Capítulo 18

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Natalie Smith POV

                     

A turnê...

                     

Três semanas depois... Estocolmo, Suécia.                  

Eu entro na suíte enorme sem muito entusiasmo, apesar do quarto lindo.                     

Estamos em Estocolmo e a turnê, por oito cidades europeias, oficialmente começou. Amanhã teremos o show de abertura na Friends Arena. Será um mega evento. O estádio tem capacidade para sessenta e cinco mil pessoas e sei que os fãs irão lotar e sacudir as estruturas do local.                     

Pela animação que tenho visto na página e no site oficial da banda, as meninas vão arrebentar na estreia. Estaria muito mais animada por viajar e cuidar das minhas rockstars favoritas, se não fosse pelo fato de que uma delas, pisoteou sobre mim, como uma maldita dançarina de sapateado. Porém, isso não tira o brilho dessa turnê. Temos trabalhado intensamente nas últimas três semanas e estou feliz.                     

Ok, feliz é uma palavra muito forte. Digamos que estou satisfeita comigo mesma, por ter resistido bravamente, aos avanços de Priscilla.                     

Estou satisfeita por ter conseguido me manter longe, emocionalmente e agido como a profissional que sou. Ainda dói como o inferno cada vez que a imagem, dela se esfregando em Keana, surge na minha mente. Toda vez que estou me sentindo fraca, toda vez que ela se aproximou de mim, nesses dias e me implorou uma chance, me forço a relembrar aquela cena.
                     
No entanto, vou ser sincera, há momentos em que quero arrancar todas as suas roupas e pegar o que aqueles olhos verdes lindos e intensos, estão me oferecendo todo o maldito tempo. Se foi difícil resistir à Priscilla no começo, agora é uma tarefa ingrata, porque senti seu gosto, seu cheiro e estou morrendo, para sentir isso de novo. Senti-la dentro de mim, me devorando com sua fome característica. Deus, eu sou tão patética.                    

Ela quebrou seu coração, Natalie. Faça um favor a si mesma e a esqueça, sua tola.                     

Eu sei disso. Meu cérebro sabe que devo odiá-la por tudo que me fez, mas, há a parte louca e sem respeito próprio, situada especificamente abaixo da minha cintura, que ignora tudo e continua a desejando, com fervor. Como resultado, eu sou uma confusão ambulante. A cada noite que deito na cama sozinha, não consigo evitar as lágrimas. Choro por tudo. Decepção, amor, raiva e medo. Um medo absurdo de cair em seus braços em um momento de fraqueza e dar-lhe o poder de me machucar de novo.
                    
Nunca. Eu não posso fraquejar.                  

Suspirando, me dirijo às minhas malas e começo a desfazê-las para me distrair.                   

Acabamos de subir direto para nossos quartos no hotel.                    

É isso mesmo, subimos direto para os quartos. Quando se está na comitiva de estrelas do rock, mundialmente famosas, você ganha automaticamente alguns privilégios. Recordo-me de que foi assim com Priscilla, quando estivemos em Paris.                                
                       
Mais um suspiro longo deixa meus lábios.

Bem, a administração dos hotéis deve, além de primar pela comodidade de seus hóspedes famosos, zelar pela ordem. Já imaginou Dinah e as meninas, parando na recepção e fazendo o check in, como todo mundo? Seria um Deus nos acuda se os fãs as vissem.

Queria ter vindo em um voo comercial, mas, Dinah não me permitiu, alegando que sua equipe, viaja junto com a banda. Desconfio que tenha o dedo podre de Priscilla aí, mas, aceitei. Não posso correr dela todo o momento, infelizmente preciso assessorá-la também. Essa é a tarefa mais difícil que já tive que cumprir na vida, conversar com ela, estar perto dela, sobretudo agora, que me olha, com uma suavidade arrependida, nos olhos verdes.

☆NATIESE☆ ✓ •ROCKSTAR• ᵍⁱᵒ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora