Cinquenta y nueve

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* Flashback on *

~E que cor vai ser?

__Rosa.

~Não,rosa e muito sexiscista.

__E desde quando você liga para isso?

~Eu não ligo,só que rosa e muito clichê Helena,não rola.

__Chata.-Eu reviro os olhos.

~ChAtA.-Zulema me imita com a voz irritante.

Eu apenas a olho sem paciência e logo ela para de falar.

~E que tal amarelo?Mais neutro.

__Não,amarelo não vai ficar bom.Parece aqueles casais que não querem saber o sexo do bebê.

__E verde?

~É,verde é uma boa cor.

-Por que vocês estão olhando para a parede?-Teo chega no quarto parecendo um pouco confuso.

__Estamos tentado pensar em uma cor amor.

- Eu quero roxo.

~O que?

__O que?-Zulema e eu falando em uníssono.

-Roxo.

Zulema e eu nos olhamos sem precisar falar mais nada.

Após comprar a tinta deixamos Teo na casa de meus pais enquanto Zulema e eu pintavamos o quarto.O cheiro era muito forte para um garoto tão pequeno.

E após muito,muito trabalho acabamos de pintar e já aproveitamos para colocar prateleiras e o berço.

Zulema odiava ir na rua comprar coisas para o bebê comigo pois eu queria comprar absolutamente tudo.

E talvez tínhamos estourado o limite do cartão.

Mas enfim,o quarto estava decorado e pronto para receber Lana.

* Flashback off *

Após trocar o pijama de Lana descemos as escadas de encontro com Zulema e Teo sentados no sofá.

__O que vamos assistir?- Eu me jogo no sofá.

- Desenho!-A garotinha pulava no sofá.

- Não,a gente já viu desenho ontem acho que devíamos ver um de terror.

~ Eu concordo com Teo.

__Eu prefiro uma comédia.

O jeito que Zulema e Teo eram parecidos me fazia rir.

Agora Teo e Lana discordavam em absolutamente tudo.

Mas é de se compreender até porque são idades distintas.

__Quer saber,nada de tv hoje.-Assim que termino minha frase ouço todos reclamando em uníssono.

__Vamos tomar um sorvete.-E na mesma medida que resmungaram eles começaram a comemorar.

[...]

Zulema estava com a boca toda suja de sorvete,parecia uma criança.

E eu claro,ria da situação enquanto ela me olhava sem entender nada.

Isso me lembrou o dia do natal.

Todos foram lá para casa comemorar.Raquel e Alicia que agora estavam com o namoro firme,como Saray que permanecia solteira e não fugia de uma festa.

Meu pai também foi,minha mãe continuou em casa pois mesmo depois de todos esses anos,ela prefiriu continuar distanciada.

Uma amiga próxima de Zulema também foi,seu nome era Altagracia e as duas pareciam bem íntimas.

Eu não sentia ciúmes,até porque já passamos dessa fase.Eu confio em Zulema de olhos fechados e sei o quanto ela me ama.Se não,não teríamos uma família juntas né?

Todos aproveitando a ceia,Dios naquele dia eu comi tanto que até passei mal a noite.

Desde então peguei um leve trauma por perus de Natal.

Enquanto as crianças ficavam naquela absurda ansiedade por seus presentes,Zulema saboreava a comida e quando eu pude notar sua boca estava toda suja de frango.

E enquanto todos riamos da sua situação ela olha confusa sem entender o motivo da piada.

Eu pego guardanapo e limpo a boca toda melada de sorvete de Zulema.

Foi uma manhã divertida.Olhar todos nós juntos me trazia paz.Eu os amava demais,de um jeito que eu nem sabia que era possível.

Percebi que o ano mais confuso da minha vida,foi o que fez o resto dela tão perfeita.

Aqueles dias em que eu não passava de uma adolescente confusa que chorava em meu quarto com medo do mundo,valeram a pena porque eles me fizeram tão forte ao ponto de estar com a mulher que eu mais amo em todo o mundo,e saber reconhecer isso.

Zulema e eu ainda enfretavamos preconceito de acordo com nossa idade mesmo em outra cidade ou sermos do mesmo sexo.

Mas sinceramente...Foda-se.Eu não me importava se eu estivesse ao lado dela.

[...]

Após voltarmos para casa,colocamos um desenho na tv para distrair Lana enquanto eu arrumava o Teo para ir na casa do pai que vinha buscá-lo frequentemente nos finais de semana.

Eu não era a pessoa que mais gostava de German no mundo assim como ele de mim.

Mas eu tinha consciência do pai incrível que ele era para Teo o que me deixava extremante grata.

[...]

Após Teo ir para a casa do pai,eu,Zulema e Lana ficamos horas sentadas no sofá assistindo um desenho qualquer dando gargalhadas.

Dios eu era a pessoa mais feliz do mundo.

Just a Teacher (revisão)Where stories live. Discover now