E assim, os dois lobos rajados saíram em disparada para o caminho de volta para o chalé do bruxo, o júnior ficando mais para trás por sua falta de agilidade enquanto o sênior sequer olhava para trás.
O sol já tinha tombado quando Taeyong alcançou o chalé, as primeiras gotas de chuva já estavam molhando as plantações de abóbora e a pelagem dos lobos, uma fraca iluminação vinha de dentro do local quando o Lee finalmente chegou.
Sequer teve tempo de respirar fundo em alívio, Jeno não tinha avisado que o povo tinha vindo montado em cavalos. Mesmo tendo o chalé em seu campo de visão, ainda estava longe para conseguir entrar antes do povo no local e resgatar secretamente Doyoung.
Tentou dar a volta e pegar a troca de roupas que sempre tinha na entrada da plantação, essa não tinha sido lavada ainda e permanecia com suas manchas de sangue no braço e perna, mas não tinha tempo para reclamações.
Correu em meio a todas aquelas abóboras, tropeçando diversas vezes e tentando identificar o que acontecia no meio da gritaria, precisou entrar pelos fundos do chalé para atravessar toda a estrutura e aparecer pela varanda, chocando todos os moradores da vila.
— Senhor Lee Taeyong! Não sabíamos que estaria pela região hoje.
— E muito menos que sairia de dentro da casa de um bruxo.
— Um bruxo!
— Estamos levando-o para a praça para sua execução. Deseja participar?
As pessoas se atropelavam nas palavras, um tentava falar mais alto que o outro, tentavam atrair mais a atenção do Lee, mas seu foco estava todo em como o bruxo já estava ajoelhado no barro, a cabeça baixa e sem uma única lágrima ou medo sequer expressados.
— Senhoras e senhores, agradeço a preocupação de vocês e todo o cuidado para com a nossa vila. Me permitem uma rápida conversa com o bruxo para esclarecer os acontecimentos recentes? – sua voz soou suave e educada.
— Está louco, senhor? Esse é um bruxo cruel, culpado pela devastação de terras e aniquilar todas as hortaliças na época da seca. – um homem mais de idade esbravejou, e é claro que Taeyong sabia que cada palavra não passava de boatos cruéis.
— Eu insisto, me deixem falar com ele, talvez ele confesse algo a mais em relação a esses problemas. – o povo se entreolhou, todos receosos, mas tinham ainda mais receio de irritar o Lee.
Antes de aqueles que imobilizavam o Kim se levantarem definitivamente, fizeram questão de cravar sua face contra o barro com força e fazê-lo esfregar o nariz brutalmente contra a terra molhada, para enfim se levantarem e um deles acertar um chute nas costelas do bruxo.
Taeyong não podia deixar-se abalar pelas ações, mas ao ver aquele que tanto apreciava ser atingido com tamanha força exigiu muito controle de si, respirando fundo antes de se aproximar de Doyoung.
— Senhores, usem seus trajes pesados para protegerem as damas da chuva, sabem que elas são preciosas, não podemos perdê-las para um resfriado, se preferirem podem se esconderem na floresta, irei conversar com esse ser dentro do chalé. – o Lee proferiu antes de segurar o rapaz pelo braço, puxando-o com força para que ele ficasse de pé tentando impor respeito.
— Ainda não nos contou como apareceu de dentro do chalé, senhor Lee.
— Eu entrei pelos fundos, agora vão! – aos poucos as pessoas se reuniram em pequenos grupos que se escondiam da chuva e tomaram rumo para esconderem na floresta.
Ainda contra sua vontade continuou apertando o braço do bruxo, sentia os nós de seus dedos ferverem, e apenas quando último homem saiu da zona de perigo que Taeyong pode puxar o Kim para dentro do chalé, apertando-o apenas até a porta se fechar, onde finalmente o largou da restrição para poder o abraçar cuidadosamente e esconder seu rosto na curvatura do pescoço onde já se via tão acolhido.
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Noite com lua clara
Hayran KurguTaeyong sempre teve paz, sua maior preocupação como líder da alcateia era se certificar que todos estavam bem e seus júniores estavam treinando, mas nada se comparava com a preocupação que sentia quando o assunto era Doyoung, o bruxo conselheiro de...
Único - Lua inteiramente clara
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