-Não. - Neguei com a cabeça. - Essa versão aqui? Eu não sou um por cento do que eu era... Eu perdi tudo, Sam. Família, amigos, minha vida... Eu... Sinceramente? Eu não sei como eu estou sobrevivendo aqui... Acho que se não fosse o Steve e vocês, claro, eu já teria enlouquecido. 

Sam assentiu, de leve e me puxou para um abraço. Fomos interrompidos por uma batida na porta. Encarei Steve. Ele parecia cansado. 

-Oi, Amber. Tá mais calma? 

Acenei que sim, trocando um olhar com Sam. Ele saiu, de fininho. Steve olhou ao redor. 

-Cadê o Bruce? 

-Lá dentro. - Indiquei uma porta com a cabeça. - Ele foi levar meu sangue. Normalmente, ele demora. 

Steve assentiu e puxou um banquinho, sentando na minha frente. Ele respirou bem fundo e segurou minhas mãos. 

-Okay, Amber. Sou todo ouvidos. 

Encarei Steve, em silêncio. Ele estava alí, mas de repente, eu não sabia o que falar. Eu queria mesmo terminar o que a gente tinha? 

Abracei meus joelhos. Steve aguardou. Então, me lembrei da forma que Steve falou que brigaria com Bucky se fosse preciso, como se eu fosse um objeto. 

Me lembrei que Bucky tinha sido afim de mim na época que eu era dele, mas que ele fingiu não sentir nada para dar chance a Steve. 

Steve teve a chance. Duas vezes. E em nenhuma das duas ele demonstrou gostar tanto assim. 

-Amber? 

-Você é um ótimo amigo, Steve. Sabe disso, né? - Steve franziu a testa, mas concordou. - Quero dizer... Você não tem a menor obrigação de me deixar morar contigo, mas... Bem... Lá estou eu! E você também não precisava me ajudar tanto assim...

Steve cruzou os braços. 

-Você pode ir direto ao ponto? 

-Não quero mais ficar com você. 

Silêncio. 

Steve desviou o olhar. E chegou a abrir a boca para tentar dizer algo, mas Bruce chegou na hora, me contando sobre o resultado dos exames anteriores e que ele e o Tony iam começar a trabalhar em uma luva especial para tentar neutralizar os poderes. 

Agradeci e fui liberada. Em silêncio, eu e Steve seguimos na direção da recepção da Shield e, por um momento, achei que seria ele quem ia me levar para casa, mas... 

Sam, Natasha e Bucky já estavam sentados lá. Bucky tinha um capacete nas mãos e percebeu o clima. Desviou o olhar e começou a falar com Natasha.

Puxei Steve para longe dalí e o encarei. Ele torceu a boca, respirando fundo. 

-Por quê? 

-Steve, olha... Ficamos quase um ano, ao todo, nesse chove-não-molha. - Expliquei. - E eu... Eu não sinto que a gente tenha muito futuro, entende? 

Steve negou. 

-A gente se gosta, Amber... 

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