Sewer

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       Ao entrar, haviam poucas pessoas para o horário. O dono, Luther, atrás do balcão, um homem sentado em um dos cantos extremos e o familiar Redguard sentado com uma caneca de frente para o estalageiro. Estava sem a armadura dessa vez, usando uma calça marrom e uma camisa esverdeada com as mangas dobradas.

       Elize sentou-se numa banqueta ao lado de Baurus, que sussurrou quase inaudivelmente.

       — Levantar...canto...seguir...atrás dele.

       A nórdica acenou discretamente e olhou para o homem no canto apenas com o canto de sua visão. Baurus se levantou, indo para o porão, e em alguns segundos, o homem o seguiu. A mulher levantou-se, com a mão no cabo da espada e seguiu os dois com certa distância. Assim que desceu o primeiro lance de escadas, viu o homem puxar uma adaga e se jogar contra o Redguard. Puxou sua própria lâmina, correndo até os dois e enfiando a arma na parte de baixo das costas do agressor, que logo caiu sem vida no piso. Elize bateu a mão nos bolsos do cadáver, alcançando algumas moedas e um livro de capa vermelha que ela girou nas mãos.

       — Bom trabalho. Fico feliz em te ver, aliás. Você só me pegou em uma hora ruim. — Baurus sorriu, apertando a mão da mulher, que retribuiu alegremente. Era bom rever um rosto conhecido e particularmente amigável em meio ao caos que sua vida tinha virado.

       — Então, o que aprendemos? — O tom de Elize se tornou mais sério, e o rapaz respirou fundo.

       — Os assassinos do imperador são de um culto daédrico chamado Aurora Mítica. — A loira assentiu. Era um de seus palpites, mas por quê? — Eles veneram o lorde daedra Mehrunes Dagon, o lorde da destruição. Eu estava seguindo alguns agentes, e eles perceberam.

       — Eu encontrei o herdeiro dos Septim. Ele está seguro no Templo do Soberano das Nuvens. O nome é Martin. — Elize despejou, vendo um sorriso voltar ao homem a sua frente.

       — Graças aos deuses! Vamos colocá-lo no trono! É meu dever como um blade.

       — Mas.... — Resmungou com a voz baixa. — Perdemos o amuleto.

       — Ah, merda. Pegaram-no de Jauffre? Isso é ruim. — Baurus suspirou. — Mas agora, vamos descobrir sobre esse culto. Há uma argoniana na Universidade Arcana, de nome Tar-meena. Ela é perita em cultos daedras, e talvez possa nos ajudar. — Elize assentiu, enfiando o livro que encontrou em sua mochila. — Pode ser nossa única chance agora. Fale com ela enquanto eu limpo tudo isso. Nos encontramos aqui mais tarde. — A nórdica assentiu, guardando a espada e subindo as escadas.

       Elize atravessou alguns jardins até chegar ao prédio da Universidade, o Colégio que todo mago sonhava em ir em Cyrodill. Elize já o conhecia bem por fazer parte da Guilda dos Magos. Conhecia a mulher que buscava apenas de vista, mas não seria muito difícil encontrá-la.

       Tar-meena era uma mulher bastante gentil, pronta para ajudar.

       — O livro é Comentários sobre o Mysterium Xarxes, escrito por Mankar Camoran, o criador e mestre do culto da Aurora Mítica. Este é o primeiro volume de quatro existentes. Temos o segundo na biblioteca da Universidade, mas nunca vi o terceiro e o quarto volume.

       — Eu preciso achá-los, senhora. Sua localização, o mais rápido possível. Posso pagar bem. — A nórdica suspirou, vendo a mulher de pele escamada franzir a testa.

       — Assuntos oficiais, não é? Eu vou tentar decodificar isso para você, mas precisa me conseguir os últimos volumes. Acredito que com todos os livros, posso estimar uma localização. A doação das escrituras para a Universidade já seria pagamento suficiente. — As magas acenaram uma para a outra.

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⏰ Last updated: Sep 09, 2020 ⏰

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The Emperror and the WolfheartWhere stories live. Discover now