Capítulo 20

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Sabina Hidalgo POV.

Eu não acredito no que estou vendo... Bailey e Savannah cantando, e o pior, JUNTOS. Os olhos de Bailey se encontram com os meus, ele parece estar nervoso, pois logo desce do palco e vem até nós ( com Savannah logo atrás, é claro). Ele estava estranho, se aproximou,mas não olhou nos meus olhos. 

 — Como vocês nos encontraram? — Ele se apoiou em uma mesa. 

O seu estado era péssimo, estava todo suado, fedendo a bebida, o cabelo estava todo bagunçado, seus lábios estavam vermelhos e inchados. O pior é que ele continuava lindo. 

— Isso não importa. — respondi seca, olhando diretamente para Savannah que me olhava com sarcasmo. 

Bailey continuava olhando para baixo e, pela primeira vez o vi com vergonha. Acho que é por causa do showzinho que eles estavam fazendo. 

— Savannah, por que você não atendeu as minhas ligações? Olha o seu estado. — Pepe se aproximou da Savannah, analisando se estava tudo bem com ela. 

— Nós brigamos, na verdade, você brigou comigo. — seu tom de voz carregava mágoa. — Então eu vi o Bailey, que me convidou para sair. — ela deu de ombros, fazendo pouco caso. 

 Como sempre. 

Pepe fuzilou Bailey com o olhar, o mesmo apenas sorriu de lado e levantou uma sombrancelha. Era evidente que nenhum dos dois se suportavam. 

— Então já que está tudo resolvido, e a Sabina não vai bater na Savannah. — Vovo falou com tédio e desgosto. — Vamos beber. Moço, eu quero um whisky. duplo! — ela falou se sentando, enquanto o barman servia a bebida. 

 Savannah e Pepe se afastaram da gente, e parece que a coisa tá feia. Pois Pepe estava com um semblante sério, e Savannah mal conseguia ficar em pé, igual o idiota do meu noivo de aluguel. ... 

Entramos no carro em silêncio, fui atrás com vovó e Bailey. Ele sequer olhou na minha cara, e isso está me incomodando tanto, que eu nem sei o porquê. 

— Ele não tá bem. Você tem que pegar leve com ele. — Vovó sussurrou em meu ouvido. Apenas assenti. 

Eu só queria saber o que estava passando pela sua mente. Bailey estava com a cabeça apoiada na janela, com um semblante culpado. E isso instigava ainda mais a minha preocupação. Tentei pegar em sua mão, mas ele recuou. Era óbvio ele ainda está com raiva de mim, até eu ficaria. Falei muitas bobagens. 

Chegamos em casa e todas as luzes já estavam apagadas. Puxei Bailey pelo braço,para ele se apoiar em mim. Ele recusou de primeira, mas logo mudou de ideia, quando quase deu de cara no chão. 

Foi bem difícil subir as escadas com um homem grande, jogando todo o seu peso para cima de mim. Mas eu consegui levar ele para o quarto sem chamar a ajuda de ninguém. No caso, Pepe. 

Ele tentou deitar na cama, mas eu não ia deixar ele deitar com esse cheiro horrível de bebida. 

— Não, não... Você não vai deitar sujo desse jeito. Você precisa tomar um banho, Bailey. — Falei com calma. — Eu posso te ajudar, vem. — puxei ele para dentro do banheiro. O mesmo resmungava, mas veio cambaleando. 

Sentei ele no vaso, e tirei sua camisa. Ele me olhava com um sorriso murcho no rosto, e então falou: 

— Sabininha, você quer abusar de mim bêbado? Você não tem vergonha na cara?— ele falou em um tom sério. 

— Só estou te ajudando, seu bêbado fedorento, você devia me agradecer. —resmunguei, enquanto abria o zíper da sua calça. Ele seguia meus gestos atentamente.Não vou mentir, essa minha situação é bem constrangedora. 

Noivo De Aluguel // SABILEY Where stories live. Discover now