O apartamento dele é muito próximo ao meu, na mesma avenida na verdade. A decoração típica de homem solteiro, poucos objetos de decoração, cores sóbrias, bem iluminado, funcional. Um charme. Ele corre para cozinha, deixando as sacolas em cima do balcão.

 ―Você, senta nessa cadeira e aceite uma taça de vinho enquanto eu arrumo a mesinha de centro na sala. ― Ele diz, apontando pra mim, e já enchendo a taça. ― Muitos chefs de cozinha renomados, diriam que a culinária japonesa não harmoniza bem com vinhos. ― Faz uma pausa, me olha nos olhos e sorri. ― Eu não concordo. ― Compartilho a mesma opinião. Realmente aprecio uma ou duas taças de um bom vinho. Dou um gole na bebida e aprovo.

― Sauvignon Blanc, boa escolha.

― Fico feliz em lhe agradar. ― A frase é dita com tanta intensidade, com os olhos tão fixos nos meus, que não me resta outra saída a não ser acreditar.

Mostrando bastante desenvoltura ele consegue montar a mesa bem rapidinho: organizada e bonita de um jeito que eu jamais conseguiria. Sentamos no carpete da sala nos apoiando nas dezenas de almofadas que ele espalhou pelo chão.

― Humm, a cara está ótima. Bom trabalho com a mesa. ― Elogio.

― Vamos atacar.

Ele não brincou quando disse que comprara comida para um batalhão, uma porção de sushis completo, sunomo e um trio de temaki. Eu literalmente ataco a comida. Está tão delicioso que não consigo conter o gemido.

―Hummm

―Bom?

― Ahã. ― Ele ri, e de repente me dou conta de que já ingeri a metade da comida. ― Desculpe, normalmente não sou assim tão selvagem a mesa, é que realmente estava faminta, não comi nada o dia inteiro. ― Tento justificar, um pouco envergonhada.

― Você precisa se alimentar corretamente. Eu gosto de você um pouco selvagem e amo mulher que come de verdade. Aqui, você não comeu esse. ― Ele pega um sushi e leva até minha boca, sem tirar os olhos do meu. Separo os lábios para receber o que ele oferece, também tento segurar o olhar, mas não consigo por muito tempo.  Juntando toda coragem que possuo, passo a língua de leve nos dedos dele. Fernando geme.

De repente eu sou içada, e acomodada em seu colo, ele passeia os dedos hábeis pela linha da minha mandíbula, minha respiração acelera, ele me olha como se apreciasse uma obra de arte. A tortura continua quando ele traça meus lábios e a expectativa do beijo me deixa levemente tonta. Fernando se aproxima e toca seus lábios nos meus, devagar como se temesse me machucar, testando, saboreando. Acomodo melhor as pernas ao redor dele, me ergo para aprofundar o beijo, nossas línguas exploram cada centímetro, não é mais um beijo casto e delicado, se torna voraz. Delicioso.

Deslizo as mãos pelo peito dele, sentindo a força, os músculos rígidos, tensionados. Ele também faz sua exploração particular, começando pelo meu quadril, costas, nuca. Fico completamente arrepiada. A necessidade de oxigênio nos obriga a quebrar o encanto.  Fernando me aproxima um pouco mais, meus seios agora espremidos no seu tórax, sem perder nem mais um segundo ele ataca meu pescoço, minha orelha, alternando entre beijos e mordidas leves. É possível sentir oquanto ele também está excitado. Tento retribuir a altura, beijando o pescoço dele, inalo profundamente e o perfume me invade almiscarado, fresco, limpo, delicioso.

Um Encontro Fatal (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now