Jenyfer

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Oi gente, não respondi os comentários do último cap porque sei , mas li cada um e muito obrigada mesmo por tudo que vocês falaram! Me animou demais!

Enfim, capítulozinho menor que os últimos, mas talvez todos comecem a ser menores assim mesmo.

No mais, boa leitura!

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Interior da Bahia. Julho de 2020.

Bianca saiu dali com o coração na mão. Não poderia simplesmente ir embora e deixar Rafaella ali sozinha, se escondendo de um traste, quando ainda tinha um lindo futuro pela frente. Bianca sabia que ela tinha muito potencial para investir em qualquer coisa que desejasse.

O carro seguiu caminho pela rua principal tão conhecida por ela. Assim que passaram em frente ao Paris 6 karaokê pub, Bianca riu sozinha lembrando do beijo repentino de Rafaella na porta do local por puro ciúmes dela simplesmente conversando Guilherme.

Bia amava o fato de que Rafaella, assim como ela, era cheia de mini "Rafaellas" dentro de si. Tinha a Rafa cheia de traumas que se fechava para tudo e todos, tinha a Rafa leve que fazia piadas bobas, tinha a Rafa que rapidamente transformava um beijo carinhoso em um beijo fogoso e a surpreendia na cama, tinha a Rafa que passava horas explicando algum assunto inteligente que Bianca não entendia, mas amava ouvir, tinha a Rafa madura e segura de si, essa era rara. Tinha a Rafa tentando esconder seu ciúme, tinha a Rafa que conseguia se abrir e desabafar, enfim, tinha todas essas "Rafas" que formavam a Rafaella que havia encantado completamente a carioca em tão pouco tempo.

E foi pensando nisso, passando por aqueles lugares que conviveram juntas por esse mês, que decidiu que não iria pôr um ponto e vírgula na história delas naquele momento.

Já em sua casa, a loira voltou para o seu quarto. Assim que abriu a porta visualizou uma caixinha rosa em cima da cama. Não sabia dizer em que momento Bianca havia colocado aquilo ali, mas sabia que havia sido ela.

A mineira fez o pequeno caminho até o colchão, se sentou e abriu a caixinha. Tinha um colar simples com um pingente que era uma pedrinha e um bilhete.

"Sempre descrevi seus olhos como lindas esmeraldas, porque é assim que definimos olhos verdes automaticamente. Mas depois de observar suas órbitas tão pertinho de mim, com muita atenção, por tanto tempo, percebi que os seus são mais profundos que isso.

Quando você acorda eles ficam bem clarinhos. Quando você está na sombra eles puxam um pouco pro caramelo, quando está no sol vão mais pro lado verde. E dependendo das suas emoções eles mudam de cor. Quando você está triste, brava ou com medo, eles ficam escuros como a água verde do laguinho do nosso parque. Quando você está emocionada eles adquirem uma cor verde brilhosa, como as tais esmeraldas mesmo. Quando você está com tesão é uma mistura, adquirem uma cor indescritível. E tem minha cor favorita, que é quando você está feliz, quando estamos nos divertindo, quando você se sente livre, aí eles têm a cor âmbar. É lindo de se ver, eu poderia olhar para eles assim o dia inteiro, todos os dias, pra sempre.

Where Is The Sun?Where stories live. Discover now