Alice Miles precisava encontrar uma saída para ajudar seu irmão,Jean Carlos,a resolver os problemas que ele causou,consequência de sua ambição e ganância. Assumindo o peso das atitudes do irmão ela parte para a fazenda do seu chefe,pelo menos era o...
— Não vai mesmo me responder,jean? — bato as correspondências na mesa do escritório,onde meu irmão está.
Ele continua com os olhos vidrados no notebook,me ignorando como sempre faz quando se envolve em encrenca,ele continua agindo como se eu fosse a louca.
— Jean,não vou perguntar de novo,quanto você deve a seu chefe? — pergunto furiosa e fecho seu notebook,recebo em troca um olhar furioso.
Meu irmão se levanta irritado,vestindo seu paletó marrom muito usado e segurando sua pasta velha na mão. Todo tempo evitando os meus olhos.
— Se você parasse de se meter na minha vida.. — ele diz pegando o meu olhar.
Cruzo os braços e respiro fundo.
— Que tal se você começasse a trabalhar honestamente? Seria bom se eu não tivesse que trabalhar todos os dias e ir a faculdade porque adivinha só? Meu irmão foi preso novamente e preciso de dinheiro.
Jean solta um risada nojenta e irônica,e sinto saudades de quando ele era meu irmão doce e responsável.
— Eu pedi alguma coisa pra você? Eu poderia ter apenas ligado para o papai — ele revira os olhos.
É a minha vez de rir. Nosso pai não se importar nem um pouco com nós dois,ele já tem sua família.
— Então na próxima vez que você se envolver em uma confusão,ligue para se lamentar para o papai — faço aspas no dedos.
— Cuide da sua vida de merda alice,eu estou cuidando da minha — é tudo que ele me diz antes de sair e levar junto com ele as cartas.
Eu odeio tanto quem Jean se tornou,se ele sempre tivesse sido esse idiota e babaca,eu já o teria abandonando tempos atrás. Porém,ele já foi melhor,o irmão mais velho que cuidou de mim quando mamãe esteve doente e não tínhamos ninguém. Eu me seguro nessas lembranças para fazer oque vou tenho em mente.
Saio do escritório pequeno de nossa casa alugada e vou até meu quarto,abro meu guarda-roupa e retiro minha maleta com minha muda de roupa. Consegui o endereço de seu chefe por meio daquelas cartas,é uma distância considerável,porém se eu for agora posso chegar a tarde e ter tempo para voltar.
Eu só peço que seu chefe seja compassivo e possa me escutar,só necessito de um acordo para poder pagar qualquer que seja o valor que meu irmão lhe deve.
Ponho a alça da bolsa no meu ombro e deixo o meu quarto,vou até a sala pegando minhas chaves,a raiva que estou sentido pelo meu irmão me impedindo de deixar um bilhete avisando,já que hoje é meu único dia de folga.
Bato a porta do meu carro velho,mas que ainda funciona,afasto todos os meus pensamentos que querem se voltar para o conteúdo das cartas e as ameaças que estão lá,se eu me permitir ir por aí irei desistir,o que não posso fazer.
Enquanto dirijo pela estrada de terra cada vez mais próxima do meu destino,me sinto mais cansada,tenho apenas 19 anos e estou assumido sempre as responsabilidades do meu irmão,trabalhando e estudando como uma otaria. Construindo essa fachada forte e grossa para não aceitar que ninguém me machuque.
As vezes me pergunto como é ter alguém se importando com você. Como seria cuidar de alguém e ser cuidado. Porém,não tenho esperanças quanto a isso. É como minha vida é e tenho que aceitar.
As horas se passam,verifico meu relógio e meu GPS,em meia hora chegarei na fazenda. Quanto mais me aproximo,mais me questiono sobre essa atitude,as frases naquelas cartas eram claras e definitivas. O seu chefe iria acabar com jean se ele não pagasse oque havia roubado,o medo se instala em mim.
Se esse homem quiser se vingar de mim? O que eu vou poder fazer sendo pequena e não tendo nada para me defender? Mas ainda assim é minha única opção,além de não saber quanto meu irmão roubou,não sei se posso arcar com um empréstimo.
Desligo o carro assim que chego a entrada da enorme fazenda a minha frente,tão grande e extensa que sei que daqui vejo apenas o mínimo. Mas quanto mais encaro,mas o medo cresce. Eu posso apenas voltar para casa,aproveitar minha folga como não faço a meses e deixar que jean assuma seus problemas.
No entanto,as lembranças de nossa infância ainda estão aqui me encorajando a ir além,uma memória de minha mãe pedindo que cuidassemos um do outro surge me fortalecendo.
Porém,sou interrompida e pulo assustada quando escuto sons de alguém batendo na minha janela.
Notes:
Primeiro capítulo,hein? Não se preocupem que vou providenciar uma capa ksksks!
Eii gente,primeiro agradeço pelos votos e comentários! Fico feliz que tenho esse apoio,viu?
Vou tentar postar mais capítulos essa semana,mas ultimamente ando nessa vibe mais leitora ksksks
E não menos importante votem e comentem!
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