Respiro fundo tentando me acalmar. Cogito em atender o celular, mas meu lado emocional vence.
— Oi Nari... — Pigarreei colocando o celular no viva voz.
— Como você está? — Ouço sua voz abafada, ela parecia triste ou confusa.
— Bem... E você? — Expremo os olhos.
— Bem também.
E então ficamos em silêncio por um tempo, o que vem depois?
Penso em vários assuntos aleatórios para poder falar, mas não tinham nenhuma utilidade, ela me acharia um louco.— Enfim... Eu só liguei para saber como você estava mesmo.
— Ah... Tchau. — Me entristeço por não ter conversado mais com ela, era como se fossemos estranhos de novo.
— Tchau.
Arremesso o celular no sofá e me jogo nele.
O que um beijo pode causar? Mas porquê diabos eu a beijei? Por favor universo, me lembre de nunca mais fizer coisa desse tipo! Não quero perder minha amizade mais preciosa.(...)
— Você falou com ele hyung? — O olhei colocar umas sacolas em cima da mesa de jantar, eu tinha acabado de tomar um banho relaxante quando ele chegou, por isso estava com os cabelos molhados.
— Comprei Kimchim para nós dois, vá secar esse seu cabelo que está molhando a casa! — Ele arrumava a mesa, ele havia ignorado todas as minhas perguntas que fiz.
— Hyung! — Exclamo esperando uma resposta, cruzo os braços o encarando e ele solta um suspiro pesado.
— Eu não me encontrei com ele ainda. — Toca nos meus ombros e me entrega uma toalha para eu secar o cabelo.
— Já fazem três anos e a justiça ainda não foi feita! Estou farto de esperar hyung! Eu preciso fazer algo.
— Olha me desculpa! Eu prometo que vamos conseguir, só espere. — Se sentou na cadeira e começou a comer as comidas que tinha trazido.
— Não vai comer? — Ele me olha o encarar irritado — É sério? Vai ficar com raiva por isso? Eu te criei esse tempo todo e é com isso que me recebe?
— Vou para o meu quarto, não estou com fome. — Subo as escadas fechando o punho.
Na manhã seguinte
Abro os olhos minimamente quando senti a luz invadir meu quarto, a manhã estava meio preguiçosa, dessa vez estava mais frio que os dias anteriores, o que me deixou com preguiça de levantar.
Após o despertador tocar como um louco, finalmente me levanto na maior má vontade. Faço o que se deve fazer e desço para a cozinha, eu estava com muita fome, já que passei o dia ontem sem comer nada. A casa estava um pouco escura, meu primo tinha dormido ali naquela noite, as vezes ele dorme aqui comigo, diz ele que é para me fazer companhia."Hoje nesta manhã um ex polícial Dong-sun foi encontrado morto na ponte do rio Han, não sabemos o real motivo dele ter se suicidado mas desejamos nossas sinceras condolências aos familiares"
Arregalei os olhos recapitulando o que acabara de escutar. Paro de fazer a torrada e subo as escadas sem medo de cair.
— Hyung! — Balanço ele freneticamente.
— O que foi? — Sua voz de sono irritada se instala na casa, ele odiava quem o acordava.
— O polícial, ele morreu! Acabou de passar no noticiário.
— O quê? — Se levanta da cama em um pulo, ele coloca a mão na cabeça e passa de um lado para outro no quarto, ele estava sem reação.
— E agora? — Pergunto frustado.
— Só podem ser eles! — Passou a mão na sua mesinha de escritório e derrubou todas as coisas dali, quebrando vidros e porta-retratos.
Nari
Fico olhando a porta do corredor da sala inquieta, mordo os lábios ansiosa.
— Esperando alguém? — Lia aparece me assustando.
— Não. — Murmuro olhando para a porta novamente, abaixo os olhos. Nós somos só estranhos agora...
— Lim passa vários dias sem vir.
— Am? — Levantei os olhos para Lia, ela estava com um sorrisinho de "eu tenho razão".
— Eu sei que você está esperando ele. — me dá um soquinho de leve.
— Vamos logo! — Dou uma última olhada para a porta e seguro seu braço para sentarmos no nosso lugar.
(...)
— Onde vai? — Vejo Lia perguntar arrumando sua mochila.
— Vou a casa do Jae, precisamos conversar. — Aperto de leve a minha mochila e logo a coloco nas costas.
Eu andava nervosa todo o caminho, era bem possível o Jae ter faltado por minha causa não é? Precisamos esclarecer tudo entre nós, eu não tenho alguma intenção de perder nossa amizade, mesmo que isso abra mão dos sentimentos.
— Jae? — Toco a campainha e espero por um tempo, mas sem notícias, me coloco em pontas de pé para tentar ver algo na janela, mas tudo parecia escuro lá dentro.
— Nari?
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Recomendação de música:
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DEMONS
FanfictionJay enfrenta seus demônios, que insistem em consumir ele, graças a uma garota que se encantou com seu olhar de milhares de segredos. Onde um romance começa em meio a uma turbulência de acontecimentos e investigações do passado. Mas nem sempre o...