Meu namorado é um impostor 2

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O ciano claramente não é o impostor.

Por quê?

Bem, porque ele morreu.

Eu tinha quase certeza que era o ciano e o vermelho. Mas se um morreu o o outro estava comigo não poderia ser nenhum dos dois. Morreu na navegação, comum eu diria.

Até poucos minutos atrás minha língua se enroscava na do vermelho, sequer reparei como ele é sem o capacete, na verdade, não tenho a menor ideia.

Tudo que sei, acho que é suficiente, é que ele beija bem e com vontade. Não lembro de ter beijado ninguém então não tenho como fazer comparações.

- E então, alguma suspeita? - Pergunta amarelo

- Tudo que sabemos é que estava na navegação - Responde laranja.

- Quem encontrou? - Pergunto

- Laranja...

- Eu estava lá com ele, sai por um minuto e quando voltei ele estava morto..... E e nosso filho viu tudo e... - Laranja começa a chorar descontroladamente. Segurando o filho pequeno de laranja que permanecia traumatizado.

O clima é tenso. Sabemos que ao menos uma pessoa daquela mesa é o impostor.

- Então como claramente não é o vermelho nem o azul - Verde escuro pigarreia - nós resta verde claro, eu, preto, roxo, amarelo e lamento informar você Laranja.

Todos parecem um pouco surpresos mas não podíamos desconsiderar a suspeita dele mesmo que fosse o namorado de ciano. Ele ainda é um possível impostor.

O fato de estarmos presos na enfermaria quando tudo aconteceu é reconfortante. Posso confiar em vermelho plenamente.

Como todos estavam separados e ninguém podiam contradizer nem metáforar ninguém voltamos as tasks. Combinei com o vermelho de fazermos juntos.

- Então - estou com medo - você tem alguma suspeita? - pergunto abrindo a fiação dos motores

- Nenhuma e você?

- Você vai falar que eu sou uma péssima pessoa

- Não vou juro.

- Laranja.

- Nosso Azul você é péssimo - Responde vermelho rindo - por que ele?

Não respondo de primeira, termino os fios.

- Se eu gostasse muito de uma pessoa eu não deixaria ela andar por aí com um assassino em série a solta.

- É por isso que você quer minha companhia, você gosta de mim e tem medo de eu ser morto?

SIM

- NÃO, não seja tão convencido assim, eu só não quero morrer mesmo e você é o mais confiável no momento.

- Nada mais?

Me beija seu lixo

- Não, nada mais

- Então o que aconteceu na enfermaria.... Não vai acontecer de novo, nunca mais?

- Isso, nunca mais

Ele tira seu capacete, seus cabelos curtos e vermelhos, seus olhos em chamas. Merda.

Empurro ele contra a parede jogo meu capacete para o lado e ponho um fim no espaço de ar entre nossos lábios. O beijo em português claro.

Seu gosto é de jujubas agora, o que é bom, muito bom. Ele pode até ter gosto de doce mas é bem amargo por fora.

Suas mãos descem em minha cintura e ele me prende contra seu corpo. Conseguia ouvir seu coração palpitando forte mesmo com toda aquela roupa o protegendo, aliás, conseguia ouvir meu coração disparado.

- Vai ficar tudo bem - ele sussurra em meu ouvido. Estremeço - não vou deixar ninguém te machucar.

Mordo os lábios sorrindo.

- Promete?

Nossos olhares se encontram, não parece que ele esteja mentindo.

- Prometo.

O beijo novamente, desta vez sem interrupções.



Não me julguem por favor próximo capítulo tá imenso então esse pequeno é tipo compensação.

Até sexta que vem

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