Os Anos Perdidos

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O Conselho Mundial abriu-se para receber sugestões e estudos de jovens cientistas do mundo todo. Os jovens chamados nerds juntaram-se e mandaram representantes ao Conselho levando suas ideias e colocando-se à disposição para auxiliar nos estudos em todas as áreas que fossem exigidos.
Foi um feito muito importante e aqueles jovens "esquisitos", se mostraram como verdadeiros gênios, ao desenvolverem um minúsculo aparelhinho, como se fosse um "pircieng" que discretamente colocado nas narinas tem um potente filtro capaz de barrar nanopartículas do vírus e substituiu as máscaras usadas em 2020.

Na pandemia, os homens se conscientizaram que não existe o aqui e o "lá fora", o nós e eles. Todos estão na mesma tempestade é o que dizem.
Imaginem vocês os homens mais ricos do planeta, os donos das maiores jazidas naturais do planeta, tais como petróleo, gás, diamantes, ouro.
Os multimilionários que vivem em cidades construídas com a mais alta tecnologia, como Dubai, por exemplo, podem ser contaminados da mesma maneira como pode acontecer com o operário que mora em uma favela.
Sendo assim todos tinham o mesmo objetivo: encontrar a cura ou parar a disseminação e contágio pelo vírus.

Na área tecnológica a experiência de 2020 abriu os olhos do mundo, de que aquela poderia ter sido a primeira pandemia da era da informação mas que poderia não ser a última.
O desenvolvimento da área tecnológica era evidente no mundo todo; mas as pessoas usando máscaras de tecido para tentar impedir o contágio do Covid-19, pessoas mortas sendo descartadas em sacos pretos, o caos na área de saúde, tudo isso mostrava que a ciência ainda não tinha as respostas que o mundo precisava.
Algo precisava ser feito!

Foi necessário rever o progresso científico e tecnológico frente aos desafios sociais, legais, humanos, éticos que a PANDEMIA DO COVID-19 nos apresentou.
Havia perguntas represadas, e eram perguntas contemporâneas, que precisavam ser trazidas à luz do dia, ser discutidas!
Não era possível que o avanço tecnológico só havia servido para dividir mais ainda o mundo em pobres e ricos.
Para quê a Inteligência Artificial, para quê o estudo sobre a Clonagem Humana, o estudo sobre a robótica avançada, se numa situação como a que o mundo se deparou em 2020 a comunidade científica parecia estar de mãos e pés atados, ou pior, num jogo de labirinto onde não se encontrava a saída?

Nem em épocas de guerras tantas vidas foram ceifadas. O contágio deixou de ser pessoal e passou a ser comunitário. E os sanitaristas desde então trabalharam e desenvolveram  equipamentos de proteção individual como sensores ultra modernos que identificam a uma distância segura, se aquela pessoa está contaminada.
Outro mecanismo utilizado em 2020 que também demonstrou-se inócua foi a testagem de temperatura para que as pessoas adentrassem aos locais públicos, como lojas, supermercados e shopping, sem que houvesse uma ação efetiva, caso o resultado fosse positivo.
Em apenas dois anos os estudos demonstraram  que esse tipo de testagem, se positivo já era certo que a pessoa estava contaminada e seu sistema imunológico estava ativado.
Hoje o protocolo já impõe levar o paciente ao hospital e entrar maciçamente com a medicação que possa paralisar o vírus.
A área farmacológica fora alvos de muitas controvérsias, até que em 2022 todos já haviam se conscientizado que a rapidez no atendimento poderia  salvar vidas e a população aceitou que houvesse um protocolo único de tratamento.

Os agentes de saúde estão em todos os lugares onde haja aglomeração orientando e fazendo testagem de temperatura nas pessoas. Se necessário convocam as ambulâncias estrategicamente posicionadas em ruas com saída rápida.
E chegando ao serviço médico prontamente é colocado em andamento o protocolo já testado, aprovado, para o qual toda a equipe  está devidamente treinada.
Não há amadorismo, não há tempo a perder, e com isso quem ganha é a vida.
Não podemos esquecer que o mundo está ganhando tempo com essas ações, até que finalmente seja descoberta a cura ou a vacina.

Outro avanço tecnológico conseguido foi na realização dos exames.
A área de nanotecnologia desenvolveu mecanismos de exames não invasivos, o que ajudou tanto para os pacientes, como na prevenção de acidentes entre os profissionais de saúde.

Existem respiradores artificiais emergenciais para uso imediato em caso de falta de ar, até que o paciente seja encaminhado a Unidade de Terapia Intensiva, se necessário.

Os estudos identificaram qual o percentual de recuperação, quais as regiões com aumento exponencial do contágio pelo vírus e a mortalidade, também por regiões.
Temos um mapa minucioso, circunstanciado e preciso dos casos de Covid-19 em banco de dados nacional. O Conselho Mundial de Combate as Pandemias monitora os dados diariamente.
Com esse conhecimento, se no futuro houver alguma outra pandemia, as autoridades já terão um estudo da dinâmica de como foi enfrentado essa grande pandemia de 2020 o que trará rápidas soluções.

As ações para a prevenção, tratamento e estudos da pandemia contam com financiamento sólido, constante e emblemático, pois os homens mais ricos do planeta, assim como as igrejas mais poderosas e abastadas do mundo, os atletas e os artistas multimilionários, os governos, os filantropos, os sheiks, os reis, todos contribuíram para criar e manter o CONSELHO MUNDIAL DE CONTROLE DE PANDEMIA
A lição está aprendida" não há nada no mundo mais importante que a saúde".

Houve protestos com as providências tomadas? Sim, a humanidade não é unânime, tanto que  já disseram" toda unanimidade é burra". 
Sendo assim houve quem comparasse as ações do CMCP aos do Grande Irmão do livro 1984 de George Orwell, cujo lema era "Cuidado, o Grande Irmão está de olho em você". Ali tratava-se de uma vigilância visando alterar o passado moldando-o ao cenário político atual. A finalidade era manter o totalitarismo conseguido após uma grande guerra . Eram tempos sombrios com uma opressão física e mental. Nada comparável ao que estamos vivendo em 2022.

Hoje vivemos a esperança, a confiança e cremos seriamente que estamos caminhando a passos largos para o grande e sólido melhor sistema mundial para a saúde dos povos.
O vírus foi mandado para o espaço... numa viagem espacial a Marte, os astronautas levaram amostras do coronavírus, numa operação minuciosamente estudada para que não houvesse o risco deles próprios se contaminarem.
Qual o objetivo? O objetivo propriamente é estudar e observar o coronavírus . Aqui ainda não conseguimos cura, nem vacina.
Quem sabe se numa outra condição de vida poderia acontecer algo que talvez estivesse ali, bem aos nossos olhos e não víamos. Os resultados científicos são oriundos das pesquisas incansáveis e também do acaso, haja vista a descoberta da penicilina por Alexandre Fleming em 1928 e que revolucionou a medicina.

O que todos devem lembrar-se é que o pânico,  embora silencioso estava instalado em cada família preocupada pelos seus, em cada pai, cada mãe, em cada pessoa porque o fato da ameaça ser invisível não alterava o contexto social, com a quarentena obrigatória e nem o impacto psicológico profundo nas pessoas.

Continuar a viver sem nenhuma garantia de que a pessoa poderia se contaminar ou já estar contaminada e ser assintomático era um dos grandes desafios para os médicos pela doença em si, e para os psiquiatras e psicólogos pela grande desgaste emocional e psicológico que as pessoas estavam sofrendo.
Ainda há muito a ser feito. Mas o mundo aprendeu a lição e aprendeu rápido!
Nesses dois anos que muitas pessoas se referem como "OS ANOS PERDIDOS", não houve nenhum milagre. O que houve foi trabalho duro, estudos  consistentes, conscientização individual e coletiva, compromisso social e governamental.

A cura para a doença do Covid-19 não é ainda uma pílula milagrosa.
O entendimento do mecanismo de como o vírus age no organismo e o combate à cada um desses mecanismos é que tem salvado vidas.
É pouco, mas a humanidade respira mais aliviada e mantém a esperança de que o mundo voltará à normalidade, com muito mais responsabilidade e alegria de viver.

Contos da Quarentena 1- A pandemiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora