Capítulo 2 - Reconciliação

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*O rapaz da foto é o Brian*

Assim que envio a primeira mensagem pro Brian ele me liga.

Atendo no segundo toque.

 - Mel!? Mel eu tentei te ligar a madrugada e o dia todo!! - Ele nem me esperou dizer "Alô".

E eu fiquei te esperando a noite toda. 

Era o que eu queria falar, mas não tive coragem.

- Eu estava muito ocupada com as coisas da escola. - Dou uma desculpa qualquer.

- Mel... Eu sei que está chateada, me perdoa mais uma vez por favor. Olha... Eu juro que foi por uma boa causa e vou te provar, eu vou te recompensar, ok?

- Olha Brian... - Faço uma pausa para respirar. - Não precisa me provar nada, ok? Eu sei que tem seu trabalho e sua faculdade. Não quero ser um estorvo.

- Não, Mel! Você nunca será um estorvo, tudo que eu faço é por você, pra poder te proporcionar...

- Uma vida confortável... é já sei, você já disse isso. - O corto sem paciência.

- Mel... Olha... Eu estou indo aí.

- O que? Como assim aqui? 

- Já estou na sua esquina, abre a porta pra mim por favor.

Desligo a chamada incrédula, pois é extremamente raro ele passar aqui em casa antes das 21h da noite. E agora ainda não são nem 19h.

Abro a porta e ele já está com seu carro parado em frente a minha casa.

Ele buzina pra mim e eu entendo que é para ir ao seu encontro e assim o faço. Ele não abre a porta do carro pra mim então saio entrando.

Ele me olha com um olhar de cachorro arrependido, mas todas as vezes ele faz a mesma cara.

- Hey... eu vou concertar isso, eu prometo. - Diz ele passando a mão no meu rosto.

Não digo nada e seguimos em direção ao parque onde nos encontramos para sair a primeira vez.

Ao chegar lá, ele me guia até o banco onde ficávamos horas e horas nos beijando, quando ele ainda estava no ultimo ano do ensino médio.

- Gostávamos muito desse lugar, lembra?

Aceno que sim com a cabeça. Tenho boas lembranças daqui, meu primeiro beijo foi com o Brian, aqui mesmo nesse banco e eu nem sabia o que fazer ao certo. Foi um desastre.

- Mel... Você sabe que eu amo você, não é?

- Eu acho que sim... - Digo corando por ele estar encarando meus olhos com muita seriedade.

- Não ache, Mel. Eu preciso que tenha certeza do meu amor, assim como eu tenho certeza do seu, mesmo você nunca tendo me dito que me ama.

Engulo em seco. Eu realmente nunca consegui dizer que o amava. Já tive vontade no calor do momento mas sou bem tímida e não consegui. Depois achei até melhor não ter conseguido, pois não tenho certeza se o que sinto por ele é amor mesmo. De fato eu gosto muito dele, mas nos dois últimos anos eu tenho me sentido mais fria com relação à ele, algo mudou dentro de mim.

As veze suspeito que eu estivesse apenas com uma paixonite de adolescente. Mas quando me imagino sem ele, sinto uma tristeza no meu coração. 

- Mel... - Ele chama minha atenção quando se ajoelha na minha frente e tira uma caixinha do bolso.  - Eu sei que nada justifica o que eu fiz, mas eu estive trabalhando até mais tarde ontem para conseguir comprar isso pra você.

O ManipuladorWhere stories live. Discover now