Capítulo 4.

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Rose.

Quando cheguei em casa fui tomar um banho e coloquei a camisola para dormir mas rolei na cama a noite toda, meus pensamentos só iam de encontro a imagem daquele homem. Levantei duas vezes para tomar banho, pois meu corpo estava febril. Só consegui dormir um pouco, quando o dia estava amanhecendo.

Mas sonhei com ele e estávamos nos beijando e fazendo amor.

Me acordei quando estava tendo um orgasmo que deixou meu corpo trêmulo.

Respirei fundo e esperei meu corpo se acalmar.

Acho que estou enlouquecendo, isso não pode acontecer, não conheço esse homem.

De maneira nenhuma posso vê-lo novamente.

Não sou acostumada a namorar pessoas que não conheço, na verdade nem estou acostumada a namorar, o último namorado que tive já faz 1 ano e a experiência foi péssima. Namorei um médico que  dizia ser solteiro e na verdade era noivo, ainda bem que não chegamos as vias de fato. Depois disso não quis ficar com mais ninguém.

Estou me guardando para um homem especial, tudo bem que já tenho trinta anos e daí? Não aconteceu e se não acontecer, não vou ficar como essas mulheres que ficam malucas e vão pra cama com qualquer desconhecido se arriscando a ter uma DST. Foi vendo e ouvindo muitas histórias no posto que sempre fiquei em alerta.

Me levantei e fui ao banheiro  fazer minhas necessidades e minha higiene pessoal, aproveitei e tomei um banho deixando que a água fria refrescasse meus pensamentos. Depois tomei meu café. 

A campainha tocou e fui atender, era Maria.

Ela entrou e falei para se sentar. 

__Rose você vai na dona Antônia? 

Assenti e então ela falou que iria também.

Ofereci suco, mas ela não aceitou.

__Mulher, ontem o bicho pegou aqui foi tanto tiro. Fiquei preocupada com você, mas Ciro falou que você estava com eles.

Sabia que iria perguntar.

__Digamos que seu patrão é um pouco insistente e foi atrás de mim na praia.

Ela torceu as mãos e falou.

__ Ciro falou que nunca viu o patrão dele tão interessado em uma mulher. Falei para ele que você não era uma qualquer que vivia namorando uns e outro por aí. Na verdade eu nunca vi você com namorado. 

Respondi com calma para que ela não se chateasse.

–Maria, é que não gosto de falar da minha vida particular, sou discreta você entende isso?

Os olhos dela se encheram de lágrimas.

–Porque está chorando? 

–Eu sou do mundo. Conheço de tudo nessa vida. Mas você é uma mulher fina educada. Vive aqui na comunidade ajuda todo mundo. Então falei para Ciro conversar com nosso chefe para

não confundir você com algumas mulheres daqui. 

__Maria não se menospreze. Você é um ser humano de um coração grandioso e eu adoro você, não fique preocupada, vou saber me defender.

Ela se acalmou, então percebi que eu estava com fome. A convidei para almoçar comigo e ela aceitou.

Almoçamos juntas e depois combinamos que iríamos descansar um pouco, para depois ir ao centro.

Duas horas depois estávamos entrando no centro e a sessão já  tinha começado. Era sessão de caridade com os pretos velhos.

Eu já estava na fila para o passe com vovó Catarina, quando chegou a minha vez ela mandou que eu me sentasse.

Recomeçar é Preciso.Where stories live. Discover now