Capítulo 7

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Cleo olhava séria para o caminho pelo qual Richy seguiu. Seu instinto dizia a ela para segui-lo, mas por outro lado, ela não poderia deixar Hannah sozinha.
Hannah olhou assustada para as copas das árvores, os olhos verdes vidrados. Ela começou a tapar os ouvidos, atormentada.

" Hannah... " Uma voz feminina a chamava, mas ela apertou mais os ouvidos, mas a voz não saía da sua cabeça.

" Hannah... você me matou" - A voz continuava a dizer. Hannah então viu pés descalços parados em frente á ela, e não eram os de Cléo. Estavam cinzas, mesmo na escuridão. E as roupas da pessoa pingavam água. Hannah levantou a cabeça lentamente, e seus olhos encontraram os dela. Era Jennifer, em estado de decomposição. Hannah então começou a gritar, tendo a boca tapada por Cléo.

- Hannah silêncio! O que foi!? - Cleo perguntava, tirando sua mão da boca dela com cuidado.

- Eu vi a Jennifer! Cléo! - Ela agarrou Cleo pelos braços - Você não viu!? Ela estava do seu lado!

- Hannah, a Jennifer morreu a muito tempo! - Cleo estava perdendo a paciência - Eu sei que você tem seus traumas, mas não é hora para isso agora! Você consegue andar? Eu preciso que a gente saia daqui agora!

Cleo e Hannah desceram até onde estava o carro de Richy e viram seu carro aberto, suas ferramentas no chão e um rastro de sangue.

Daisy estava no chão e o maníaco a levantou pelo pescoço, fazendo-a perder o ar. Ela arregalou os olhos enquanto ele levantava sua foice, quando viu o tridente rural atravessar a perna dele. Ele soltou Daisy, que caiu quase sem ar no chão. Jake estava atrás dele com uma expressão assutada. Ele tinha um balde para tirar leite de vaca em sua mão, e jogou o conteúdo no maníaco. Era gasolina. Ele havia pensado até nisso! Daisy riscou depressa o fósforo e jogou nele, saindo de perto o mais rápido possível, seguida por Jake, enquanto o assassino ardia em chamas. Eles olharam para trás e ele estava tirando o tridente de sua perna, mesmo em chamas.

- Jake ele não morre!? - Daisy perguntou horrorizada.

- Eu achei que sim! - Ele não conseguia raciocinar.

- Ele não morre!? - Ela parecia a beira de um ataque histérico.

- Ninguém é imortal! - Eles continuavam correndo.

- ELE É!!! - Daisy gritava, apavorada.

- Isso não está em discussão! - Jake olhou para trás. Sim. O assassino começou a correr. Mais enfurecido ainda.

- Bom, ele tem sentimentos! Raiva! - Jake concluiu, correndo ainda mais rápido.

- SÉRIO, JAKE!??? - Daisy gritou.

- Ele vai pegar a gente! - Jake respirava com dificuldade. Foi quando ele ouviu um tiro muito alto - Jesus! - Ele tapou o ouvido. Ele viu duas pessoas subindo, engatilhando simultaneamente "shotguns" ou então mais popularmente conhecida como 12.

- Pra trás da gente! - Phil disse apontando a arma para o maníaco.

- Phil! Nos joelhos! - Jessy disse para seu irmão, mirando.

- Nos joelhos - Ele concordou e eles dispararam ao mesmo tempo. O assassino foi acertado em cheio, e voou sangue para todos os lados. Ele caiu com tudo no chão, de bruços. Phil e Jessy engatilharam mais uma vez, indo em direção a ele. Agora eles deram a volta pelo lado do corpo dele, e atiraram nas costas.

Phil olhou para Jessy e eles atiraram cada um em uma das mãos dele. As mãos explodiram, os dedos voaram, rolando pela grama.

- Na cabeça só para ter certeza de que ele não levanta - Jessy sugeriu a Phil - Eu vi muito em filmes de terror.

- Se você tá falando... - Ele mirou na cabeça - Então tá falado -Esse foi o tiro de misericórdia. Jessy deu mais um apenas para se certificar.

Jake estava abraçado a Daisy, que escondeu o rosto em seu ombro durante a execução.

- Obrigado, Phil e Jessy! Isso foi simplesmente insano - Jake estava agradecido e horrorizado.

- Cortesia dos Hawkins para aquele fodido - Phil respondeu, acendendo seu cigarro.

- Isso é maconha? - Jake perguntou curioso.

- Você é da policia? - Phil perguntou para ele.

- Não... - Jake franziu o cenho - Mas se eu fosse...?

- Na dúvida não vou responder - Phil sorriu - Que horas são?

- 4:30 da manhã - Daisy respondeu.

- Podemos colocar as crianças na Van e vazar daqui - Phil disse, com a arma apoiada em seus ombros - Agora que o desgraçado morreu.

- E chamar as autoridades - Jake completou - Pelo menos, eles irão isolar esse lugar.

Cleo entrou em um dos carros, tentando liga-lo sem sucesso. Ela olhou curiosa, usando a lanterna do celular. Ela foi até outro carro que estava com as chaves no contato. Deu a partida e não pegou. Ela olhou desconfiada para os lados. Aquilo não poderia ser coincidência - Ela pensou - E foi até a Van. Chaves no contato. Ela deu a partida. Nada.

- Hannah! Precisamos avisar... - Quando ela se virou, Hannah estava com um facão cravado em sua cabeça. Ela revirava os olhos enquanto cuspia sangue.

- Meu Deus! Não! - Cleo encostou-se desesperada na Van.

- Você poderia ter deixado isso quieto, Cleo, mas não sabe a hora de parar - Richy surgiu no meio dos carros e puxou o facão da cabeça de Hannah, que caiu no chão.

- Richy!? Mas que porra é essa!?

- Que porra é essa? - Ele ergueu os braços - O nome disso é vingança - Ele disse, olhando-a nos olhos - Vingança do dia da brincadeira do desafio estúpido da floresta. Vocês riram, sempre riram. Vocês riram até mesmo da minha mãe - Ele olhava com raiva para ela.

- Mas você virou nosso amigo! Não estou entendendo, e também éramos crianças!

- Quando éramos crianças, eu também achava que éramos amigos. Mas então eu aprendi uma lição importante: amigos não riem da gente, ou da família da gente. Quem bateu esquece Cleo...mas quem apanha...quem apanha jamais esquece!

DUSKWOOD SUMMER CAMPWhere stories live. Discover now