5. Isso não é um encontro

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Ele definitivamente não é um serial killer.

Ou se é esconde muito bem porque nunca conheci alguém tão fofo e educado.

Durante o caminho até o restaurante, Timothée ajudou uma velhinha a atravessar a rua e até pegou suas compras e colocou na mala do seu carro.

Acho que quase deu pra ver os coraçõezinhos em cima da minha cabeça nesse momento.

Após o curto trajeto até o local, que no Brasil poderia ser chamado muito bem de barzinho, já que é bem descontraído e aconchegante, nós nos sentamos em uma das mesas e rapidamente fizemos nossos pedidos, depois do garçom sair Timothée olhou pra mim por o que pareceram séculos e disse " Tudo bem se eu ir ao banheiro rapidinho?"

Maneei a cabeça levemente

"tudo bem"
"certo, volto em um minuto"

Enquanto ele estava fora fiquei observando um pouco mais o lugar até que um som familiar chamou minha atenção.

Olhei para o homem de pele negra que estava no canto do bar, com um violão nas mãos cantando uma música que todo brasileiro conhece muito bem: garota de ipanema.

Nossa meu orgulho de brasileira chega inflou um pouco.

Estava na cara que o homem não era brasileiro, pois tinha traços bem americano e um leve sotaque, mas dominava o idioma muito bem.

Fechei os olhos e me envolvi na canção até que senti um olhar forte sobre mim.

Timothée estava com aqueles lindos olhos verdes bem próximos a mim me encarando com um pouco de admiração eu acho.

Fiquei imediatamente constrangida " então quer dizer que o senhor não é um serial killer mas encara as pessoas assim constantemente?"perguntei

Ele balançou a cabeça e riu baixo " confesso que não é um hábito frequente era impossível não te observar"

Nossa eu tenho certeza que meu rosto está queimando agora.

Não sabia nem o que responder mas então ele continuou " Você fala espanhol fluentemente?"

E... o queimor foi embora e substituído por uma careta " Primeiro: aquilo era PORTUGUÊS e não espanhol e segundo: eu sou brasileira por isso falo fluentemente português que é a lingua falada lá e não espanhol" falei com indignação.

O rosto dele ficou envergonhado " olha, me desculpa realmente não falo nenhum dos dois idiomas então é um pouco difícil de diferenciar, mas vou me esforçar mais prometo".

É oficial, não tem como ficar com raiva dele sério, parece que nasceu com uma carinha de cachorrinho pidão.

" Tudo bem... mas Timothée hum? Não me parece um nome americano"

Ele riu " Verdade, é que meu pai é francês e decidiu fazer uma homenagem ou alguma coisa assim

" Então você fala francês?" interroguei

Ele acenou com a cabeça " Não sou nenhum expert mas cresci falando a língua com meu pai então consigo me virar bem"

" Que coincidência, eu to fazendo aulas de francês como parte do meu intercâmbio" falei " mas pra mim parece hebraico de tão difícil"

Ele deu de ombros " não é tão difícil assim, depois qualquer coisa posso te ajudar no básico"

Ai meu deus ele quer me ver de novo, mas só pra me ajudar né?

Não sei o que pensar disso por que tenho certeza que não é todo dia que uma pessoa praticamente estranha se oferece pra ser seu professor.

Mas também não é todo dia que alguém te convida pra jantar assim do nada.

Acho que é só o jeito dele mesmo...

Afinal isso não é o encontro.

Olho para os lindo garoto a minha frente e sorrio

" Adoraria a sua ajuda"

Um sorriso se abre em seu rosto

É, isso não é um encontro, mas acho que queria que fosse...

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Oiii depois de muitos meses postei um capítulo pq n sei só deu uma vontade...

Não ficou nada bom mas o que vale é a intenção ne? kkkkkk

OBS: tenho certeza de tanto eu quanto Timothée estamos felizes com o resultado dessas eleições...

#tchaularanjaazeda

To Be so lonely - Timothée Chalamet Onde as histórias ganham vida. Descobre agora