Seja Minha.

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Chega a aquecer o coração.

Eles falam e falam.

- A apresentação da Kelly é daqui à pouco. - digo. - Façam o que têm de fazer rápido, para não perderem nada. - eu digo e eles assentem.

- Ok, até já. - eles respondem e vão em direcção aos balneários.

Nem espero e começo a andar, escuto o riso do chefinho atrás, e nem ligo.

Idiota!

- Kendell! - ouço a voz da minha pestinha assim que espreito a sala agitada. Ela faz sinal para entrar, e entramos.

O chefinho ficou preso enquanto andava pelas Alicias.

- Você está tão linda! - digo abraçando a minha pestinha, a olhando pelo espelho que estava a sua frente.

Parecia aquelas bonecas que ela assiste. A maquiagem brilhante, o fatinho, o penteado.

- Obrigada! - ela diz feliz.

- Minha filha é uma princesa. - o chefinho diz ao se aproximar, e beija a testa da pestinha assim que eu me afasto.

Ela sorri e beija o pai na bochecha.

- O Hugo e o Heitor marcaram quanto golos? - ela pergunta.

- Marcaram dois. - eu respondo e ela grita feliz.

- Meninas, vamos a sala de ballet aquecer. - uma senhora com sotaque diferente diz.

- Tenho de ir. Até daqui à pouco. - ela diz, dando outro beijo no chefinho e outro em mim. Saindo puxada pelas amiguinhas.

Antes de sair observo os brilhantes no frasco que são os mesmos que ela usa na maquilhagem.

Tenho de comprar um kit para mim.

Observo a senhora que tinha falado sorrir e sair, como eu a seguia, para sair em seguida.

Sinto o calor do chefinho atrás de mim assim que vejo sua mão fechar a porta.

- O que você está fazendo? - questiono me virando, tentando me distanciar um pouco dele.

Impossível porque ele me encurralou entre ele e a porta.

Respira, respira fundo.

- Agora? - ele questiona retoricamente me encarando, com o olhar de predador que ele tem. - Estou te observando. - ele diz e sua outra mão, retira uma madeixa de frente do meu rosto, me acariciando de leve.

E quase fecho meus olhos.

Acorda Kendell!

- O que você quer? - minha voz não sai tão firme quanto eu queria.

Sua mão desce ao fundo da minha nuca e aperta de uma forma gostosa.

Caralho!

- Eu quero você. - sua voz de trovões ressoa no meu ouvido e os arrepios não me pouparam.

Sua boca quente e suave roçou a minha levemente e até aí eu já estava domada. Em seguida sua boca tomou a minha em um beijo suave, mas cheio de desejo.

Minhas mãos foram ao seu cabelo preso, e as dele desceram a minha cintura me puxando mais para o seu corpo, me fazendo sentir todos os seus músculos colados à mim.

Suas mãos descem acariciando a minha bunda.

Escuto seu celular tocar.

Você é uma avariada Kendell.

Rapidamente me desvencilho dele.

- Nunca mais encoste em mim. - digo e me viro abrindo a porta.

O ouço suspirar, e o toque de seu celular parar, em seguida eu o escuto falar e passos atrás de mim.

Fomos encaminhados até uma sala, que parecia ser de teatro. Era parecida com as salas da televisão.

Alguns pais já estavam sentados.

- Qual o seu nome senhorita? - a mulher parada na entrada questiona.

- Kendell. - respondo e ela olha para o ipad em sua mão.

- Hamn sim, os pais da menina Blande. - hamn?

- Por aqui. - ela diz e vai na frente para mostrar os lugares.

Ela indicou os lugares logo ali na frente.

Eu me sentei observando toda a chiqueza, e a decoração é muito linda.

O chefinho ficou um tempo ainda de pé falando ao celular.

- Kendell! - ouço as vozes dos meus gostosos ao se aproximarem de mim.

- Humn, estão cheirosos. - digo quando eles se param em frente de mim, já vestidos com as roupas que tinham levado.

- A gente é. - os pestinhas respondem. - Nós vamos assistar ali, com os nossos colegas. - o Heitor diz apontando para o outro lado na fileira de cadeiras aonde tinham outras crianças.

- Tudo bem. - respondo. Eles se aproximam do chefinho e fazem um sinal antes de irem.

O chefinho se sentou, mas continuava falando ao celular e dava para perceber que era sobre trabalho.

Ser rico anima, mas a parte ruim é ter de trabalhar.

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