- Ah sim, o senhor Loan te pedirá em casamento. - a Sara diz meio irônica e ela cora.

Essas mulheres da cidade me matam.

Após me sentir satisfeita, recolhi as minhas pestinhas em direção ao carro do Téo, que estava do lado de fora do carro conversando com o Émerson, o motorista que me leva para a faculdade e às meninas. O carro do chefinho também já estava ali, talvez tenha um trabalho mais cedo.

- Um bom dia lá no colégio. - digo, enquanto eles entram no carro.

- E para você também, na faculdade. - eles dizem.

- Obrigada! - digo enquanto fecho à porta. - Bom dia, Téo! - o saúdo.

- Bom dia, Kendell! Como você se sente? - ele questiona com o jeito típico dele, bem humorado e atencioso.

- Muito bem, obrigada! - digo e ele assente.

- Não... - ele para de falar ao mesmo tempo que a sua feição fica mais retraída, olhando para um ponto específico por cima do meu ombro.

Diria melhor alguém, pois passos e cheiro característico começaram à fazer-se presentes.

Poxa, eu estou tentando começar essa manhã lúcida e bem longe desse senhor pecado.

- Algum problema? - ouço a voz de sete trovões bem atrás de mim, e meu corpo automaticamente ceder a uma descarga elétrica.

Instintivamente me virei e me arrependi no mesmo instante que vi a imagem mais pecaminosa que já tinha visto.

Poxa, como alguém pode acordar tão gostosamente perfeito.

Deve ser o efeito colateral da ricaria.

- Não senhor. - ouço a voz do Téo que me chama para a lucidez.

- No horario de expediente, eu espero que os meus funcionários cumpram com as suas funções. - ele diz tão firme e tão autoritário que até me senti mal pelo Téo.

Sem mencionar o olhar que ele lança toda vez que vê o Téo.

Coitado do Teozão.

- Lamento, não voltará a acontecer. - respondo e ele me lança um olhar, como se me mandasse calar apenas com o olhar.

- Leve os meus filhos ao colégio. - ele diz e o Téo apenas assente entrando no carro.

Eu é que não vou ficar aqui jogando conversa com ele.

- Com licença. - eu digo me virando em direção ao carro, mas sou puxada de volta por sua mão.

- Você vai comigo. - ele diz com a voz firme e mantinha sua mão que me causa arrepios em meu braço.

- Não, não vou. - digo e ele me olha directamente nos olhos, seu olhar é tão penetrante.

- Vamos. - ele diz e sai me puxando em direcção ao seu carro à contragosto, abre a porta do passageiro e praticamente me lança para dentro dele, trancando a porta logo em seguida.

Em seguida ele entra no carro.

- Eu não quero ir com você. - digo assim que ele coloca a chave na ignição.

- Coloque o cinto. - ele diz me ignorando  e dando partida ao carro.

- Você não ouviu, eu não quero ir a porra nenhuma com você. - digo e ele continua me ignorando, me fazendo soltar um enorme suspiro de frustração e por causa do tin tin que o carro fazia, coloquei o cinto.

E me limitei a olhar pela janela.

- O que falava com o Téo? - ele questiona do nada, e eu nem faço questão de o encarar.

Seja Minha.Where stories live. Discover now