Poema 30 - Paradoxo

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Hoje eu tentei escrever e
as folhas ficaram me olhando de forma estranha
como se quisessem entender
o porquê do silêncio que emanava do meu peito,
qual o sentido daquele vazio em branco.

Hoje eu chamei a Inspiração pra jantar,
mas ela tinha compromisso.
Algum poeta melhor,
um novo Bukowski, quem sabe
talvez mais alguém nascido naquele fatídico dia.

Alguém melhor que eu
passou a noite com ela.

Enquanto isso,
eu deitei a cabeça no travesseiro
e pensei em uma nuvem brilhando no mais belo tom de azul que alguma vez já fora criado,
pensei em um dia estranho e em como a vida é passageira.

Desenhei um coelho azul,
como o paradoxo,
e dormi pensando na Inspiração,
que não veio,
enquanto as folhas choravam
mais um dia naquele terrível vazio espaço em branco.

Toda Poesia Que Me Brota Do PeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora