– Porque está trêmula? 

-- Só um pouco nervosa – Sussurrei baixinho. 

Com os papéis assinados, pedi licença para falar com Yanna. 

– Oi Rose, em posso lhe ajudar? 

Nos sentamos e falei as minhas dúvidas. 

– Se é para comprar tudo isso eu não tenho dinheiro – Falei triste. 

– Não precisa disso, Rose. O Boss pode financiar suas compras. 

– Yanna eu não sou dessas. Não consigo. 

– O que é que você não consegue, meu anjo? 

Meu corpo se sobressaltou. Não era a primeira vez que ele fazia isso.

– Que mania de chegar silencioso Aly! – Falei com rispidez. 

Levei minha mão ao peito. E comecei a soprar. Odiava que me dessem susto. 

Yanna me deu um copo d'água e bebi. Sentia meu coração bater na boca. 

– Tá vendo né Boss? Você terá que mudar de hábito – Yanna falou em ironica. 

– Eu não faço de propósito, meu anjo. É o costume de pisar leve. Fui treinado para andar assim. – Respondeu. 

– Pois aprende a pisar mais forte quando estiver se aproximando de mim. Assim vou morrer do coração. – Disse. 

– Estou indo ao shopping comprar roupas. Ciro me deu o cartão dele. Vou comprar tudo que preciso. 

– Então vá na frente. Depois eu vou. 

Ela saiu toda serelepe. 

Vi quando Yanna olhou para Aleksey. 

– Você precisa comprar roupas para viagem, Rose. Quero que você viaje com tudo que precisa. – Falou ele sério. 

Fiquei calada. 

–Yanna será que você pode auxiliar Rose? 

–Claro chefe. Vou me trocar. 

Olhei para ele e senti sua mão nos meus cabelos. 

Quase me derreti com os carinhos. O sentimento que crescia entre nós dois era tão forte, que às vezes me assombrava.

– Rose, eu sei que você não tem condições de gastar com roupas e essas coisas de mulher. Mas eu quero que você não se sinta mal por eu te dar o que você precisa. Não sinta que estou lhe comprando. Quero apenas lhe presenteá-la. Compreende o que estou falando? 

Assenti. 

****

Chegamos no Barra Shopping e começamos a entrar e sair de lojas. Em cada uma saiamos com sacolas. Quando já tínhamos terminado. Fomos à praça de alimentação fazer um lanche. Quando pensei que tivéssemos terminado, ela entrou em uma joalheria. Fiquei sem graça quando ela começou a ver conjuntos de gargantilha com brincos combinando, pulseiras e anéis. Já tinha perdido a conta do quanto se tinha gastado. 

Me senti envergonhada, mas Yanna sorriu para mim e disse que o dinheiro que foi gasto não fazia nem cócegas na conta de Aleksey. Foi neste momento que tomei consciência de quanto ele era rico. 

Voltamos para casa carregada de sacolas e Yanna falou que eu não me preocupasse, pois iria organizar tudo. Nunca tive ninguém para fazer nada para mim, mas se ela disse que faria e não queria discussões.

Aly e eu fomos na minha casa e depois passamos rápido na casa da dona Antônia, para falar que iríamos viajar no dia seguinte. Deixei a chave do meu apartamento com ela, para que pegasse os mantimentos. Deixei também meu cartão e senha. Minhas contas eram todas debitadas do meu pagamento, mas o que sobrasse ela poderia pegar, pois como esse mês estaria fora, não iria precisar. Aly ao meu lado entregou o restante do pagamento da obra e para minha surpresa lhe entregou um celular com linha uma segura, para eu me comunicar com ela. 

Recomeçar é Preciso.Where stories live. Discover now