26_ Festa em Ipanema, meu amor.

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O aperto no peito que eu senti assim que ouvi as palavras de Noah me fizeram parar de sorrir.

Lembrar que um dia eu teria que sair de Malibu e ficar longe do Noah me chateou. Porém, isso só me deu mais certeza de que eu realmente gostava dele e que também estava me apaixonando.

- Não precisava me lembrar disso. - Forcei um sorriso e ele me abraçou de lado.

- Não pensa nisso. Não sabemos o que o futuro reserva pra nós. - Noah falou calmamente com um sorriso. Calmo até demais.

Nós dois entramos em sua casa e a primeira coisa que senti foi o cheiro maravilhoso de comida. Eu logo voltei a sorrir.

Como eu disse: comida me deixa feliz.

O cheiro estava muito bom, eu nem parei pra perceber direito como a casa do Noah era.

Eu voltei a mim quando vi a tal piscina na sala do Noah. Ele ainda não havia tirado. Eu acabei começando a rir imaginando o seu pai caindo sobre ela.

- Noah? Você já tirou a pisci... - Seu pai apareceu na sala e olhou para nós parando de falar. - Oh, olá Jennie. - Ele estendeu a mão pra mim e eu a apertei. - Sou pai do Noah.

- Oi. - Sorri para o mesmo. - O Noah fala bastante do senhor.

- Ah, não me chame de senhor. Me chame de Cole. - Ele falou de forma simpática e olhou para a piscina perto da parede. - Noah, tira aquilo dali cara.

- Agora? - Noah o questionou.

- Ao menos seca o chão que eu molhei quando cai com tudo ali dentro. - Ele falou fazendo Noah rir.

Noah concordou e foi na direção de um cômodo. Assim que ele saiu, seu pai se aproximou de mim.

- Não toque no ketchup, ok? - Ele falou com um sorriso meio malvado e eu logo entendi que isso fazia parte da guerra dele com o Noah.

Eu apenas concordei com a cabeça. Não gostava de ketchup mesmo.

Noah voltou a sala com o pano, secou a água que estava sobre o chão perto da piscina e assim que ele acabou nós fomos até a mesa onde comeriamos.

- Então, Jennie. Você estuda? O que gosta de fazer? - Cole perguntou assim que começamos a comer. Era nítido no rosto dele a ansiedade para que Noah, que estava sentado ao meu lado, pegasse o vidro de ketchup sobre a mesa.

- Bem, eu me formei no ensino médio. Graças a Deus. Não aguentava mais minha escola. - Ele sorriu quando eu disse. - Eu não tenho muitos hobbies. Mas acho que surfar, graças ao Noah, está começando a ser um.

- Olha, isso é bom. Eu sou professor de surf. Tenho uma escola, na verdade. - Ele falou e olhou para Noah que havia pagado o vidro.

Eu não sabia o que tinha e nem o que ia acontecer, mas eu realmente fiquei com pena do Noah e quis contar pra ele. Mas eu não queria me meter nessa guerra deles. Talvez sobrasse até pra mim.

Noah despejou um pouco do molho sobre seu prato e logo comeu. Tanto eu quanto Cole olhamos pra ele esperando alguma reação. Eu, na verdade, estava curiosa.

Não deu nem dois segundos e Noah começou a ficar vermelho. Logo depois o mesmo se levantou rapidamente da mesa e seu pai começou a gargalhar.

Cole colocou sobre a mesa um vidro de molho de pimenta cujo a marca era " a ira de Deus ".

Cole gargalhava enquanto Noah colocava a boca embaixo da torneira da pia desesperado.

Pouco tempo depois ele secou o rosto e olhou para seu pai ainda com seu rosto vermelho e deu um sorriso.

Naquele VerãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora