- 120 mil dólares. - Gregory? Quê?

- 130 mil dólares. - o Pedro oferece.

- 150 mil dólares. - o avó dos pestinhas oferece.

- 155 mil dólares. - alguém atrás diz.

- 160 mil dólares. - o Gregory diz.

- 165 mil dólares. - o chefinho oferece.

- 170 mil dólares. - o Gregory diz, e toda sala, tal como eu percebeu a tensão aqui.

- 190 mil dólares. - QUÊ!? O chefinho diz e querido?

- 190 mil dólares. - o cerimonialista atiça, mas a cara de frustração do Gregory parecia que não ofereceria mais, a cara de satisfação do chefinho, é memorável.

- Vendida, para o Senhor Liam Blande. - o cerimonialista diz e batem às palmas.

Vocês se sentem mais pobres ainda, como eu estou me sentindo?

Caralho!

O valor que a gala beneficente conseguiu angariar é estonteante! Nunca na minha vida ouvi valor tão absurdo quanto esse.

Nesse exacto momento estou subindo o elevador para ir assinar um documento, sobre os direitos de autoria da jóia com o Gregory, o Senhor Dain Louis já está lá na sala que devemos ir.

- Eu não sabia que você e o Liam, estavam noivos. - o Gregory comenta do nada.

Eu também não querido!

Dou um sorriso amarelo para ele.

Não vou desmentir para ele, que é para ele procurar outra para ter sentimentos, mas o chefinho que me aguarde.

- Bem, amanhã mandarei o meu motorista para ir te levar a minha casa. - ele diz e o elevador abre.

- Sua casa? - questiono. - Para o quê? - procuro saber.

- Amanhã é domingo Kendell, precisamos rever alguns documentos pendentes, antes de segunda-feira, e em pleno domingo, não há porquê ir a empresa. - ele fala enquanto caminhamos até a porta da sala.

- Tudo bem. - respondo. - À que horas? Como você sabe, eu não posso demorar porque preciso cuidar das minhas crianças. - já deixo claro.

- Eu podia mandar para você, mas nesses documentos você precisará de orientação, não vai demorar. - ele responde após abrir a porta, fazendo sinal para eu entrar.

Já estava ali o senhor Dain Louis, que está feliz tal como os outros dois homens da empresa em sua companhia, revisando alguns documentos.

- Kendell, querida. - ele diz feliz ao me ver. - Segunda-feira, vamos anular seu contrato de estagiária.

QUÊ? PORQUÊ?!

Calma Kendell.

Refaz a questão Kendell, de maneira menos gritante.

- Porquê senhor? Eu fiz algo errado? - questiono, sentindo meu coração palpitar forte de susto.

Sério? Acabou? Deus...

- Não posso manter você como estagiária, quando já tem potencial suficiente para ser a designer executiva do meu próximo projecto. - ele diz e sorri.

Amado!?

HAMN?

Pessoal, eu dormi do nada e estou sonhando não é?

- Sério? - questiono mais do que animada.

Vocês ouviram o que eu ouvi, certo?

Hamn!?

- Sério, isso claro, se você quiser. - ele ainda pergunta se eu quero.

- Claro que quero! - respondo animada e eles riem.

- Menos mal! - ele responde rindo.

Não consigo conter a minha felicidade, que estou rindo à toa.

Assinei o documento. E amados, eu acho que já posso comprar um celular novo, outra vez e continuar com as minhas poupanças.

Nesse exacto momento estou no salão, pois ainda estão servindo os petiscos minusculos.

Não enche barriga, nem nada.

Nota mental: Da próxima que vier à essas galas chiques, empanturrar bem a minha barriga antes de vir.

- Ora, se não é a favelada que se acha capaz de roubar o meu homem e as crianças que eu pari. - essa voz, me viro e encaro a doninha chique, mãe dos pestinhas que veio me incomodar vinda de Nárnia.

- Oh, eu estou comendo, se você ainda não percebeu. Não me incomoda que hoje eu estou de bom humor e com energia de sobra para rebentar a sua cara. - já vou avisando.

Temos muitas contas por acertar.

- Tão baixa! - ela diz me olhando com desdém, com a cara de chique dela.

- Isso é porque ainda não comprei um salto, tão alto quanto o seu. - respondo enquanto pego outro petisco daquelas bandejas que os garçons girassos estão pegando.

- Escuta aqui, eu não estou te achando à menor graça. - ela diz, como se eu me importasse com o que ela pensa.

Só me importo com esse vestido maravilhoso que ela está vestindo, o resto não me interessa.

- Eu vou avisar, uma e única vez. - ela diz séria. - Fique longe do Liam, senão... - faço questão de à interromper.

- Senão o quê? - questiono agora, me segurando para não espatifar essa mulher. - Me ameaça outra vez, e você verá quem tinha que avisar quem. - respondo. - Agora sai de perto de mim, não quero arruinar a gala do meu chefe.

Seja Minha.Where stories live. Discover now