Capítulo 10 - Meu amor

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Coro com vergonha.

- Desculpa, Mason.

- Você já pensou em me chamar de algum outro apelido?

Franzo o senho em confusão.

 - Tipo, Mas? Ou talvez Son... Desculpa mas seu nome não da pra fazer muitos apelidos.

Ele gargalha deliciosamente.

- Não Mel... Eu quis dizer esse apelidos que namorados costumam usar.

- Tipo "mô", "amor", "vida" e coisas do tipo?

- É , tipo isso. Eu por exemplo te chamo de meu doce.

- E não sei... Não me imagino te chamando dessa forma. - Dou de ombros.

- Por que não? - O sinto enrijecer.

- Por que... Não combina sei lá.

- Talvez seja só falta de costume.

Um estalo surge em minha mente.

- Você quer que eu te apelide de forma carinhosa, né? Desculpe não entender de primeira, mas eu nunca usei esses tipos de apelidos, nem com Brian, nem com ninguém. 

- Tudo bem, Mel. Quero que tudo ocorra entre nós naturalmente, não se sinta pressionada a nada, tudo bem?

Eu sorrio pra ele. Sempre tão gentil...

Finalmente chegamos em um prédio bem chique. Mason me guiou até a cobertura dele onde tinha uma mesa para nós dois.

O local estava foto enfeitado com velas e leds, flores e  balões de corações. De lá podíamos ve as luzes da cidade e o céu estrelado.

- Nossa... Mason... É lindo!

- Tudo pra você e por você, meu doce.

Não tenho nem palavras para expressar meus sentimentos.

Ele me leva até a mesa e puxa a cadeira para eu me sentar, logo depois se senta à minha frente.

- Por que tudo isso? Tem alguma comemoração especial que eu esqueci?

- Só estou comemorando nossa união. Estou feliz por ter você ao meu lado, Mel. - Ele diz me olhando com profundidade.

- Eu também estou feliz por ter você. -  Paro e decido finalmente perguntar sobre seus pais.-Você não me apresentou aos seus pais ainda. - Solto como quem não quer nada.

- Tem razão. É que meu pai é um homem bem difícil de encontrar, está sempre trabalhando.

- E sua mãe?

- Morreu quando eu completei 14 anos

- Nossa! Sinto muito, Mason.

- Tudo bem... 

- Ela tinha algum problema de saúde? Morreu jovem pelo que parece.

- Não, foi envenenada. Mas nunca pegaram o culpado.

Decido mudar de assunto e falamos sobre como estou indo na faculdade e nossos planos para o futuro. Acabamos planejando uma viagem juntos no próximo verão. Ele também adora praia e tem uma casa de praia em Natal, no Rio Grande do Norte.

Terminamos nosso jantar bem animados e voltamos para o carro.

Antes que eu pudesse entrar ouço alguém gritar.

- Não entra no carro se não eu atiro!

Olho na direção da voz e vejo um cara de capuz com uma arma prata na mão.

Meu coração para e minha garganta se fecha, me sinto tonta pela adrenalina.

Vejo Mason se mover leve mente ao meu lado mas o cara o adverte.

- Não se mova! Eu vou atirar!

- Calma, leve tudo que quiser, não vamos reagir. - Ele diz calmo.

- Eu quero a mocinha.

- Não! Vai pro inferno, ela não.

Meu coração está martelando no meu ouvido agora e os sons etão distorcidos, acho que vou desmaiar.

Ele aponta a arma na direção dele e depois a volta pra mim.

 - Se eu não a terei, você também não!

Ele puxa o gatilho e eu fecho os olhos. quando abro, vejo Mason na minha frente  e ele cai no chão após alguns segundos.

MEU DEUS!!!!!

Ele entrou na minha frente! Ele levou um tiro por mim!!!!!

O cara sai correndo e eu seguro Mason em meus braços.

- Mason, Mason!!! Fala comigo!!!! Oh... Meu Deus... Me ajuda por favor!!! - Estou desesperada e estérica, minhas mãos tremem e meus olhos ardem com lágrimas.

Ele abre os olhos com dificuldades.

- Ainda... Bem... - ele faz uma cara de dor. - Ainda bem que está bem... Não, por favor, não me olhe com essa cara, você é meu anjo e eu prefiro quando sorrir.. - Ele pronuncia cada palavra com extrema dificuldade.

- Mason, Não fala... Por favor. ALGUÉM ME AJUDEEEE!!! POR FAVOR!!! - Grito e vejo os recepcionista do prédio vir em nossa direção.

- Mel.. Se eu morrer.. Preciso que saiba... Eu... eu te... - Ele não consegue terminar a frase, está se contorcendo de dor. 

Acho que ele quer dizer que me ama. Não o deixo concluir.

- Shhhhh... Eu sei. Eu também amo você, meu amor. Por favor, não me deixe dessa forma, por favor não! - Digo chorando muito.

- Eu daria a minha vida pra ouvir você dizer isso... Pra me chamar assim mais uma vez... "Meu amor"...

Ele sorri e depois fecha os olhos.

E é só o que consigo ver.

Fui arrancada de cima dele e logo depois desmaiei. 

Mas lembro-me de ouvir as sirenes da ambulância e as luzes vermelhas, lembro também que ele disse que me amava e eu correspondi seu amor.

Eu disse que o amava.

Eu o amo.

Eu o amo?

Tudo ficou escuro e sem som.


O ManipuladorWhere stories live. Discover now