What did I do wrong?

Mulai dari awal
                                    

Sorri ao lembrar do meu lugar.

-Passaremos por lá, adoraria ficar alguns dias.
-E eu e a família adoraríamos te ter de novo.

A olhei, sorrindo com os lábios.

-Aonde vamos?
-Para o hotel, quer descansar um pouco? Quer almoçar?
-Quero descansar um pouco, pode ser? -me olhou- Mas diga-me, conhecerei um certo alguém especial hoje também?

Oh, se Lauren ouvisse, morreria de vergonha. Sorri, balançando a cabeça, envergonhado.

-Sim, não vejo a hora. Ela está um pouco nervosa.
-Oh, por Deus, eu quem estou! -riu-
-E agora?

Gargalhávamos juntos.

-Me conte sobre ela, tenho que estar preparada.
-Certo. -pensei- Ela dava aula de música para crianças quando fez o teste para a banda.

Silêncio.

-Agora ela está apenas na banda, obviamente não daria para conciliar as duas coisas. O que mais?
-O que ela toca?
-Piano, teclado e violão. Na banda ela usa a voz também, você precisa ver! É talentosa.

Minha mãe sorria provavelmente pela cara de idiota apaixonado que eu tinha estampada no rosto.

-Ela morava em Boston com os pais, então veio morar sozinha aqui, em busca de empregos.
-O que os pais dela fazem?
-Oh... -hesitei- A mãe dela trabalha em uma agência, da aulas particulares de música também...

Silêncio.

-O pai dela...

Olhei rapidamente para ela, que me olhava confusa.

-Ainda bem que perguntou para mim, não para ela.

Falei, estacionando o carro. Puxei o freio de mão e tirei o meu cinto, me inclinando para olhá-la melhor.

-O pai dela faleceu em um acidente de carro, há um mês atrás. Não pude conhecê-lo.

Ela levou as duas mãos a boca, eu abaixei a cabeça.

-Ela... Ela é muito forte, sabe? Mas isso a machuca todos os dias, eu vejo. Eles venderam a casa, o irmão mais novo tem apenas seis anos...
-Meu Deus... Eu sinto tanto por ela. Estarão em minhas orações.

Ela levou uma das mãos ao peito, sentíamos.

-Ela é boa, e eu realmente gosto dela. Espero que goste também. Vamos?

Entramos no quarto e ela elogiou por estar arrumado, eu apenas ri porque não era eu quem arrumava.

Peguei uma toalha e um roupão para ela para que pudesse tomar um banho relaxante.

Quando ela acabou de tomar banho, deitou na cama e cochilou tranquila por cerca de quarenta minutos, eu a olhava as vezes. Fazia falta.

...

Pov Lauren

Dirigi calmamente até o local combinado, passando mal de ansiedade. Desliguei o carro e minhas mãos teriam menos de um minuto para pararem de tremer.

-É apenas a mãe dele.

Eu dizia baixinho.

-Para de tremer ou vai parecer boba.

Olhei para frente, pessoas entravam e saíam. O lugar parecia estupidamente chique e reservado. Me olhei no retrovisor rapidamente, ajeitando alguns fios de cabelo que estava fora do lugar.

Segui até a porta e tive que dar meu nome para a moça estática, pelo menos eu teria a segurança de que nenhum fotógrafo nos veria.

Assim que meu nome fora reconhecido, a moça fez questão de me acompanhar até onde eles estariam. Haviam apenas pessoas chiques no restaurante, e eu no meio delas.

Quase vomitando em nervosismo.

Respirei fundo e tomei coragem, vendo Harry se levantar. Ele abriu um grande sorriso junto a grandes braços, o abracei rapidamente. Me virando para ela.

Seus olhos verdes foram a primeira coisa em que reparei. Como os dele.

-Mãe, essa é Lauren, minha namorada.

Sorri tímida, tremendo. Ergui a mão direito para ela.

-É um prazer conhecer a senhora.

Eu tinha perdido as contas de quantas vezes havia ensaiado aquela pequena frase antes de chegar ali.  Anne me abraçou calorosamente, fazendo meu coração pular em surpresa.

-O prazer é meu, obrigada por vir. Sente-se com a gente.

Anne disse, quebrando o abraço. Dei a volta na mesa e me sentei ao lado de Harry, ela estava de frente para nós.

Minhas bochechas ardiam, minha garganta queimava e meu estômago travava. Eu tentava não desmontar, mas ela era uma mulher muito bonita. Harry tinha tudo. Mesmo sorriso, mesmos olhos verdes, mesmo cabelo macio, mesma graciosidade.

-Então, o que vamos pedir?

Ela disse primeiro, nos fazendo olhar o cardápio.

Harry conhecia o lugar, as sugestões dele se tornaram nossos pedidos.

-A senhora vai ficar de férias por aqui?

Perguntei, tentando

-Oh, quem me dera. Estarei em três shows com vocês. O que é ruim, eles fazem muita falta.

Ela olhou para Harry, sorri.

-Eu imagino que sim.

Abaixei a cabeça, em silêncio.

-Minha irmã vem também, elas vão conosco para Los Angeles e São Francisco.
-Está animada? Harry está derretendo em ansiedade.

Ela brincou, eu ri.

-Estou sim, bastante. Um pouco nervosa também, tenho que admitir. -sorri sem graça-
-Fique tranquila, vocês acabam se acostumando.

Ela fez sinal com as mãos, eu torcia para que sim.

Anne perguntou sobre minha casa, sobre a escola em que trabalhei, sobres os ensaios, sobre tudo. Ela era gentil e eu estava me acostumando com a sua presença

Eu não saberia dizer se era o jeito dela, mas Anne parecia muito quieta, calma, calada. Harry era quem puxava assunto na maior parte to tempo.

-Sinta-se convidada para um jantar lá em casa.

A olhei, encerrando o assunto. Anne sorriu gentilmente para mim, mas não respondeu. Olhei para Harry, disfarçando, que devorava o último pedaço de seu pudim.

Voltei meu olhar à ela, que olhava tudo em volta.

-Com licença, já volto.

Digo me levantando, caminhando até o banheiro. Talvez eu tivesse falado demais, ou mesmo de menos. Talvez ela esperava algo a mais. Algo mais para seu filho caçula.

Talvez ela só estivesse cansada, ou não tenha gostado da comida. Ou nada disso, talvez fosse apenas saudades do filho.

End Of The Day - 1Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang