Capítulo IV - A festa (Parte 2)

Começar do início
                                    

- Eu acho que a aniversariante gostosa é você... Bem, você e a sua outra parte lá, mas que você quem decide. - May terminou de explicar e a aniversariante sorriu, segurando o rosto dela como se fosse dar um jeito de aproximar-se para beijar-lhe os lábios. - As ordens são todas suas.

- Não provoca assim que eu caio... - Os lábios estavam super perto naquele momento, mas os olhares intensos logo quebraram, já que uma gargalhada saiu por seus lábios. Eram amigas demais para algo daquele tipo, sem uma zoeira. - Cadê a minha princesa?

- Serve euzinha? - Bianca Venturotti apareceu e estendeu as mãos para que Bianca Andrade se enfiasse nos seus braços, agora realmente buscando os lábios dela para um selinho demorado. - Ficou tão entretida que nem me viu, Prin?

- Dixculpa... - Forçou sua voz de criança, o que tirou um sorriso de sua garota e logo um outro selinho e apertar em seu corpo, que arrepiou facilmente com a vontade que tinha dela, era mais forte que si. - Vim é pra avisar a Cardoso ali que é pra ela parar de encarar a namorada da minha melhor amiga.

- Achei que a Rafa era sua melhor amiga. - Debochou cruzando os braços sobre o cropped que servia de blusa para a fantasia de enfermeira que a garota havia escolhido... O tema de suas amigas dançarinas parecia ser profissões e era muito irônico para ela ver Venturotti vestida de professora, até mordia o lábio quando pensava sobre.

- Rafaella é muito mais do que minha melhor amiga e você sabe disso, para de implicar com ela. - Virou-se nos braços de sua garota e sentiu que os mesmos ficaram em torno de si de uma forma gostosa, mantendo os corpos colados. - Não entendo o que vocês tem com a minha Rafa.

- A gente não tem nada, a menina é linda, gostosa, dança, é simpática, leva doces pra gente... - Agora era Ana quem respondia, Andreza revirou os olhos, claramente provocando pelo que sua amiga falava. Bianca segurou melhor a cintura de Andrade quando notou que iria para cima das companhias de dança. - Só você não vê que o que a gente quer é ela pra gente, meu sonho dar uns pegas nela.

- Ana, menos... - Venturotti pediu e enviou um olhar cauteloso para a garota, que pareceu ignorar.

- Tá, tá... Mas é que real, "Bê Um"... A gente só queria um pouquinho mais, nunca iríamos fazer nada contra a sua preciosa. - Mayara intercedeu e viram Bia suspirar deixando que sua cabeça acabasse recostando no ombro da garota com quem estava "ficando".

- Você sabe que o crush da Ana nela é só zoeira... - Venturotti começou.

- É nada que eu sou bem louca pra atacar aquela boca gostosa. - Retrucou a mulher fazendo com que May desse um tapa em seu braço, buscando evitar o ciúmes de Andrade. - Ai, poxa amiga...

- Ainda assim... Sabe que a Rafa não iria querer nada com ela, não sabe? - Questionou, por fim, fazendo com que sua garota se acomodasse em seus braços e outros assuntos fossem surgindo na roda, deixando para trás o motivo que levou-a lá para conversar, no início de toda a questão.

Elas se envolveram em alguma conversa e pegaram algumas bebidas sem que as pessoas vissem o que estava acontecendo, quando a aniversariante julgou que estava com tempo suficiente desde a apresentação que havia feito com Rafaella, era a hora de fazer a dela mesma com suas amigas. Então chamou todas elas e fez um sinal para Renato, que afirmou e fez boa parte das luzes se apagarem.

A música começou com seu toque inconfundível e a cada "ai" pronunciado notavam que as pessoas iam se afastando da pista, Rafa deu alguns passos para frente e foi passando pelo meio das pessoas para que pudesse ver o que estava acontecendo por ali. Manu subiu correndo tudo em uma cadeira e arrancou risadas de Miguel e Gizelly, enquanto Mari só estava na frente dela, para fornecer apoio para que ela não caísse do local. A cena, como um todo era pura comédia.

Teoria dos Três Amores | RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora