia. Eu já sabia o que significava, dois chifres, na cabeça da minha mãe.
Vi que o posto da sua secretaria também não tinha ninguém, confirmando o que tinha pensado.
Eles devem estar em alguma salinha por aí. Nojento pra caralho.
Mas não ligo. Não esperava menos.
Desde sempre foi assim, não é porque estamos em outra cidade que vai mudar.
Mas porra! Ele não tinha vergonha de fazer isso com a minha mãe? A trair bem na empresa onde ela trabalhava?
Claro que não, é de Ron Beauchamp que estamos falando. Não é considerado um ser humano decente. Vai se foder.
Sentei na minha mesa e comecei estudando um contrato que fechamos com a Toyota mês passado.
Não acho que esse foi o melhor acordo para empresa, nós podíamos negociar melhor o valor dos investimentos para o comercial, talvez minha mãe poderia ajudar nisso, elaborar uma ideia melhor, afinal ela era a chefe mercadóloga.
