Fevereiro de 2019, 02:45 AM. Cidade do MÉXICO
POV: BARBARA
-Olha pra mim, e me diz que você não quer tanto quanto eu!
Eu falava ao seu ouvido encostando seu corpo na parede daquele apartamento, enquanto ela relutante tentava não se perder em meus braços.
Coloquei minha mão em sua cintura, apertando forte seu quadril, sentindo o calor que exalava entre o encostar de nossas pernas.
Esse desejo já ardia dentro de mim, e era notório o quão ela também queria experimentar o meu sabor.
Coloquei minha mão direita na curva do seu pescoço e aproximei de sua boca mantendo uma distância confiável. Eu não iria beija-lá, queria que ela fizesse isso por mim. Foi quando cheguei a uma distância mínima, sentindo a respiração que saia ofegante de seus pulmões. Uma respiração pesada, cheia de vontade e ao mesmo tempo de dúvida, baixei meu olhar que se mantinha em seus olhos e mirei sua boca vermelha e entreaberta. Senti quando ela estremeceu demonstrando fraqueza, ao sentir meu toque em sua perna, deixando escapar um leve gemido próximo a minha boca.
-Eu quero!
Foram as palavras ouvidas por mim. No mesmo instante, ela se entregou em um beijo intenso, liberando toda vontade escondida ali desde que nos conhecemos. Eu chupei a sua língua e mordi seu lábio, enquanto nossas mãos passeavam no corpo uma da outra, conhecendo cada pedaço de tudo aquilo que ansiava ser tocado.
Interrompi o beijo para me certificar se tudo aquilo era real. Ela permanecia com os olhos fechados, e eu a olhava e tudo que conseguia ver era a mulher mais linda e sexy que alguém poderia ter. Eu a desejava de todas as maneiras, na cama e na vida, e ela sabia todos os efeitos que causava em mim.
Levei minha mão ao seu queixo, levantando de leve para que ela me olhasse. Quando ela abriu os olhos, vi sua pupila dilatada em um tom mais escuro, e um sorriso tímido em seus lábios.
-Você tem certeza?
Ela demorou alguns segundos para responder, e nesse momento, achei que ela tinha se arrependido de tudo que estava acontecendo. Mas ao contrário disso, ela apenas levou as duas mãos a barra lateral da minha blusa, fazendo menção para que eu levantasse os braços, tirando minha blusa em seguida.
Não pensei duas vezes, e fiz o mesmo com ela. Nos olhamos por um instante, admirando cada parte exposta.
Voltamos a nos beijar, mas dessa vez o beijo estava calmo, era como se quiséssemos guardar na mente cada minuto desse dia. Beijava seu pescoço enquanto em uma tentativa falha, tentava tirar seu jeans. Ela com dó da minha frustração por não tá conseguindo fazer aquilo, parou, me deitou na cama, e começou a desabotoar a calça lentamente, ficando apenas com uma pequena calcinha preta e um sutiã de renda na mesma cor.
- Você é linda..
Foi tudo o que consegui dizer. Ela nada dizia, só me torturava com aquele olhar penetrante. E eu não tirava os olhos de suas curvas, não conseguia entender como alguém poderia causar tantos efeitos sobre mim.
Tirei peça por peça que ainda vestia, ficando apenas com roupas íntimas assim como ela.
Ela subiu em cima de mim lentamente colando nossos corpos, e nesse momento senti o encaixe perfeitos de nossos sexos roçarem um no outro. Apertei sua cintura a posicionando no meu colo, quando ela levava as duas mãos no meu cabelo prendendo em um coque alto. Deslizou os dedos levemente pelo meu rosto, levantando meu queixo pra me puxar para um beijo.
Nos beijávamos e nos tocávamos intensamente, aquilo era diferente de tudo que eu já havia vivido, e nenhuma experiência tivera sido melhor. Tiramos as peças que ainda habitavam em nossos corpos, e com o quarto iluminado apenas pela luz da lua que refletia pela janela, via nossos corpos se movimentando em baixo dos lençóis, ouvindo o som que saia de sua boca. Aquele gemido carregado de prazer me fazia sair de mim. Sabia que Macarena Achaga, era tudo que eu queria ter na vida. Gozamos diversas vezes naquela noite, fizemos amor em todos os lugares desse apartamento. E era como se nada precisasse ser dito. Não haviam perguntas, porque não haviam dúvidas, só precisávamos sentir uma a outra, e matar todo aquele desejo escondido a sete chaves. Adormecemos naquela cama juntas, mas acordei sozinha nela. E nesse momento, percebia que nada seria como antes, e que talvez eu teria me apaixonado sozinha.
POV: MACA
Sim, eu me deixei levar pelo desejo, não podia acreditar em tudo que tinha acontecido. Mas será que teria sido só desejo?! A quem eu estava tentando enganar? É claro que não era só desejo! O que aconteceria a partir de agora? E Gassan? Como eu iria agir com ele depois de tirar todas a minhas dúvidas e descobrir que o que sentia por Bárbara não era apenas um simples sentimento de desejo e curiosidade, quando na verdade era muito mais que isso. Eu estaria apaixonada? Não, eu não poderia tá sentindo isso pela minha colega de trabalho! São tantas perguntas sem respostas que sinto que estou prestes a desabar em um surto de ansiedade. Preciso sair daqui, e pensar em tudo com calma.
Olhei ao meu lado e vi como seu cabelo caia em seu rosto enquanto o lençol cobria parte de suas costas nuas, deixando uma boa parte exposta. Senti vontade de toca-lá, acaricia-la. Mas não fiz! Resolvi levantar sem fazer baralho para que ela não me ouvisse sair.
Sei o quão é errado fazer isso com alguém, ainda mais com ela. Mas não conseguia encara-la, não sabia o que dizer. A observava dormir, a boca levemente aberta, não tinha como ser mais linda. Sentia a necessidade de colar meu corpo no dela e dormir a noite toda de conchinha, mas não podia. Eu precisava de um tempo pra entender tudo isso. Foi quando decidi por fim levantar da cama para procurar minhas roupas que se encontravam espalhadas pelo chão. Sai sem olhar pra trás, porque sei que se olhasse não teria coragem de partir.
Cheguei no meu apartamento imaginando como Bárbara teria acordado depois de perceber que eu a deixei sozinha. Me sentia culpada, não sei se um dia ela irá me perdoar por isso.
Coloquei meu celular pra carregar, percebendo que haviam 7 chamadas perdidas de Gassan. Devia estar preocupado, tendo em vista que a última vez que falei com ele, foi pra avisar que estava saindo pra jantar com Bárbara, Tessa, Guada e Fer.
Foi quando decidimos abrir a primeira garrafa de vinho, e no final eu acabar parando no apartamento da Bárbara e acordando completamente sem roupa com ela ao meu lado.
Sai dos meus devaneios quando ouvi o celular tocar mais uma vez. Era Gassan, entrei em desespero novamente sem saber se deveria atender ou não.
Por um impulso não recusei a ligação, e atendi, mesmo sem saber o que responderia sobre o meu sumiço repentino.
**LIGAÇÃO ON**
- Amor, onde estava? Você não avisou nada, eu estava preocupado, até tentei entrar em contato com alguma de suas amigas, mas só quem atendeu foi a Bárbara.
Nesse momento, senti um grande buraco se abrir em meus pés e um frio exorbitante atingir minha barriga e costelas.
- É... Falou com a Bárbara?? E o que ela disse??
- Que não tinha te visto, e que provavelmente estaria em casa
-Sim, é onde eu estou! Desculpa é que bebi mais que uma taça de vinho ontem, e acabei dormindo assim que cheguei.
-Entendo querida, sei que não pode beber muito, e sei como fica quando bebe, inclusive, saudades desses momentos com você
De alguma forma, esse comentário me fez revirar o estômago, é incrível como homem sempre tem que levar tudo pra esse lado. Ri sem jeito, ainda sem saber o que dizer.
-Bom, agora que sei que tá bem, vou trabalhar ok?
Estou ansioso pra te ver amanhã. Beijos
*LIGAÇÃO OFF**
Droga, droga, droga... tinha esquecido desse detalhe. Estava de vôo marcado amanhã para NY, e não sabia como encara-lo, e muito menos como Bárbara se sentiria depois de descobrir que viajei pra ver meu namorado, depois da noite que tivemos. E que noite, jamais havia sentindo tanto prazer em toda minha vida. Eu amava o jeito como ela me tocava, amava ver as reações de seu corpo quando ela me ouvia gemer.
Preciso parar de pensar nela antes que eu enlouqueça!!!
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