Prólogo

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Fim da jornada. A promessa. A esperança.
Conte-me de novo, Ama. Sobre a luz.
Busco em minhas memórias. Um sonho.
Uma história. Uma lembrança indistinta.
Eu era menor do que você, criança.
O limite entre verdade e sobrevivência se fortalece.
A necessidade. A esperança. Minha própria vó contando-me histórias, porque não havia mais nada além disso. Olho para esta criança fraca, de estômago sempre vazio, mesmo em seus sonhos. Esperançosa. À espera. Puxo seus braços finos e coloco seu corpo leve como uma pluma em meu colo.
Era uma vez, minha criança, uma princesa que não era maior do que você. Ela tinha o mundo ao alcance de seus dedos.
Ela ordenava, e a luz obedecia. O sol, a lua e as estrelas ajoelhavam-se e erguiam- se ao seu toque. Era uma vez...
Foi-se. Agora há apenas esta criança de olhos dourados em meus braços. É o que importa. Assim como o fim da jornada. A promessa. A esperança.
Venha, minha criança. Está na hora de partir.
Antes que venham os abutres. As coisas que duram.
As coisas que permanecem. As coisas que não me atrevo a dizer a ela.
Contarei mais a você enquanto caminhamos.
Sobre outrora.
Era uma vez...
-Os Últimos Testemunhos de Gaudrel

-Os Últimos Testemunhos de Gaudrel

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Crônicas de amor e ódio- Trilogia (Livro I)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora