- Você não se machucou? - uma moça questiona.

- Não, obrigada. - digo e ela assente se retirando.

Acabou que já não fazia sentindo ficarmos na gala chique depois disso.

Então nos despedimos e voltamos para o monstral do chefinho, que não falou muita coisa desde o episódio, ataque a doninha chique no banheiro.

Neste preciso momento acabamos de chegar.

Eles saem, enquanto eu pego os saltos que havia tirado na mão.

- Porquê você bateu daquela forma nela? - assim que saio o chefinho questiona.

É impressão minha, ou ele está preocupado com a víbora chique?

-Oh, lamento muito se quase explodi com a cara da sua amiguinha. - digo saindo, mas ele me para pegando no meu braço.

- Eu não estou preocupado com ela... - ele para de falar, assim que o corto.

- E que fique claro, eu não sou sua noiva. - eu me sinto um pouco alterada, deve ser por causa da quantidade de champanhe que eu bebi.

Se é que foi champanhe, não sei distinguir bebida na taça, à não ser vinho.

- Eu não quero ter nenhum vínculo com você, nem de mentira. Pode ir para a sua Alicia e a doninha chique, e me deixe em paz. - digo e sei lá porquê estou me explodindo dessa forma.

- Vai fugir outra vez? - ele diz me puxando de volta para ele assim que virei as costas.

- Você é quem foge das coisas. - falo no mesmo tom que ele. - Porquê você continua me importunando, já não me usou o bastante? - questiono para ele que mantinha seus olhos azuis de predador bem fixos em mim.

- Nem responde. - digo mesmo sem ele ter se pronunciado.

Eu não sabia que bebida descomanda assim a pessoa.

- Me solta, e vai lá ver se a doninha precisa de cirurgia plástica. - digo puxando meu braço de volta, mas ele não deixa.

- Sabia que tanto champanhe... - ele fala  me carregando do nada, e sem frescura como se fosse pena de galinha.

Pena de galinha, Kendell.

Eu estou pensando bem, só as palavras é que saem meio emboladas da minha boca.

- Faria você mal. - ele completa andando comigo no colo.

- Não é porque você é gostoso e cheiroso que eu queira ser carregada por você. - digo batendo no peitoral do chefinho.

Ouço uma risada bem divertida da parte dele.

- Kendell? - ouço a voz da dona Otílinha e me viro para vê lá. - O que se passa, senhor? Ela está machucada? - ela questiona e do nada me deu vontade de rir.

Kendell filha? Cadê a graça?

Também não sei, nunca mais bebo várias taças de champanhe como se fossem refresco.

- Digamos que um pouco alterada. - ele diz e hamn? - Traga algumas roupas dela para o meu quarto. - ele diz e continua a andar.

- Eu não vou para o seu quarto e não estou alterada. Me coloca no chão agora! - mando me esperniando para ele me soltar, mas o homem está nem aí e continua subindo as escadas.

- Seja uma boa menina e fique quieta. - ele diz assim que ele abre a porta do quarto master dele.

- Porque merdas você está me trazendo para o seu quarto? - questiono ainda me esperniando.

- Olha a boca. - ele me chama atenção, como se não falasse.

Ele abre a porta do banheiro master.

- Eu vou te denunciar. - ameaço e ele ri.

- E posso saber porquê? - questiona ainda rindo.

- Por tudo! - respondo gritando quando ele me solta dentro do box enorme dele.

- Por fazer você ter 4 orgasmos em uma noite também? - ele questiona fazendo meus pêlos todos se arrepiarem.

E piorou a situação quando senti água muito fria bater na minha cabeça e me molhae de todo.

- Merda! - balbuceio querendo sair, mas ele entra fechando a porta de vidro, se molhando também. - Foram cinco, mas eu não me lembro de nada disso. - retruco e ele ri.

- Se eu ficar resfriada, a culpa será toda sua. - gemo de frio, estou tremendo.

- Eu não te mandei beber álcool como se fosse água. - ele retruca.

Já nem falar direito conseguia, com os meus lábios tremendo feito motor.

Suas mãos alisavam meu cabelo conforme a água caia nele e eu estava gostando disso.

Depois de algum tempo, sinto suas mãos descerem até ao zíper do meu vestido pesado por causa da água, fazendo ele escorregar de maneira pesada e rápida até aos meus pés.

Eu não estava usando soutien, por causa do vestido, e quase chorei pela água fria caindo no meu corpo.

- Fecha os olhos. - ele manda e eu obedeço, já que estava muito frio mesmo, meus olhos fechavam constantemente.

Sinto o cheiro de um gel de banho dele que eu roubei uma vez quando estava aqui.

Não me julguem, não foi no sentido literal da palavra.

Foi só experimentar.

Ele passou pela minha cara, que esqueci que estava cheia de maquilhagem, e foi passando.

Acabou que ele me deu banho, de água fria, mas me deu banho.



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