Tudo Vai Dar Certo!

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Lorys e Cristina seguiram viagem, o carro estava limpo, cheiroso e com um som ambiente relaxante. Lorys perguntou se a tinha acordado, sorriu e falou que estava acordada, porém na cama ainda, pensando o que faria naquele dia tão lindo e o celular tocou no mesmo momento. O papo transcorria bem, Cristina não falava muito sobre sua vida e Lorys não quis ser invasiva e também não falou muito da sua, apenas que era do interior e desde adolescente morava em São Paulo com a tia, Cristina disse que nasceu em São Paulo, que morava sozinha a uns tres anos e seus pais moravam num bairro proximo. Começou a tocar uma musica que Lorys adorava cantou baixinho e discretamente, Cristina ficou quieta até a musica acabar, depois sorrindo falou que não queria interromper a performance que estava otima, as duas sorriram alto e Lorys perguntou se ela tinha tomado café da manhã, respondeu que não teve tempo. Pararam numa padaria a última antes de pegarem a Rodovia, Lorys gostava dela por ser simples, pediu um cappuccino e um croissant de muçarela com tomate seco, Lorys apenas um café com chantilly.  Em certo momento quando foram pegar um guardanapo suas mãos se tocaram, houve um silencio, se olharam e desviaram o olhar rapido. Voltaram para o carro, o sol estava alto passava vinte minutos do meio dia, foram ao toalete e seguiram viagem. Mesmo com os vidros abertos o calor era intenso, Lorys soltou o cinto se virou pra trás e pegou a mochila, tirou uma bermuda de lá e começou a tirar a calça, Cristina perguntou se queria que parasse num restaurante, sorriu e falou que não, apenas falou que pedia pra parar se a motorista se incomodava, esta sacudiu a cabeça e Lorys fez contorcionismo para tirar a calça e depois para colocar a bermuda.  Cristina a olhava e balançava a cabeça sorrindo dela, a companhia era leve e agradavel, pensavam ao mesmo tempo. Cristina perguntou se Lorys conhecia Ilha Bela, respondeu que não, então a moça disse que ia conhecer naquele final de semana, ela concordou sem questionar como e porque. Ligou para a caseira da casa de Ubatuba pediu desculpas e disse que ja não ia mais ate la, Cristina perguntou se tinha namorado, disse que não e a moça fazendo o sinal da cruz disse que também não tinha. Lorys não revelou que era lésbica, o centro da conversa voltou a ser o curso de fotografia, Cristina pediu pra sua companhia pegar uma camera no porta-luvas, Lorys viu que não era a mesma, essa era profissional e cheia de tecnologia, a futura fotógrafa explicou que aquela era seu xodó, que só levava a lugares especiais. Lorys ligou e fez uma foto de Cristina, esta ficou sem jeito, pois raramente fazia fotos suas, não gostava por achar que não era fotogenica. Lorys percebeu que ela seguia para o acostamento da serra e em seguida parou o veículo, sairam e lá embaixo uma paisagem deslumbrante, a Cidade de Caraguatatuba vista daquele local era perfeita, Lorys entregou a camera e pediu pra Cristina fazer uma foto daquela paisagem, a moça fez a foto e em seguida fez uma de Lorys que foi pega de surpresa e ficou perfeita. A motorista abriu o porta malas e perguntou a Lorys se queria agua, suco, cerveja ou vinho? Espantada respondeu que beberia água para acompanhar a motorista, sorriram, entraram no carro e brindaram com as garrafinhas de agua. Lorys olhou pra ela e falou, que não tinha pensado nas bebidas e só agora descobriu que estava com sede, a serra chegou ao fim, seguiram pela orla da praia da Cidade até o limite para a próxima que é São Sebastião e depois chegaram na balsa que dá acesso a Ilha Bela. Lorys ficou apreensiva com o tamanho e em ter que ir com o carro, Cristina falou que poderia ir dentro do carro, mas perderia uma paisagem linda la fora. Foram para a lateral da balsa, Cristina com a camera fotografafa pássaros, ondas feitas pela velocidade da balsa e fazia fotos de Lorys, as vezes sem ela perceber. Após cerca de 20 minutos chegaram à Ilha Bela, a motorista pegou uma estrada pequena que mais parecia um filme, de um lado o mar azul e lindo, do outro casas no alto das montanhas, cada uma mais impressionante que a outra, a maioria tinha paredes de vidro e ficavam bem no alto. Lorys resolveu perguntar para onde iam, Cristina sorriu e falou para aguardar que ia adorar, mesmo não a conhecendo sabia que podia confiar. Sentiu uma brisa gostosa bater em seu rosto e ouviu a voz de Natalia dizer baixinho em seu ouvido: "Tudo vai dar certo". Se arrepiou e olhou para a moça a seu lado pra saber se também tinha ouvido, mas ela cantarolava uma musica de Elis Regina. Entraram numa estrada secundária cheia de árvores, logo percorriam uma estradinha com pedras cuidadosamente colocadas, vistou uma casa de dois andares escondida atras das arvores, era linda, parecia aconchegante e era toda clara. Cristina sorriu e lhe disse: "Esse é meu refugio, quando quero fugir de tudo e todos venho pra cá ". Lorys sorriu e falou: "Mas estou aqui contigo e não vai ficar sozinha ". Cristina olhou seria e disse com voz meio rouca: "Nunca trouxe ninguem aqui, estava esperando a pessoa certa". A outra ao ouvir aquilo sorriu sem jeito, pegaram as mochilas, o lugar era paradisíaco, com uma vista para o mar e montanhas.

A casa era decorada com bom gosto e simplicidade, Lorys amou e Cristina disse que ela mesma decorou, ganhou a casa de presente dos pais de aniversário de 18 anos e amava aquele lugar

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A casa era decorada com bom gosto e simplicidade, Lorys amou e Cristina disse que ela mesma decorou, ganhou a casa de presente dos pais de aniversário de 18 anos e amava aquele lugar. Lorys sentiu uma sensação que conhecia e não sentia a tempos, ouviu a mesma frase na voz de Natalia. Cristina a levou ao quarto de hospedes, tinha apenas dois no andar de cima e corredor e um banheiro, a sala era um sonho, rodeada por uma varanda de vidro de ponta a ponta, a cozinha arejada e moderna, uma piscina pequena com uma churrasqueira proxima, até chegar ao portão havia um jardim bem tratado com rosas de varias cores. Enquanto mostrava a casa Cristina observava e falou, ta achando estranha por ser pequena e simples? Estava com um ar diferente, Lorys a olhou bem seria e disse que amou seu refúgio e era uma pessoa simples tambem, nasceu pobre, a moça ficou sem jeito e disse que Lorys olhava cada detalhe e fazia umas caras estranhas, Lorys a olhou e deu uma gargalhada bem alta e Cristina foi contagiada pela gargalhada. A dona da casa pediu para a convidada ir à varanda para ver o entardecer e ela providenciaria algo pra comerem, pois estava com fome, Lorys se recusou, disse que estava ali como amiga e ia ajuda-la a preparar o almoco. Fizeram uma omelete de muçarela de bufala com tomate seco, salada de legumes regados a um bom vinho. Ela confessou a nova amiga que amava tomate seco com muçarela seja qual for, Lorys sorriu e disse que havia percebido seguiram para a varanda, arrumaram a mesa e sentaram para degustar o almoço tardio admirando uma paisagem de tirar o fôlego. Brindaram com vinho delicioso e fresco, a brisa do mar dava um toque ao clima. Lorys sabia que aquele era o começo de algo especial e resolveu deixar acontecer o que tinha que acontecer.

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