𝑯𝑶𝑼𝑽𝑬 𝑼𝑴 𝑻𝑬𝑴𝑷𝑶 onde Vigilantes mascarados eram ovacionados pela população Americana. Considerados
os heróis grande heróis de uma igualmente grande nação. Eram tratados como veteranos de guerra, já faziam o trabalho que a polícia não fazi...
Ele não disse nada, apenas pousou sua mão em meu ombro e me guiou até uma loja no final da rua. Haviam ternos de todos os tipos, smokings também, isso me chamou muito a atenção. Sem dúvidas eu me sentiria mais confortável em um smoking do que em um vestido apertado.
- Gostei da sua linha de raciocínio. Eu digo sorrindo enquanto caminho em direção aos modelos expostos.
- Eu imaginei que esse fosse mais o seu jeitinho. Falou.
- Então, vai me ajudar a escolher um? Questionei erguendo uma sobrancelha em sua direção.
- Como você quiser, madame.
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Evan me deixou de frente ao meu prédio. Nos despedimos e eu o observei ir embora com seu carro. Eu ainda estava travando uma batalha interna enquanto decidia se sairia esta noite ou não, se o melhor a fazer talvez fosse ficar em casa por hoje e esperar a poeira baixar. No entanto, me ocorreu que provavelmente isso não vai acontecer. Outra pessoa será morta esta noite e meu nome vai estar estampado na primeira página de todos os jornais de amanhã.
Subi até meu apartamento e guardei a roupa cuidadosamente no armário. Depois fui ao banheiro e passei alguns instantes observando meu reflexo no espelho.
O que eles fariam no meu lugar?
Obviamente meu pai nunca se importou com o que pensassem dele. Ele matava. Matava quem quisesse, quem o atrapalhasse, mas ninguém ligava porque ele tinha as famosas costas quentes. O Comediante tinha carta branca do governo para fazer o que seu coração deturpado desejasse. Acontece que as coisas não são mais assim, os tempos mudaram.
E minha mãe? O que a primeira Carnificina faria? Eu nunca ouvi diretamente da boca dela o motivo de ter escolhido esse nome. Tudo o que Dan me contou fora que ela escolheu esse nome por soar cruel e colocar medo nos bandidos. Uma mulher que se fantasiava com uma saia curta e um espartilho nos anos 60 e saía pelas ruas combatendo o crime e batendo em vagabundos precisava pelo menos de um nome que soasse ameaçador. Mas a pergunta é: O que ela faria se fosse acusada de algo que não fez?
Retaliação não me parece a solução, não para a mulher que conheci.
Com toda certeza isso é mais uma prática de Rorschach. Sim. Sem dúvida alguma ele optaria pela retaliação, já que foi essa sua escolha durante toda a vida. A sociedade lhe arremessava algo e ele correspondia com retaliação. Foi exatamente isso o que ele tentou me ensinar.
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Flashback;
- O que está fazendo aqui outra vez?
O homem cujo o rosto eu não era capaz de ver devido ao tecido grosso e as manchas de tinta me questionou ao me ver sentada do outro lado da rua onde ficava o prédio em que Blake vivia.
— Estão todos procurando por você.
— Eu precisava ficar sozinha.
Digo em voz baixa. Após a conversa com Daniel, eu retornei ao quarto, mas dormir me parecia uma tarefa impossível e torturante demais para ser cumprida. Então, fugi pela janela do quarto e agora estou aqui.
- Não vou dizer que está errada - Afirmou com voz rouca.
Eu fitei o prédio e então me voltei para Rorschach.
- Ele era realmente assim tão horrível? Perguntei. Eu sei que Dan quis aliviar quando me falou sobre meu pai, mas eu preciso saber a verdade sobre Blake.
- O Comediante era um merda - Afirmou, eu engoli as palavras a seco. – E se quer saber minha opinião... ele era o que a sociedade queria dele. Eles precisavam de alguém como Blake. Alguém que olhava para tudo isso e ria.
- Ele era louco. Resmunguei.
- Quem não é?
Eu encarei meus sapatos e fiquei em silêncio.
- Eu preciso de ajuda...- Comecei tímida.- Quero acabar com o desgraçado que matou minha mãe.
- Por que não pede ao Coruja? Perguntou.
- Ele não parece ser do tipo que...
- Que mata - Rorschach completou quando eu me calei. A palavra "matar" parece pesada demais para sair da minha boca.
- Exato - Eu umideci um pouco meus lábios antes de continuar.- Eu quero que você me ajude.
- Quem matou sua mãe está perseguindo vigilantes, e eu sou um vigilante. Isso significa que a briga está muito além de você, garota - Disse rouco. Eu baixei a cabeça novamente.- Mas se você realmente quer... eu posso ensinar a você como se proteger desse mundo.
- Me proteger?
- Você vai precisar saber bater de volta quando a vida acertar você de jeito - Disse.- É assim que se sobrevive nesse mundo podre.
Eu não conhecia a história de Rorschach, não sabia o que tinha acontecido com ele para torna-lo desse jeito, mas lembrando do que aconteceu comigo e sempre que a imagem daquela faca no peito da minha mãe, de todo o sangue no chão de ladrilhos brancos da cozinha, volta a minha mente... é ai que consigo entender algumas das razões para ele ser assim.
- Quando começamos? Perguntei.
- Vem comigo - Disse e então começou a se afastar. Rapidamente me levantei e comecei a segui-lo.
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