Nosso Momento

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Tori:

Adormeci no colo da Jade, e foi a primeira vez que me senti totalmente segura, desde que terminamos, e isso pode não significar nada para ela, mais para mim é tudo que preciso agora.

(...)

Acordei sozinha no sofá.

Ela não foi embora, foi? Me deixou?.

Não entendo o que eu tenho, estou mais frágil que nunca, tanto, que só de pensar que estou sozinha, já estou com vontade de chorar.

- Jade?.

A chamei, mesmo sabendo que não obteria resposta.

- Cozinha.

Falou.

Levantei rápido e fui correndo até lá.

- Pensei que tinha ido embora.

Falei à abraçando.

- Tô tentando fazer o café da manhã.

Olhei pra bancada e estava uma bagunça enorme.

- O que queria cozinhar?.

- Croissant.

- E você sabe?.

- Não, mais eu tô vendo a receita pela internet, mais acho que está errada, essa massa tá muito líquida.

- Me deixa dá uma olhada.

Falei e peguei o celular.

- Aqui diz que precisa de meio litro de leite, quanto colocou?.

- Meio litro? Mais tá escrito 1/2, então somei e coloquei 3 litros.

Disse e comecei a rir.

- O que foi?.

Perguntou confusa.

- 1 barra 2, significa meio, ou metade.

- Como eu saberia disso? Deveriam explicar melhor essas coisas.

- Meu amor, como você é burrinha.

Falei segurando seu rosto e lhe dando um selinho rápido.

Ela estava tão fofa que não resisti, o rosto sujo de farinha e o bico que fazia, ai, ai, tão linda.

- Desculpa.

Falei assim que percebi meu erro.

- Tudo bem, agora me ajuda a consertar isso?.

- Me passa a farinha.

Falei.

Consegui dar a consistência certa a massa, e colocamos no forno.

Conversando sobre várias coisas, enquanto os croissants não ficavam prontos.

(...)

Depois do café, ficamos assistindo uns filmes.

- Não quero estragar nada, mais preciso perguntar uma coisa.

Falei, ela pausou o filme e se virou pra mim.

- Tô ouvindo.

- Ainda existe, mesmo que minina, a possibilidade da gente... Esquece.

Fui covarde, eu queria pedir uma outra oportunidade, mais não dá, tenho vergonha de falar, e medo de estragar a amizade que estamos construindo.

- Coloca o filme.

Falei e virei para televisão.

Ela continuava me olhando.

- Termina de falar.

Pediu.

- Era uma besteira, esquece, já disse.

- Você quer saber se a gente ainda tem chance?.

- Se sabe, por que ia me fazer falar?.

- Queria ouvir de você.

- Olha, não tem importância, sei que entre nós só vai rolar amizade e nada mais.

- Quem disse?.

Perguntou, e involuntáriamente sorri.

- Então...

- Então, a gente tenta alguma coisa, se der certo, bem, se não, a amizade continua.

- O quê mudou?..

Perguntei.

- A maneira como eu te via.

- Como?.

- Só fiquei com raiva, por que sempre te vi como uma garota diferente, tímida, sabe... E quando descobri sobre seu trabalho, foi meio que um choque, mais já passou.

- Seja um pouco mais clara.

Pedi.

- Tori, eu quero voltar a namorar com você, independente do seu passado, por que ele não vai influenciar em nada no nosso presente.

Pulei em cima dela, o impacto foi tanto, que ela caiu pra trás.

- Machucou?.

Perguntei.

- Não.

Despreocupada, eu a beijei, a saudade era tanta.

Um beijo apaixonado, que logo passou para o sexo mais intenso que já tive, bem a transa de reconciliação é sempre a melhor, mais não foi só por isso, também foi incrível porque eu estava com ela, e só isso já me faz a mulher mais feliz e sortuda desse mundo.

Eu fiquei tão alegre.

E comecei a pensar que alguma coisa deve tá errada, por que tenho a garota que amo novamente, um bom emprego, uma ótima casa, e estou feliz, isso nunca aconteceu antes.

Jade:

Ontem quando eu trouxe a Tori em casa, em momento algum, pensei em reatar.

Só que passar esse tempo com ela, me vez lembrar dos nossos melhores momentos.

E tirando a parte do nosso termino.

Não tivemos um minuto de tristeza, enquanto estávamos juntas.

Diferente dos meus outros relacionamentos.

Nunca tive vontade de voltar com um ex, mais como se tem uma primeira vez pra tudo, fico feliz de voltar com ela, a única pessoa que me faz feliz de verdade e sem fazer esforço.

(...)

- Não quero que esse momento acabe.

Tori disse deitada sobre meu peito.

- Mais vai acabar.

- Por quê?.

- Por que tô morta de fome, e preciso de uma pizza.

Falei empurrando ela de leve pra poder levantar.

Tomamos banho, e depois fomos para pizzaria mais próxima.

(...)

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