Capítulo 2.

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POV RAFAELLA

Parei o carro em frente ao colégio de Giovanna aguardando a mesma. Ter pegado um atalho me deu tempo de sobra para chegar na hora certa, do contrário eu ouviria por uma semana o quanto ela ficou me esperando. Gio não demorou a surgir. Ao seu lado, Caon, seu atual namoradinho. Essa menina cresceu tão rápido que as vezes eu me esqueço do dia em que ela nasceu e eu fugi de casa por puro ciúmes e drama.

Hoje é uma linda jovem no seu último ano do colegial, e está na flor da idade.

G: Pontualidade, senhorita Kalimann? - revirei os olhos, ela era o deboche em pessoa.

R: Entra logo, Gio. Quero descansar..

G: Cê já foi mais educada, Ella. - inclinou a cabeça para que eu falasse com seu queridinho.

R: Boa tarde, Daniel! - forcei um sorriso. Não que eu odiasse o garoto, mas é minha irmãzinha.

D: Oi, Rafaella. - respondeu com educação logo abraçando minha irmã pela cintura.

R: Cof Cof - Tossi com ironia ao perceber sua mão descer mais que o necessário.

G: Me desculpe, sabe como ela é.. - Sussurrou e lhe deu um selinho mais do que demorado para o meu gosto. - Te ligo mais tarde, amor.

D: Eu já estou com saudades, princesa - ele piscou antes dela dar a volta e entrar no carro.

Arqueei a sobrancelha negando com a cabeça começando a dirigir e escutei um pequeno riso ao meu lado.

R: O que foi?

G: Sempre ciumenta em relação a mim, não é? Por que não com o Tato?

R: O Renato é de maior e casado - respondi o óbvio - Pra mim cê ainda é a chata que me acordava domingo de manhã porque tinha medo de ficar assistindo tv sozinha - Ela riu ligando o rádio.

G: Cê tem que controlar esses ciúmes, Ella. Coitada da Laura.

Não era ciúmes, apenas proteção. Sabia do que os meninos na idade do Caon faziam e ferviam em hormônios e eu não queria que minha irmã fosse vista como um objeto ou qualquer coisa do tipo por um moleque. Eu surtei mais que meus pais quando ela contou que estava namorando.

G: Como foi a entrevista?

R: Tudo certo, eu começo no fim de semana - Respondi sorrindo sem tirar os olhos da avenida.

G: Meu Deus, que ótimo Rafa. Sabia que você ia conseguir, embora eu saiba que cê tem potencial pra muito mais que isso.

E eu realmente tinha. Reconhecia meu preparo, mas devido as circunstâncias, eu sempre fui impedida de trabalhar na área administrativa como sempre quis.

R: Deus sabe de todas as coisas, Anna. Além disso, o salário é bem alto, por conta das viagens...

G: Essa é a parte boa. E quem é o magnata que cê vai cuidar? Olha que se for um velho rico e solteiro, já casa.

R: Não seja ridícula, que nojo. Giovanna - gargalhei alto - Eu só vou saber no dia.. Mas sinceramente não me importo. Os outros mal me davam bom dia mesmo.

G: Bando de filho da puta mal educados, não? Parece que quanto mais rico mais idiota o povo fica? - também gostaria de ter essa resposta.

Meu último trabalho acabou com uma demissão repentina. O idiota no qual eu fazia segurança, além de não parar de dar em cima de mim, faliu sem mais e sem menos. Típico playbloyzinho que quando pega a herança do papai não sabe nem o que está fazendo.

My Protection (RABIA)Onde histórias criam vida. Descubra agora