-Tem que andar tanto? Não dá para ir de moto? - Sam questionou. 

-Infelizmente, não. - Marrie quem respondeu, no sotaque forte. - Se não fosse nossos sistemas de GPS... 

Bucky Pigarreou. Os dois se encararam. Desviei o olhar, abraçando mais o casaco contra meu corpo. Não que eu estivesse com frio, mas eu senti um arrepio subir pela espinha. 

-Okay, se não fosse o Senhor Barnes a nos mostrar a localização e os nossos sistemas de GPS, o lugar é quase inalcançável. 

Silêncio. 

-Bem, como eu estava dizendo, quando estivermos chegando no pico, temos que contornar ele e atrás, dentro da rocha, tem a Sede da NovaCorps. 

Steve concordou, entendendo. 

-Como você ficou sabendo desse lugar? 

Todo mundo me encarou. Bucky fechou o rosto de novo. Ergui o queixo e uma sombrancelha, até que ele tivesse suspirado e esfregado o rosto. 

-Digamos que... No lugar onde eu estava, anteriormente... Um amigo recebeu uma dica de um conhecido. Eu só vim investigar. 

Assenti e voltei a abraçar meus braços. 

-E se eu não for o tal Soldado de Verão...? 

-Você é. - Bucky puxou uma folha e esticou na mesa, ao alcance de todos. 

Depois que examinaram, Natasha me esticou a pasta. Tinha uma foto minha, obviamente, retirada da minha carteira estudantil. Além da minha ficha médica e dos meus dados pessoais. 

Senti uma respiração no meu pescoço, mas estava tão concentrada e assustada com aquilo tudo que só percebi Tony olhando por cima do meu ombro quando ele perguntou: 

-Você tinha quantos aninhos aí? Dez? 

Estremeci de susto e saí de perto dele, mantendo a compostura. 

-Eu tinha quinze! Eu acho... - Encarei eles. - Mas isso não prova... 

-Vira atrás. - Natasha pediu. 

Virei a página e me apoiei na mesa. Tinham fotos minhas durante os procedimentos, além de detalhes escritos e detalhados sobre o que faziam. 

Joguei a pasta na mesa e me afastei um pouco, olhando pela janela da sala. A neve tinha parado de cair, mas as lágrimas no meu rosto não. 

Senti uma mão no meu ombro e não me importei com quem estava olhando ou não. Só abracei Steve e me deixei chorar um pouco. 

A forma fria com que eles relatavam que injetavam várias substâncias e ativavam, o jeito como tiravam fotos e relatavam os avanços... 

Era como se eu fosse um rato de laboratório e não um ser humano. 

No caso, era óbvio que Steve não entendia, mas eu não queria que me vissem chorando, por mais que não tenha como não terem percebido meus soluços. 

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