- O que? - Minha voz saiu alta e esganiçada.

A atenção de todos se voltaram pra mim e o silêncio tomou conta do ambiente. Massimo me encarava de olhos arregalados e se colocou de pé rápido demais, o que o fez fazer uma careta por conta do ferimento.

- Giulia, porque está acordada essa hora? - Massimo falou com sua voz grossa.

- Você está ferido e é essa pergunta que faz? - Franzi minha sobrancelha.

- Eu estou bem - Falou se sentando novamente.

- Estou vendo.  - Arqueei uma sobrancelha.

Andei até ele me ajoelhando em sua frente e tentando ver seu ferimento.

- Sai Giulia, estou bem - Massimo se esquivou de mim, porém segurei firme sua mão e ele acabou cedendo.

Tirei o pano melado de cima analisando o ferimento. Estava fundo e feio e não parava de sangrar, com certeza ia precisar de ponto.

- Isso está horrível, precisa ir no hospital levar pontos. O que aconteceu? O questionei olhando nos seus olhos

- Nada.

- Ele tomou um tiro. 

Massimo e o homem que eu não conhecia disseram juntos.

- Domenico - Massimo esbravejou de dentes trincados.

-Um tiro? - Falei mais alto do que pretendia olhando novamente o ferimento. - 

- Ta tudo bem ok? - Massimo disse.

- Não está bem. Essa ferida está funda, precisa de pontos. - Falei.

- Eu sei e é por isso que esse bastardo está aqui. - Massimo  falou entredentes apontandi para o tal Domenico.

Domenico tinha em suas mãos uma pequena maleta de alumínio. Ele a colocou sobre a mesa de centro a abrindo e  retirando um saco de luvas e as colocando.

- O que? Não, vocês tão loucos, isso precisa ser feito no hospital. - Me coloquei de pé entre Massimo e Domenico.

Massimo tocou meu braço e balançou a cabeça.

- Nada de hospitais, Domenico sabe o que está fazendo não é a primeira vez.

Encarei Domencio que ja tinha todos o material pra sutura separado sobre a mesa.

Balancei a cabeça concordando e indo pro outro lado da sala.

- Preciso de Whisky. - Massimo falou.

Vi Leonel se afastar indo até o bar e pegar a garrafa, voltando e entregando pra Massimo que abriu e jogou a tampa longe, tomando um longo gole da bebida. Me sentei no meio da escada observando tudo de longe. 

Massimo urrou de dor algumas vezes e eu não fui capaz de ver aquilo virando o rosto em todas as vezes. Agora que tinha terminado os homens o levaram até seu quarto o colocando em sua cama, Massimo tinha agora um grande curativo na lateral de seu corpo.

- Deixei uns anti-inflamatórios que ele precisa tomar a cada 6 horas, além de material pra você fazer curativos. -  Domenico tocou em meu ombro me fazendo olhá-lo - Qualquer coisa me ligue.

- Ta bem. - Assenti.

Não olhei os homens ir embora ou sequer me despedi deles, eu apenas olhava Massimo e seu rosto pálido dormindo suavemente. Provavelmente ele dormiria a noite inteiro devido ao ferimento e ao excesso de álcool como sedativo.

 Decidi deixá-lo descansar e retornei ao meu quarto para tomar um longo banho. Se quer havia passado do meio dia e eu me sentia completamente exausta.



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Giulia


Depois do relaxante banho eu havia descido e preparado um macarrão com almondegas pra quando Massimo acordasse. Voltei ao seu quarto e me sentei na cadeira que ficava do lado oposto a cama de costa para enorme parede de vidro,  só agora reparando em cada detalhe daquele ambiente.

O quarto de Massimo traduzia seu gosto pelo preto, desde as paredes até o carpete que revestia o piso do quarto, enorme cortinas pendiam do teto altíssimo e estavam dividas em 4 pontos da parede de vidro. A porta da varando se encontrava fechada, mas eu imagina que quando aberta ali deveria ventar muito.

Massimo continuava em sono profundo e decidi explorar um pouco mais o ambiente, olhei as duas portas que estavam do lado oposto a porta de entrada. Optei por entrar na porta mais próxima de cama, assim que entrei as luzes acenderam automaticamente e revelaram um grande e chique closet em tons pretos e dourado. Caminhei pelo longo corredor observando as roupas através das portas de vidros, não de surpreendente, apenas uma infinidade de preto. No centro um banda enorme guardava os mais diversos modelos de relógios, cada um mais lindo que o outro. E ao fim prateleiras e mais prateleiras cheias de diversos modelos de sapatos sociais e por incrível que pareça alguns tênis.

Sorri, eu daria tudo pra ver Massimo usando tênis.

Voltei ao quarto, Massimo continuava na mesma posição, decidi entrar na outra porta.

E o banheiro que surgiu foi surreal, mesmo mais uma vez a cor predominante ser o preto ele tinha um ar extremamente sexy e másculo. Aliás era isso que Massimo era, sexy, incrivelmente sexy. 

Uma enorme banheira com vista pro mar se encontrava no canto esquerdo do banheiro, o box do lado direito com dois grandes chuveiros e uma bancada extensa com duas pias logo ao lado do box. Me aproximei da banheira e toquei sua borda me imaginando dentro dela olhando aquela vista incrível.

- Que provar? - Massimo disse e eu levei um susto e me afastei.

- Você deveria estar deitado. - Fui em direção a saída mais  ele tampou o caminho me impedindo de passar.

- Pode usa-la se quiser - Ele indicou com a cabeça pra banheira.

- Sério? Perguntei.

- Só vou pedir um favor. - Ele disse se aproximando.

- Qual ? - Encarei seus olhos.

- Que quando for usá-la, que seja comigo.



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