Memórias e Fantasias

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"Ugh! É por isso que prefiro aulas práticas; não tem toda essa papelada para corrigir."

"O velho preguiçoso Potter de sempre." riu Draco, recebendo uma bolinha de papel na cabeça em seguida. "Não comece uma guerra que você não pode ganhar, Harry." disse ele, semicerrando os olhos e se virando para sair da sala enquanto o moreno ria.

Harry finalmente conseguiu dormir bem aquela noite.



Na manhã seguinte, ele acordou no susto com sua varinha fazendo barulho em sua mesa de cabeceira. No susto com o despertador ele acabou esquecendo do sonho que estava tendo e a vontade de encostar a cabeça no travesseiro novamente para tentar se lembrar era grande, mas achou melhor levantar antes que dormisse novamente; ou pior, ficasse um bom tempo acordado pensando em cabelos platinados como quase ficara na noite anterior.

Harry se apressou para tomar seu café da manhã no salão principal. Ele acabou não vendo o professor de Poções na mesa, mas Minerva veio em sua direção com olhos tristes—sem dúvida se lembrava de seus pais. Ela lhe deu um breve abraço e lhe disse que se precisasse de algo estaria à disposição.

Quando o moreno estava saindo pelas portas do salão, quase colidiu com alguém que cheirava a baunilha e o que ele ponderou depois ser maçã verde.

"Tinha que ser você." ele ouviu a voz dizer e depois sentiu o alguém o endireitando-o pelos ombros.

"Draco." 

"Onde esta indo com tanta pressa, cabeça-de-raio?" a menção do velho apelido fez Harry sorrir brevemente e sacudir a cabeça. Isso até lhe contar onde iria.

"Vou ao cemitério." disse com o olhar vago.

"Oh..." Draco parecia não saber o que dizer. E, em um súbito movimento, pressionou uma mão no ombro esquerdo de Harry e apertou brevemente. "Não vou mantê-lo, então." disse, soltando seu ombro e deixando uma sensação de formigamento em seu toque.

Harry se afastou um tanto relutante e foi à caminho de Hogsmeade para depois aparatar rumo à Godric's Hollow.


Os ventos de outono estavam cada vez mais frios e, ao chegar no cemitério, Harry não pode evitar se lembrar de quando esteve ali com Hermione no Natal em meio a guerra. Quando a neve cobria tudo. Quando ele quase não tinha mais esperanças.

Chegando perto do tumulo de seus pais, ele depositou os lírios que havia comprado em suas lápides e enfim se deixou chorar. Depois que seus soluços cessaram ele lhes contou sobre a sua vida e de como estava feliz ensinando em Hogwarts, como enfim Havia achado um trabalho que o deixava contente. E que também havia feito um novo amigo.

Harry se despediu deles com o coração mais leve.

 Ao se aproximar da entrada do cemitério, ele avistou alguém alto perto do portão. O homem estava vestido todo de preto com exceção da toca verde no topo de sua cabeça. Harry conseguia ver algumas mechas loiras de cabelo saindo da touca.

Poderia eu estar vendo coisas?

"Draco?" Harry sentia que de tanto pensar nele o estava atraindo para perto, de alguma forma.

"Que susto!" exclamou o loiro se virando com a mão no peito. "Oi! Eu-Eu achei que você podia querer companhia, mas não quis me intrometer." disse tirando a toca da cabeça. Seus cabelos imediatamente se esvoaçaram ao vento.

Harry sentiu vontade de chorar novamente, mas se segurou. O ex-grifinório tinha começado a notar as sutilezas por trás nas expressões e atitudes de Malfoy, e o fato do loiro estar ali e talvez se importar com ele dessa forma esquentava seu coração.

Um Amor de Halloween (Drarry)Where stories live. Discover now