Um papel e uma caneta, por favor!

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Olá, esta historia é totalmente e amorosamente dedicada a minha soulmate, espero que gostem de minhas humildes palavras e que me perdoem por qual quer erro ortográfico, fiquem com o capitulo.

musica recomendada: I went to far by Aurora.

"Não sabia onde procurar, e assim perdeu tudo que era importante."

- Sherlock Holmes.

XIX • 1892

Atravessou depressa o pequeno salão do restaurante, um garoto de bochechas avantajadas que aparentava ter uns vinte e cinco anos de idade. Ofegante, o garoto chegou até o dono do restaurante que secava os copos com calma até a chegada do mais jovem, o italiano sorriu amigável reconhecendo a face rubra e cansada a sua frente.

Oh Jiminie, ragazzo mio! Jeon è nei suoi alloggi, lassù.— apontou para as escadas ao lado do balcão da recepção.

O garoto suspirou e fechou os olhos, só de imaginar que teria que subir um lance de escadas para chegar até onde o amigo estava, um resmungo foi solto e o velho barrigudo riu das expressões do jovem.

Grazie Enrico...

Não que fosse sedentário, era apenas cansaço, antes de chegar ao restaurante do senhor Enrico, ele teve que descer as enormes escadas da companhia de entrega, correr quase dois quilômetros apenas para entregar uma carta que foi renegada por vários antes de ser designada ao coreano, isso definitivamente cansava e neste momento tudo que o pequeno bochechudo queria era se sentar e tomar litros de água. Subiu as escadas devagar e desmotivado, as pernas latejando, mas conseguiu chegar até a porta do amigo de pé, três batidas fracas foram desferidas contra a porta.

?— a voz abafada do melhor amigo soou atrás da madeira.

— Sou...eu.— A porta foi aberta por uma figura não muito alta, os cabelos negros estavam presos em uma fita vermelha fazendo-o ficar com uma aparência adorável, em seguida uma risada gostosa se instalou no local.— Pare de rir... e me dê um pouco... de água.

Ofegou entrando no pequeno cômodo se jogando no sofá, já havia ido tantas vezes na casa do amigo, que já considerava de lei se jogar no pequeno sofá de dois lugares, o moreno foi até a cozinha que dividia o cômodo com a sala. Pegou um copo e despejou água gelada no mesmo, naquele momento o loiro só queria recuperar as energias para poder contar as notícias catastróficas em forma de carta que segurava em seus dedos gelados, para quem lesse de primeira iria pensar que estou exagerando, era apenas uma simples carta de convocação de trabalho em domicílio, mas se soubessem do histórico que o lugar destinado tem, pensariam duas vezes antes de abrir aquela pequena carta, igual as outras pessoas por qual a carta passou, todos recusaram o pedido de um nobre, sim, um nobre, que ofereceu uma quantia boa para quem escrevesse apenas sete cartas. O problema não eram as cartas mas a localização da imensa casa onde o nobre mora, ela ficava no fim da linha férrea, acima da pequena serra onde começam os vales encantados e os imensos hectares assombrados da família Kim. A mesma família que caiu em uma maldição milenar.

 — Trago notícias, você quer ouvir a boa ou a ruim? Se bem que as duas são ruins.— Suspirou tomando em um só gole o copo de água.

— Veja pelo lado bom, notícias ruins não duram para sempre, apesar dos dias nublados...o sol continua brilhando a nosso favor.— Recitou uma das famosas frases de Enrico, ainda sorrindo se sentou na poltrona velha que ficava em frente ao sofá.

— Nem as frases daquele velho iram lhe ajudar dessa vez Jeon, vou começar com a boa!— ditou convicto.— Primeiramente, você foi convocado para um trabalho em domicílio, aparentemente ele não pode sair de casa, acredita que foi um pássaro que trouxe a carta!?—arregalou os olhos com se aquilo fosse algo raríssimo, apenas não acontecia com muita frequência.— Era um gavião-real! Eu estava conversando o Monnie na cobertura quando um bicho enorme desceu do céu e pousou no parapeito, foi incrível, ele desceu e boom! Abriu as asas enormes e e- — gesticulou animado, Jungkook achava uma graça quando o bochechudo falava daquele jeito todo feliz, os olhinhos dele se arregalavam, parecia uma criança.— Você está  me olhando com aquela cara de novo.

Asas de Tinta    kth•jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora