Andei até a gatinha e conferi que era mesmo uma gatinha. Ela ainda estava gelada.

-Você secou ela? - Perguntei, sentindo a gatinha tremer de frio e se aconchegando em mim. - Ela está tremendo... 

-Eu enxuguei ela. - Bucky deu de ombros, pegando um guardanapo e enxugando a boquinha cheia de ameixa dela. - Mas achei que você ia conseguir esquentar melhor que eu. 

Realmente. 

Sentei no chão da cozinha e enfiei a gatinha entre minha blusa e eu, me concentrando para esquentar meu corpo, não só as mãos. 

Em pouquíssimos minutos, a gatinha tinha parado de tremer e só ronronava, afofando meus seios e dormindo. 

-Acho que ela gostou de você... - Bucky também tinha sentado no chão e ficou nos observando, sorrindo. - Você tinha um gato, não tinha? 

-O Cookie. - Sorri. - Ele era caramelo e tinha o pelo curtinho... Deve ter morrido, já. 

-E óbvio que sim, Amberly. Qual gato você conhece com mais de cem anos?! 

Revirei os olhos e me concentrei só na gatinha. Não devia ter mais que três meses. Encarei Bucky. 

-A gente pode ficar com ela? 

-Achei que você não ia querer! - Bucky sorriu. - Por causa da Shield e tal... 

-Ah... Mas eu quero! - Comentei, segurando melhor ela. - Olha como ela é fofa! E pequena! E tem cara de quem não faz bagunça... 

-Ela estava comendo as ameixas! - Bucky riu, com as sombrancelhas erguidas. 

Encarei ele, negando com a cabeça. 

-Deixa de ser egoísta, James! Meia ameixa já vai deixar ela redondinha! 

Bucky deu uma risada alta e concordou com a cabeça. 

-Então... Como ela vai se chamar? 

-Que tal Ameixa? - Perguntei. - Pelo visto, ela gosta... 

Bucky concordou. Ficamos conversando sobre a gatinha durante um bom tempo, até Bucky decidir que era melhor ela ir dormir e improvisou uma caminha com uma caixa de papelão e algumas blusas. 

Ameixa não reclamou, só se embolou nos paninhos e continuou dormindo de barriga para cima. 

Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Natasha e uma para o Sam, enquanto Bucky sentava entre as minhas pernas e eu abraçava ele. 

"O Bucky acabou de descobrir que virou pai". 

Bucky começou a rir, e me encarou. 

-Eu não creio nisso, Amber... Sério? 

-Shhh! - Reclamei. - Deixa eles infartarem. 

Cinco minutos depois, meu telefone se encheu de mensagens desesperadas e confusas e só pararam, quando levantei e tirei uma fota da gata. 


Os xingamentos vieram logo depois. 

Desliguei o telefone em seguida, rindo. Bucky parou de rir e ficou me observando, sentado na minha frente, enquanto minhas pernas, circundavam o quadril dele. 

Adore You.Onde histórias criam vida. Descubra agora