E continuo o meu trabalho, hoje até levei as comidas maravilhosas da dona Otílinha, para comer aqui na sala chique mesmo, porque o assunto com o Gregory está passando dos limites.

Vocês acreditam que o homem, tentou me beijar?

É amigas! Ele ousou.

Não que seria um completo horror, mas mesmo não sendo seria, vocês estão percebendo?

Flashback on.

- Você não pode se casar com o Blande. - ele repete o hino dele, como todas às vezes, enquanto estavamos no elevador.

- Gregory, eu cuido da minha vida e dos meus relacionamentos. Você não tem porquê se meter. - o respondo exausta já exausta da ladainha dele.

Vejo o mesmo ocupando meu espaço, se aproximando de mim, com o cheiro de perfume caro maravilhoso dele.

- Gregory! - exclamo quando ele me encurrala entre ele e a parede fria do elevador.

- Ele não é para você. - fala bem perto dos meus lábios e ao mesmo tempo sinto sua mão apertando minha cintura.

Imaginem a repulsa.

Antes dele aproximar selar seus lábios nos meus, viro uma bela de uma chapada na sua cara e o empurro para longe.

- Nunca! - exclamo. - Nunca mais se aproxime de mim Gregory. - falo com minha mão ardendo pelo tapa que dei na cara do homem.

Deixei seus olhos me encarando enquanto eu saia dali assim que as portas se abriram.

Flashback off.

Desde aí, eu fujo mesmo, e o senhor Dain, ficou sabendo disso.

Ele pediu-me desculpas parecendo mesmo sentido.

Mas mesmo ele sendo o pai, ele não tem culpa, afinal o filho é maior de idade e dono do próprio nariz.

- Kendell, ainda vai precisar de mim? - o Kaio, meu secretário questiona após eu ter o dito para entrar.

- Não, obrigada! - agradeço e ele assente.

- Tudo bem, mas já vão para às 6 horas da noite. - ele me alerta.

Eu estou muito empolgada com esses designs que nem me dei conta que me atrasei demais para ir a biblioteca.

- Sério? - questiono e ele ri da minha incredulidade.

- Sério. - ele afirma.

- Tudo bem, vou arrumar as coisas aqui e já vou. - digo e ele assente.

- Adeus! - despede e se retira.

Arrumo tudo direitinho porque eu fiz uma bagunça que só Deus, pego as minhas coisinhas e saio do meu escritório.

Já não há quase ninguém, literalmente, eu vou ficar louca.

Antes de eu entrar no elevador, sinto uma mão puxando meu braço, fazendo virar o meu corpo e dar de cara com o Gregory.

- O que... - ele simplesmente me interrompe, me prendendo como uma refém em seu corpo.

- Shhh, isso não vai doer meu amor. - ele diz no meu ouvido, quando eu ia usar o cotovelo que Deus me deu, para que eu posso me desenvencelhar, para acertar na barriga do homem, sinto uma dor daquelas no meu pescoço, é uma siringa, constato assim que olho e o vejo introduzir o líquido sem dó.

- Você está louco? - minha voz começa a sair arrastada.

O que é isso que ele aplicou em mim?

- Calma meu amor, não se assuste. - eu não consigo mais me mexer direito, parece que tudo está em câmera lenta e os meus movimentos pior ainda.

Sinto ele me carregar e vejo que ele vai pelas traseiras antes da minha visão embassada passar a escuridão.

Liam Blande.

- Bem vindo, senhor! - são 4 AM e a Otília me recebe, vindo da minha viagem de última hora, com o olhar demasiado apreensivo.

- Obrigado. - a agradeço, enquanto ela pega o meu casaco.

Consigo sentir seus músculos tensos daqui. Suas mãos estão trêmulas.

- O que se passa, Otília? - questiono e ela sequer consegue me encarar direito. - Os meus filhos estão bem? - questiono ficando apreensivo também.

- Estão, eles estão bem. - ela fala atropelando-se nas palavras. - É a Kendell. - ela murmura e é impressionante como o meu corpo reage.

- Fale Otília, o que se passa com a Kendell? - a interrogo.

- Ela não. - nem ao menos consegue falar direito, que porra se passou? - Ela não aparece. Os seguranças não a viram sair da empresa dos Louis, ela não foi ter com o motorista, o celular não chama. - ela desata a chorar.

Plenas 4 AM, e ela simplesmente sumiu desde cedo. Que porra é essa?

- Quero o TJ, imediatamente no meu escritório. - digo a ela, que se retira imediatamente assentindo.

Aonde a Kendell está? Ela não pode ter simplesmente evaporado.

Digito o número dela, indo para o quarto dela, intuitivamente.

E apanho apenas a sua cama, suas coisas intactas.

Subo para o meu e nada, nada! A porra do celular está desligado.

É impressionante a angústia que eu estou sentindo. Sentindo angústia quando quero manter a calma.

- Senhor. - o TJ entra no meu escritório.

- Aonde está a Kendell? - o questiono.

Seja Minha.Where stories live. Discover now