Por que será que Aly não quer essa mulher aqui, ele parece furioso com a mãe. Nicolay apareceu e não gostou da maneira com que ele tratou a mãe adotiva.

– Nico, Aleksey está passando dos limites – Reclamou Sofia para o marido. 

– Já falamos sobre isso Pai. Não quero Desya na minha casa. 

– Sofia, atenda o pedido de Aleksey. O dono da casa é ele. – Ordenou o pai de Aly. 

Eu estava no meio daquela conversa constrangedora e não sabia se saia ou ficava. 

Detestava discussões. O clima estava pesado. 

A tal de Desya se retirou e Sofia se aproximou de Aly. 

– Você só será dono desta casa quando você casar e tiver um herdeiro. Está na cláusula, esqueceu? 

– Meu casamento será em breve e meu herdeiro já está a caminho. – Falou Aly com sarcasmo. 

Olhei para ele e levei a mão na boca. Então era isso que ele queria? Um filho para herdar seus bens. 

Não! Isso não pode ser verdade. 

– É verdade isso que ela falou? Porque se for quero voltar para o Brasil. Meu filho não vai ser criado neste meio de imposições. -- Falei e não esperei sua resposta. Corri para a escada e subi indo me trancar no quarto de hóspedes. 

Deus! Isso não pode estar acontecendo comigo. Será que tudo não passou de uma armadilha? Me encolhi em posição fetal e chorei até não ter mais lágrimas. Percebi que alguém estava abrindo a porta pelo lado de fora e sentei na cama. 

Era Aly, ele olhou para mim e falou. 

– Não tire conclusões precipitadas. 

– Eu não tirei Aleksey. – Falei calma. Precisava pensar no meu bebê. 

Ele se aproximou e sentou na cama. 

–  Prometo falar tudo para você. É um assunto sigilosos, mas primeiro você vai se alimentar. O assunto é longo. – disse olhando dentro dos meus olhos. 

Fechei os olhos e respirei fundo. Eu precisava dar a ele o direito de se defender. 

– Você me contará tudo. Se você mentir eu vou embora . 

Sai do quarto, mas antes fui ao banheiro. Lavei meu rosto e sequei. Então fui para saleta onde Yan estava servindo a mesa. Sentei e me servi de café com leite. Tinha uma variedade de pães, mas peguei uma fatia de pão preto e coloquei um pedaço de queijo. Na mesa também tinha suco, Chá, geléia, manteiga e requeijão. 

Comi calada e quando terminei fui ao quarto pegar meus remédios. Tomei a vitamina e o ácido fólico e como não me senti enjoada, não tomei o remédio para enjoo. 

Aly falou com Yan e fomos para seu escritório onde sentei e fiquei esperando que começasse a falar. 

– Rose, o que vou falar não pode sair daqui. 

– Não tenho costume de sair falando os assuntos que não me pertence. – Fui franca.

– Já tem alguns anos que venho desconfiando de Sofia sobre seu comportamento referente a Vladimir e Desya. Vladimir foi soldado do meu pai e foi ele que me treinou. Sofia nunca conseguiu engravidar, pelo menos meu pai disse que após ela perder um bebê não conseguia mais. Eu tinha seis anos quando fui adotado. Sofia tinha trinta anos na época em que Vladimir apareceu com Desya nos braços ainda bebê. Falou que a mulher o abandonou com a menina e como sua protegida ela a criou. Só que investiguei e fiquei sabendo que antes disso que Sofia ficou doente, e o médico aconselhou que ela fosse para um local mais quente. Ela ficou na Austrália um ano. E coincidiu com o ano que Desya nasceu. 

Recomeçar é Preciso.Where stories live. Discover now