Querida Ellie...

Eu estava com medo de admitir a verdade, mas vamos lá:

Eu estava com medo de admitir a verdade...

Durante os quatro dias que Aster ficou na casa do pai de Ellie antes de sua viagem para Iowa, Ellie recebe atualizações de hora em hora de pelo menos um dos três, e ela não sabe dizer de quem fica mais ansiosa para receber as notificações no seu celular.

"Eu fiz seu pai assistir novelas mexicanas, eu sinto muito, mas também não muito porque estou gostando de vê-lo aprender espanhol. Sua primeira palavra foi "mierda". Eu estou me sentindo tão orgulhosa." Aster comenta toda contente.

Paul entra em pânico um dia e escreve: "Ela odeia taco de salsicha! Ela é muito educada para dizer a verdade, mas ela odeia. Eu tenho certeza." Seguido por uma fileira de emoji de vaca ... gato ... porco? E emoji de triste.

"Eu fui dar uma checada, ela estava chorando." Seu pai liga um dia, quase meia-noite, e Ellie meio adormecida fica logo desperta com o solene chinês misturado com inglês básico. "Aster disse que gostaria que eu fosse o pai dela, ele é muito rude com ela." Ela fica quieta depois que agradece, mas ele está longe de terminar. Suas próximas palavras machucam e curam sua alma. "Ellie, somos tudo o que ela tem agora. Eu sei porque você a ama. Ela tem uma alma linda "

Aster, Paul e o Sr Chu formam uma espécie estranha de família. A maneira como todos eles se encaixam é estranha, mas ao mesmo tempo adorável, e Ellie sabe que ela é a peça final desse quebra-cabeça, a peça que mantém o resto deles juntos.

Ellie Chu está quase com inveja por não estar lá junto deles. Quase.

Quatro dias se passam, e é hora de Aster começar sua viagem para Iowa. Ellie fica no telefone com Aster durante quase a noite toda, ouvindo seus medos e apreensões. Ela luta contra a insegurança da outra com palavras de conforto ... encorajamento.

Aster é capaz de enfrentar isso. Ellie sabe que ela é capaz.

No dia em que Aster vai embora, Sr Chu chora. Ele a conhece há pouco tempo, mas ela rapidamente se torna como uma segunda filha para ele. Paul chora também, mas por razões completamente diferentes. Eles fazem pasteizinhos chineses para ela comer durante a viagem, ajudam-na com as malas e Paul dar um abraço em Aster com um pedido de desculpas nos lábios.

"Está tudo bem ..." Aster diz baixinho, talvez não perdoando Paul completamente, mas encontrando seu próprio amor pelo garoto que começou tudo. "Além disso, agora eu sei quem Ela é ..."

Enquanto os dois homens a observam partir, Edwin Chu se vira para Paul e resmunga. "Você não tem permissão para ir embora."

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Domingo à tarde é quando Ellie sabe que Aster deve ter chegado à Universidade de Iowa. Aster tinha enviado mensagens e selfies a cada trecho ao longo do caminho.

As mensagens param por volta das quatro da tarde. Aster deve ter chegado ao seu dormitório. Não querendo incomodá-la enquanto ela deveria estar se mudando e conhecendo os arredores (Ellie se lembra como foi quando se mudou pela primeira vez, havia muitas coisas para arrumar), então, Ellie se mantém ocupada.

Aster enviará uma mensagem, ou talvez até ligue, assim que estiver acomodada no dormitório.

Ellie decide compensar o jantar que tinha cancelado com Casey para se distrair da espera. As amigas decidem ir na lanchonete do dormitório. Hambúrgueres e milkshakes são servidos na mesa em que se sentam e Ellie não consegue deixar de rir do fato de que não apenas Paul, mas também as preferências alimentares do seu amigo a afetaram mais do que ela gostaria de admitir.

Elas estão sentadas frente a frente, distraídas em uma conversa sobre a aula, quando Casey olha para Ellie pensativa. Antes que possa perguntar o que a outra garota está olhando, a loira deixa escapar. "Você gostaria de sair algum dia comigo... em um encontro Ellie?"