Tento animar ele, o que não parece funcionar. Ed desvia o olhar para a porta entreaberta, pela qual ele entrou, com uma careta de desaprovação.

— Mas aí eu teria que andar duas quadras pra ver ela, quando eu só atravesso a rua. E quando o Noah voltar? Você não vai sentir falta de só atravessar a rua? - Ele perguntou como se estivesse implorando para eu concordar com ele de como isso é ruim.

— São só duas quadras, Ed. - Suspiro. — Quando ele voltar, eu já serei bom o suficiente para conseguir subir na minha bicicleta.

Digo para anima-lo, mesmo não tendo certeza das minhas próprias palavras, até porque duvido que Noah vá morar com a mãe caso voltar.

— Você nem tentou. - Meu irmão bufa, caminhando em direção a porta com seu Drácula quase arrastando no chão.

Penso em falar alguma coisa, no entanto, eu duvido muito que teria algum efeito.

Apoio minha cabeça em meu punho, enquanto olho os papéis em cima da mesa, desvio o olhar para meu celular.

Sete horas da noite.

Não estava nos meus planos sair para beber sozinho, mas é melhor do que revisar essa pilha de papéis para ter certeza que está tudo certo, pela quarta vez.

Usando toda minha força de vontade, tomei um banho demorado enquanto pensava na confusão que minha vida se encontrava.

Saio do banheiro sem me preocupar com uma toalha, indo direto para o quarto.

Olho para às opções dentro do guarda-roupa, quando uma ideia passa pela minha cabeça.

Esse mês tinha sobrado mais que o suficiente para viver bem alguns meses, então significa que eu posso gastar um pouco mais do que costumo.

Sorrio de lado, pegando uma das peças de roupa mais caras que eu já comprei.

Me olho no espelho, mais que satisfeito com a minha aparência. É, eu estava me subestimando quando falava o quanto eu sou gostoso.

Rio dos meus próprios pensamentos, enquanto termino de pegar minhas coisas, me lembrando constantemente que não posso beber ao ponto de esquecer como se volta pra casa.

Rio dos meus próprios pensamentos, enquanto termino de pegar minhas coisas, me lembrando constantemente que não posso beber ao ponto de esquecer como se volta pra casa

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Meu peito sobe em satisfação pela vista, Noah e eu planejávamos sempre vir nesse bar de gente rica chata, obviamente nunca viemos.

Eu com certeza vou tirar fotos para esfregar na cara dele. Um sorrio brota nos meus lábios pensando em como ele ficaria decepcionado por ter perdido isso.

Passo pela porta, me surpreendo pela pouca movimentação, mas não deixo isso me desanimar. Caminho até o balcão de vidro como se as pessoas em minha volta não me intimidasse, acho que os subestimei, já que não imaginei que eles vêm beber com terno, fala sério,o quão ridículo é isso?

Tudo de mimWhere stories live. Discover now